O comércio mundial tem contribuído para a globalização, as importações e exportações fazem parte da economia de qualquer país e todos os países fazem acordos para que este comércio favoreça não somente o comércio interno como o externo, isto contribui muito para o desenvolvimento interno de cada país.
O Brasil não está fora desta realidade, no ano de 2016 o governo brasileiro fechou um acordo com o Irã, o que possibilitou a abertura do mercado brasileiro de exportação de carnes para quase 60 países de origem muçulmana, isto fez com que o Brasil alcançasse o posto de maior exportador de carnes para países muçulmanos do mundo. Com esta demanda o Inmetro criou o selo halal para produtos brasileiros comercializados aos países muçulmanos, este selo pode ser encontrado atualmente não somente em carnes, mas em outros produtos de origem animal como em produtos de beleza dentre outros.
Os alimentos halal são aqueles que são permitidos o consumo pelo Alcorão, ou seja, halal é um termo exclusivamente islâmico para definir aquilo que é permitido, lícito ou autorizado pelo Alcorão, este selo certifica que o animal ou produto está de acordo com as regras estabelecidas pela jurisprudência islâmica, em relação a abate animal segue as regras:
01 Tanto o animal, quanto quem vai abatê-lo devem ser lícitos, ou seja, com saúde física e mental;
02 O sangrador deve ser muçulmano, não simplesmente árabe, mas alguém convertido ao Islã;
03 O sangrador deve estar consciente e com a intenção de realizar a degola;
04 Deve haver a certeza que o animal esteja vivo no momento do abate;
05 A frente do animal deve ser direcionada para Meca no momento do abate, assim como fazem em suas preces diárias;
06 O abate de ser feito com instrumentos próprios para o abate halal e não pode ser usado em mais nada a não ser para o abate;
07 O sangrador deve mencionar em árabe enquanto degola o animal dizendo: “Bismillah” (em nome de Allah O mais Bondoso e o mais Misericordioso);
08 O animal deve ser abatido cortando-se sua garganta pela frente e não por atrás;
09 Todas as quatro vias devem ser degoladas de uma única vez (traquéia, esôfago e jugulares) e não apenas cortadas;
10 O “gogó” do animal deve ser mantido com a cabeça no ato da degola;
11 A cabeça do animal não pode ser decepada;
12 A saída de uma quantidade natural de sangue do animal abatido deve ser observada;
13 O animal deve se mover imediatamente após a degola, o que mostra que estava vivo.
Podemos observar que de acordo com alguns itens a serem seguidos o abate não se trata de um simples abate, mas de um ritual, regulamentado pelo Alcorão, como tudo que rege a vida de um muçulmano.
Antes de qualquer empresa receber este certificado, a empresa recebe uma comissão religiosa para verificar e orientar quais atitudes tomar para que seja liberado a certificação, como por exemplo ter uma sala exclusiva para o abate halal e que a frente desta sala esteja voltada para Meca.
Com um discurso muito usado sobre prosperidade e crescimento econômico incentivam aos produtores a buscarem a certificação. Tudo isso exige um gasto significativo de dinheiro, cerca de R$10.000, 00 por inspeção em cada empresa, ou seja, aprovado a certificação ou não, cada vez que a comissão religiosa vai a empresa candidata a certificação deve pagar este valor. A grande pergunta é: Para onde vai este dinheiro?
Mas antes, gostaríamos de abordar a tentativa de Islamização do Ocidente através do comércio e da imigração. Primeiro observe o que diz o item de número 2: “O sangrador deve ser muçulmano, não simplesmente árabe, mas alguém convertido ao Islã.” Assim como é em suas alimentações os muçulmanos tem o Alcorão e a jurisprudência islâmica como uma regra para todos os aspectos da vida, tanto em princípios gerais quanto específicos (como prece, esmolas, jejum, peregrinação, proibições, jihad, despojos...). Para muçulmano responsável pelo abate do animal com selo halal, o Alcorão é a Palavra de Deus e para ele uma adoração inteiramente válida a Allah, só é possível se for em língua árabe como podemos ver no item 07: “O sangrador deve mencionar em árabe enquanto degola o animal dizendo: ‘Bismillah’ (em nome de Allah O mais Bondoso e o mais Misericordioso)”. O Alcorão afirma a importância da lígua árabe (Sura 20.113).
Continua...
Por Rafael Félix.
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