sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Deus Existe?

O debate entre Craig – Flew

Palestra de abertura de William Lane Craig

Boa noite! Eu quero começar expressando meus agradecimentos pelo privilégio de participar desse evento de quinquagésimo aniversário do famoso debate entre Copleston e Russel e é uma honra especial estar dividindo a plataforma nesta noite com o Dr. Flew.

Agora, a fim de determinar racionalmente se Deus existe ou não, nós precisamos conduzir nossa investigação de acordo com as regras básicas da lógica e fazer a nós mesmos duas perguntas fundamentais: (1) há boas razões para pensar que Deus existe? E (2) há boas razões para pensar que Deus não existe?

Com respeito à segunda questão, eu deixarei para o Dr. Flew apresentar as razões porque ele pensa que Deus não existe. Mas perceba que embora os filósofos ateus tentem por séculos refutar a existência de Deus, nenhum foi capaz de vir com um argumento bem sucedido. Então, ao invés de atacá-lo nesse ponto, eu somente esperarei ouvir a resposta do Dr. Flew a seguinte questão: que bons argumentos existem para mostrar que Deus não existe?

Vamos olhar, então, a primeira questão: existem boas razões para pensar que Deus existe? Nesta noite eu apresentarei cinco razões pelas quais eu penso que o teísmo é mais plausível do que o ateísmo. Livros inteiros foram escritos sobre cada um dos tópicos, portanto, eu só posso apresentar aqui um breve resumo de cada argumento e então detalhá-los mais à medida que o Dr. Flew os responde. Essas razões são independentes umas das outras e tomadas em conjunto constituem em um poderoso caso cumulativo a favor da existência de Deus.

I. A Origem do Universo

Você já se perguntou de onde veio o universo? Porque existe alguma coisa ao invés do nada? Tipicamente os ateus têm dito que o universo é simplesmente eterno e não causado. Como Russell observou a Copleston: “O universo é tudo o que existe e isso é tudo”.[1] Mas isso é realmente tudo? Se o universo nunca passou a existir, então isso significa que o número de eventos na história passada do universo é infinito. Mas matemáticos reconhecem que realmente o número infinito de coisas leva a autocontradições. Por exemplo, o que é infinito menos infinito? Bem, matematicamente você recebe respostas autocontraditórias. Isso mostra que o infinito é apenas uma ideia em sua mente, não algo que existe na realidade. David Hilbert, talvez o maior matemático desse século, declara, “O infinito não pode ser concebido na realidade. Ele não existe na natureza, nem constitui uma base legítima para o pensamento racional … O papel que resta para o infinito é somente representar uma ideia.”[2] Mas isso implica que, desde que os eventos passados não são somente ideias, mas realidades, o número de eventos passados devem ser finitos. Portanto, não se pode regredir a série dos eventos passados infinitamente. Particularmente, o universo teve um início.

Essa conclusão tem sido confirmada por descobertas extraordinárias em astronomia e astrofísica. A evidência astrofísica indica que o universo passou a existir em uma grande explosão chamada “Big Bang” 15 bilhões de anos atrás. O espaço físico e o tempo foram criados nesse evento, como também toda a matéria e energia no universo. Portanto, como o astrônomo de Cambridge Fred Hoyle destaca, a teoria do Big Bang requer a criação do universo do nada. Isso é porque se você volta no tempo, você chega a um ponto em que, nas palavras de Hoyle, “o universo estava contraído a nada”.[3] Assim, o modelo do Big Bang requer que o universo tenha passado a existir do nada.

Agora, isso tende a ser muito embaraçoso para o ateu, como Anthony Kenny da Universidade de Oxford encoraja, “Um proponente da teoria [do Big Bang], pelo menos se ele é um ateu, deve crer que…o universo veio do nada e por nada”.[4] Mas, certamente, isso não faz sentido! Do nada, nada vem. Então porque o universo existe ao invés do nada? De onde veio o universo? Deve ter havido uma causa que trouxe o universo a existir.

