terça-feira, 28 de maio de 2019

A importância da cosmovisão Judaico-Cristã

Antes de entrar no mérito das comparações propriamente ditas, vejamos, por exemplo, duas afirmações de duas religiões mundiais: o Cristianismo e o Islamismo. O Cristianismo afirma que Deus enviou seu Filho para morrer em nosso lugar e que Jesus morreu na cruz e, depois de três dias, ressuscitou dos mortos. O Islamismo afirma que Deus (Allah) não tem filhos e que Jesus não morreu na cruz, não ressuscitou nem era o Filho de Deus, mas apenas um profeta. Ambas podem estar certas ao mesmo tempo? Claro que não! Pense sobre isso. Dentro de uma cultura Oriental, talvez não haja problema algum, pois a lógica Oriental é “tanto... quanto”, e a lógica Ocidental, influenciada pelos valores judaico-cristãos, é “Ou... Ou”. O defensor da lógica Oriental diria: “tanto o Cristianismo, quanto o Islamismo estão certos”. Entretanto, o defensor da lógica Ocidental diria: “Ou o Cristianismo está certo, Ou o Islamismo está certo. Ambos não podem estar certos ao mesmo tempo”. Você só nega a força, razão e a coerência da lógica Ocidental assassinando a lógica. Temos outra questão reforçando a singularidade da cultura judaico-cristã, conforme mostrado por Copan, que diz em seu fascinante livro The Gifts of the Jews [As Dádivas dos Judeus] que Thomas Cahill reforça esse argumento. Essa antiga tribo nômade do deserto ajudou a introduzir na humanidade o sentido da história – passado, presente e futuro – a ideia de que a história está indo para algum lugar, que ela tem um ponto. Para os mesopotâmios, egípcios e outros povos antigos, o tempo era cíclico – repetitivo. Podemos dizer o mesmo sobre muitas filosofias ocidentais e religiões de hoje. Elas defendem a doutrina do carma com seus ciclos de reencarnação, nascimento, morte e renascimento. Além do mais, o Antigo Testamento revela um Deus que tem um plano global (cósmico) e que envolve os humanos como participantes na formação da história nesse plano. As genealogias do Antigo Testamento refletem o importante papel que os humanos desempenham no desdobramento dos propósitos de Deus (COPAN, 2011, p. 216).
By Walson Sales.

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