A pneumatologia “bíblica” de Warfield, especialmente sua descrição do Espírito no mundo de hoje, é limitada e quase que exclusivamente a questões teológicas pós-bíblicas da ontologia e seu papel nos conceitos calvinistas de regeneração e santificação.
Esta Pneumatologia Calvinista tradicional e as conclusões de exegese bíblica tradicional foram mutuamente condicionadas, fazendo com que gerações de eruditos ignorassem as implicações carismáticas nos textos diante deles. Consequentemente, Warfield não conseguiu apreciar um consenso emergente na erudição bíblica que apontou a função esmagadoramente carismática do Espírito Santo descrita nas Escrituras. Se ele tivesse feito isso, teria achado quase impossível falar da atividade contemporânea do Espírito em termos verdadeiramente bíblicos, sem mencionar a aparição contínua dos dons “extraordinários”. O ônus da prova do cessacionismo repousa sobre Warfield e aqueles que mudaria tão rapidamente a característica, senão a atividade essencial e central de um Deus imutável como Espírito.
Não é simplesmente a falha de Warfield em compreender a atividade bíblica característica do Espírito que é tão contrária ao Cessacionismo, mas que a Escritura enfatiza repetidamente a promessa do derramamento universal do Espírito da profecia e milagre sobre “todas as pessoas”. Essa promessa é cumprida não apenas nos apóstolos credenciados e àqueles” sobre os quais foram impostas mãos apostólicas,” mas a todas as gerações futuras, tendo por condição apenas o arrependimento e a fé [...] A Bíblia vê a efusão do Espírito e seus dons sobre a igreja como característica central da era do Messias e seu reinado no Reino de Deus.
(Sobre a Cessação dos Charismata. Jon Ruthven)
Por Rafael Félix.
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