Nós podemos sumarizar nosso argumento em grande parte assim como segue:

1 – Tudo o que passa a existir tem uma causa.
2 – O universo passou a existir.
3 – Portanto, o universo tem uma causa.

Agora, partindo da própria natureza do caso, como origem do espaço e tempo, essa causa deve ser não causada, eterna, imutável, de existência imaterial e de um poder inimaginável que criou o universo. Além disso, eu argumentaria que ela também deve ser pessoal. De que outra forma poderia uma causa atemporal dar origem a um efeito temporal como o universo? Se a causa foi um grupo de condições necessárias e suficientes, então a causa nunca poderia existir sem o efeito. Se a causa foi um eterno presente, então o efeito seria um eterno presente também. A única forma para a causa ser eterna e para o efeito passar a existir no tempo é a causa ser um agente pessoal que escolheu criar livremente um efeito no tempo sem nenhuma condição prévia determinante. Assim, nós fomos trazidos não meramente por uma causa transcendente do universo, mas por seu criador pessoal.

Não é inacreditável que a teoria do Big Bang confirma o que os teístas Cristãos sempre acreditaram – que “no inicio Deus criou os céus e a terra”?[5] Agora eu simplesmente coloco pra você: o que você acha que faz mais sentido – que o teísta está certo ou que o universo somente “passou” a existir, não causado, do nada? Eu, pelo menos não tenho nenhum problema em avaliar essas alternativas.

II. A ordem complexa no universo

Durante os últimos trinta anos os cientistas têm descoberto que a existência de vida inteligente depende de um balanço delicado e complexo das condições iniciais dadas unicamente no próprio Big Bang. Nós agora sabemos que universos onde a vida é impossível são vastamente mais prováveis do que qualquer universo onde a vida é possível, como o nosso. Qual a relação de probabilidade? Bem, a resposta é que as chances de existência de um universo onde a vida é possível são tão infinitesimais quanto incompreensíveis e incalculáveis. Por exemplo, Stephen Hawking estimou que se a taxa de expansão do universo, um segundo após o Big Bang tivesse sido menor até mesmo em uma parte de cem mil milhões de milhões, o universo teria entrado em colapso dentro de uma bola de fogo ardente.[6] P.C.W. Davies calculou que as probabilidades contra as condições iniciais serem adequadas para a formação posterior das estrelas (sem as quais os planetas não existiriam) é o número 1 seguido de um mil bilhões de bilhões de zeros no mínimo.[7] Davies também estimou que uma mudança na força da gravidade ou na força fraca por apenas uma parte em 10100 teria impedido a permissão da vida no universo.[8] Existem cerca de 50 quantidades e constantes como essas presentes no Big Bang que deveriam ser finamente sintonizadas para que a vida fosse possível no universo. E não é somente cada quantidade que deve ser finamente ajustada. As proporções delas ligadas umas com as outras também devem ser extraordinariamente ajustadas. Então, a improbabilidade é multiplicada por improbabilidade, até as nossas mentes estarem tratando com números incompreensíveis.

Não há nenhuma razão física para essas constantes e quantidades possuírem os valores que elas têm. De uma só vez, o físico agnóstico Paul Davies comentou, “Através do meu trabalho científico, tenho sido levado a crer com mais e mais força que o universo físico é organizado com uma inteligência tão surpreendente que eu não posso aceitar meramente como um fato bruto”.[9] Similarmente, Fred Hoyle observa, “Uma interpretação do senso comum dos fatos sugere que um super-intelecto brincou com a física”.[10] Robert Jastrow, o cabeça do Instituto Goddard para estudos espaciais da NASA, chama isso de a mais poderosa evidência para a existência de Deus “já revelada pela ciência”.[11]

Então, uma vez mais, a visão que os teístas Cristãos sempre abraçaram – que existe um Designer do Cosmos – parece fazer muito mais sentido do que a visão ateísta, na qual o universo veio à existência a partir do nada e simplesmente aconteceu de estar ajustado, pelo acaso, com uma precisão incompreensível para a existência de vida inteligente.

