• Essênios - Foi encontrado no ano de 1948 o maior número de pergaminhos em Qunrã ( noroeste do mar Morto). Qunrã é o local onde se encontra as ruínas da habitação de um grupo monástico chamado " Essênios".
Nos tempos do ministério terreno de Jesus, os essênios nutriam a mesma hostilidade demonstrada pelos zelotes contra a adulteração religiosa. Sendo puristas, eles ansiavam por voltar ao passado, quando,segundo imaginavam, os judeus teriam sido melhores e mais fiéis às leis de Deus. Embora possuíssem um espírito semelhante ao dos zelotes, divergiam drasticamente deles com relação ao método de ação. Acreditavam que a melhor maneira de se libertarem de uma cultura gentia opressora era a reclusão, o afastamento da sociedade, e não um confronto violento.
Esse grupo não é mencionado abertamente na Bíblia, mas nota-se a influência dele em personagens bíblicos como João Batista. Não temos evidências de que ele pertencesse a esse movimento, mas o modo como vivia se harmonizava com a filosofia e estilo de vida deles.
Uma das razões por que eles se isolavam no deserto, levando ali uma existência de austeridade ( embora houvesse alguns que viviam nas cidades) era o desejo de escapar da contaminação do mundo, e procurar purificar-se, pois no primeiro século, o pensamento da vinda do Messias achava- se muito presente na mente dos judeus.
Os essênios não aceitavam forasteiros com facilidade. Se alguém quisesse juntar-se a eles, seria submetido a uma observação atenta durante um ano, antes de ser considerado apto.
No que se refere ao grupo de essênios localizado em Qunrã, registra-se que duraram mais de 200 anos, permanecendo intacto todo esse tempo. Fora iniciado cerca de 200 a. C., e existiu até os dias de Cristo. Eles tiveram um grande impacto sobre a igreja, a partir do século XX, pois foi a comunidade de essênios que produziu os pergaminhos do mar Morto, descobertos recentemente em Qunrã.
Houve uma outra comunidade essênia, mas essa foi a que ficou melhor documentada.
Livro: Manual dos Tempos e Costumes Bíblicos - William L. Coleman.
Via Fabiana Ribeiro
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