Nós podemos resumir nosso argumento como segue:

1 – O ajuste fino das condições iniciais do universo é devido a alguma lei, acaso ou design.
2 – Ele não é devido à lei ou acaso.
3 – Portanto, é devido ao design.

III. Valores morais objetivos no mundo

Se Deus não existe, então, valores morais objetivos não existem. Muitos teístas e ateístas concordam semelhantemente nesse ponto. Por exemplo, Russel observou:

“A ética surge da pressão da comunidade sobre o individuo. O homem…nem sempre sente instintivamente os princípios que são aplicados pelo seu grupo. O grupo, ansioso que o individuo agisse em seu benefício, inventou vários dispositivos para fazer os interesses do individuo alinharem-se com os do grupo. Um desses…é a moralidade”.[12]

Michael Ruse, um filósofo da ciência na Universidade de Guelph, concorda. Ele explica:

“Moralidade é uma adaptação biológica, não menos do que as mãos, os pés e os dentes…considerados como uma racionalidade justificável, um conjunto de declarações sobre alguma coisa objetiva, [ética] é ilusória. Eu aprecio quando alguém diz ‘ame seu próximo como a si mesmo’; eles acham que estão se referindo sobre e além de si mesmos…não obstante,….tal referência é verdadeiramente sem fundamento. Moralidade é apenas uma ajuda à sobrevivência e reprodução…e o significado mais profundo é ilusório…”[13]

Friedrich Nietzsche, o grande ateu do século dezenove que proclamou a morte de Deus, entendeu que isso significava a destruição de todo o significado e valor da vida.[14] Eu acho que Friedrich Nietzsche estava certo.

Mas nós temos que ser muito cuidadosos aqui. A questão aqui não é: “Nós devemos crer em Deus a fim de viver vidas morais?”. Eu não estou dizendo que nós devemos. Nem essa é a questão: “Nós podemos reconhecer valores morais objetivos sem crer em Deus?”. Eu acho que nós podemos. Ao invés, a questão é: “Se Deus não existe, valores morais objetivos existem?”.

Como Russell e Ruse, eu não vejo qualquer razão para achar que na ausência de Deus, a moralidade do grupo, evoluída do homo sapiens é objetiva. Depois de tudo, se não existe nenhum Deus, então, o que há de tão especial nos seres humanos? Eles são somente subprodutos acidentais da natureza, os quais evoluíram relativamente a pouco tempo a partir de um grão de poeira infinitesimal, perdidos em algum lugar em um universo hostil e sem sentido, e condenados a perecer coletivamente e individualmente em um futuro relativamente próximo. Na visão ateísta, algumas ações – por exemplo, estupro – podem não ser socialmente vantajosas e então, no curso do desenvolvimento humano, tornaram-se um tabu. Mas isso não prova absolutamente nada no sentido de que o estupro é realmente errado. Na visão ateísta, não há nada realmente errado no fato de você estuprar alguém. Assim, sem Deus não existe nenhum certo ou errado absoluto que se impõe em nossa consciência.

Mas o problema é que valores morais absolutos existem e, no fundo, eu acho que todos nós sabemos disso. Não existe nenhuma razão a mais para negar a realidade objetiva dos valores morais do que a realidade objetiva do mundo físico. Ações como estupro, crueldade e abuso de crianças não são somente comportamentos inaceitáveis socialmente; elas são abominações morais. Algumas coisas são realmente erradas. Similarmente, amor, igualdade e auto sacrifício são realmente bons.

Assim, nós resumimos essa terceira consideração como segue:

1 – Se Deus não existe, valores morais objetivos não existem.
2 – Valores morais objetivos existem.
3 – Portanto, Deus existe.

IV. Os Fatos Históricos Concernentes a Vida, Morte e Ressurreição de Jesus

A pessoa histórica de Jesus de Nazaré foi uma personalidade notável. Críticos do Novo Testamento alcançaram um consenso de que o Jesus histórico veio em cena com um sentido de autoridade divina sem precedentes – a autoridade de estar e falar no lugar de Deus. Ele clamou que o reino de Deus veio em si mesmo, e com demonstrações visíveis desse fato ele efetuou um ministério de milagres e exorcismos. Mas a confirmação suprema de suas declarações foi a sua ressurreição da morte. Se Jesus se levantou da morte, então pareceria que nós temos um milagre divino em nossas mãos e, assim, evidência para a existência de Deus.

Agora, a maior parte das pessoas provavelmente pensariam que a ressurreição de Jesus é apenas alguma coisa que você deve acreditar ou pela fé, ou então não acreditar. Mas existem, na verdade, três fatos estabelecidos, reconhecidos pela maioria dos historiadores do Novo Testamento hoje, que eu creio, são mais bem explicados pela ressurreição de Jesus.

Fato 1. No domingo seguinte a sua crucificação, o túmulo de Jesus foi encontrado vazio por um grupo de mulheres, suas seguidoras. Segundo Jacob Kremer, um estudioso Austríaco que se especializou no estudo da ressurreição, ‘de longe, a maior parte dos estudiosos mantém firmemente a confiabilidade dos relatos bíblicos sobre o túmulo vazio’.[15]Fato 2. Em ocasiões separadas, diferentes indivíduos e grupos viram aparições de Jesus vivo após sua morte. Segundo o proeminente crítico alemão do Novo Testamento Gerd Ludemann, ‘pode ser tomado historicamente certo que…os discípulos tiveram experiências após a morte de Jesus em que Ele apareceu-lhes como o Cristo Ressurreto’.[16] Essas aparições foram testemunhadas não somente pelos crentes, mas também pelos descrentes, céticos e até inimigos.

Fato 3. Os discípulos originais vieram a crer na ressurreição de Jesus, apesar deles terem muita predisposição ao contrário. Os judeus não tinham nenhuma fé em um Messias sofredor, muito menos ressurreto. E as crenças judaicas sobre o pós-vida impediam qualquer ressurreição da morte antes do fim mundo. Contudo, os discípulos originais de Jesus, de forma repentina, passaram a crer na ressurreição de Jesus tão fortemente que eles se dispuseram a morrer por essa verdade. Luke Johnson, um estudioso do Novo Testamento da Universidade Emory, discorre: ‘algum tipo de uma poderosa experiência transformativa é necessária para gerar o tipo de movimento que o cristianismo primitivo foi’[17] N.T. Wright, um eminente estudioso britânico conclui: ‘Isso porque, como um historiador, eu não posso explicar o surgimento do cristianismo primitivo, a menos que Jesus tenha ressuscitado, deixando um túmulo vazio atrás dele’.[18]

Tentativas de explicar esses três grandes fatos – como “os discípulos roubaram o corpo” ou “Jesus na realidade não estava morto” – tem sido universalmente rejeitadas pela erudição contemporânea. O simples fato é que não existe nenhuma explicação naturalista plausível desses três fatos. E, portanto, parece-me que o Cristão está amplamente justificado em crer que Jesus ressuscitou e que era quem Ele declarava ser. Mas, isso implica que Deus existe.

V. A Experiência Imediata de Deus

Esse não é realmente um argumento para a existência de Deus. Ao invés disso, é a declaração de que você pode saber que Deus existe a parte de quaisquer argumentos, simplesmente experienciando-o. Essa era a forma que as pessoas na Bíblia conheciam a Deus. Como o professor John Hick explica:

“Deus era conhecido por eles como uma vontade dinâmica interagindo com suas próprias vontades, uma dada realidade absoluta impossível de não ser reconhecida, tal como uma tempestade destrutiva e o sol vivificante…Para eles, Deus não era…uma ideia adotada pela mente, mas uma realidade experiencial que deu significado para suas vidas”.[19]

Agora, se esse é o caso, então há o perigo de que as provas a favor da existência de Deus, na verdade, podem distrair a sua atenção do próprio Deus. Se você está buscando a Deus sinceramente, então Deus fará a sua existência evidente para você. A Bíblia promete: ‘Chegue-se a Deus e Ele se chegará a você’.[20] Assim, nós não devemos nos concentrar nas provas externas pois falhamos em ouvir a voz de Deus falando aos nossos próprios corações. Para aqueles que ouvem, Deus se torna uma realidade imediata em suas vidas.

Concluindo, então, nós já temos visto alguns argumentos que mostram que Deus existe. Juntos, esses argumentos constituem em um poderoso e cumulativo caso a favor da existência de Deus, e, portanto, eu acho que o teísmo é uma cosmovisão mais plausível.

Fonte: WALLACE, Stan W (ed.). Does God Exist? The Craig-Flew Debate. Burlington, USA: Ashgate Publishing, 2003, pp. 19-24

Tradução: Walson Sales

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Notas:

[1] Bertrand Russel and F.C. Copleston, ‘A Debate On The Existence of God’, reprinted in John Hick (ed.), The existence of God, Problems of Philosophy Series (New York: Macmillan Publishing Co., 1964), p. 175.

[2] David Hilbert, ‘On the Infinite’, in Paul Benacerraf and Hilory Putnam (eds), Philosophy of Mathematics (Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Hall, 1964), pp. 139, 141.

[3] Fred Hoyle, Astronomy and Cosmology (San Francisco: W.H. Freeman, 1975), p. 658.

[4] Anthony Kenny, The Five Ways: St. Thomas Aquinas Proofs of God’s Existence (New York: Schocken Books, 1969), p. 66.

[5] Genesis 1.1.

[6] Stephen W. Hawking, A Brief History of Time (New York: Bantam Books, 1988), p. 123

[7] P.C.W. Davies, Other Worlds (London: Dent, 1980), pp. 160-61, 168-69

[8] P.C.W. Davies, ‘The Anthropic Principle’, Particle and Nuclear Physics 10 (1983), p. 28

[9] Paul Davis, The Mind of God: The Scientific Basis for a Rational World (Nem York: Simon & Schuster: 1992), p. 16

[10] Fred Hoyle, ‘The Universe: Past and Present Reflections’, Engineering and Science (November 1981), p. 12

[11] Robert Jastrow, ‘The Astronomer and God’, in Roy Abraham Varguese (ed.), The Intellectuals Speak Out About God (Chicago: Regenery Gateway, 1984), p. 22

[12] Bertrand Russel, Human Society in Ethics and Politics (New York: Simon and Schuster, 1955), p. 124.

[13] Michael Ruse, ‘Evolutionary Theory and Christian Ethics’ in idem, The Darwinian Paradigm (London: Routledge, 1989), pp. 262-69.

[14] Friedrich Nietzche, The Gay Science, in The Portable Nietzche, trans. And Ed. W. Kaufmann (New York: Viking, 1954), p. 95.

[15] Jacob Kremer, Die Osterevangelien Geschichten um Geschichte (Stuttgart: Katholics Bibelwerk, 1977), pp. 49-50.

[16] Gerd Ludemman, What Really Happened to Jesus?, Trans John Bowden (Louisville: Westminster/John Knox Press, 1995), p. 80.

[17] Luke Timothy Johnson, The Real Jesus (San Francisco: Harper, 1996), p. 136.

[18] N.T. Wright, ‘The New, Unimproved Jesus’, Christianity Today, (13 September 1993), p. 26.

[19] John Hick, ‘Introduction’, in Hick, The Existence of God, p. 13.

[20] Tiago 4.8

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