Para o reformador genebrino, o Espírito Santo serve para gerar fé em Cristo através da Palavra de Deus no coração da pessoa predestinada. O Espírito também concede “testemunho interior” para autenticar a Escritura.
Para Calvino, as evidencias para a obra do Espírito, então, são a fé em Cristo e nas Escrituras, mas não em dons espirituais explícitos. Como Lutero, João Calvino parece não ter sido pessoalmente familiarizado com os dons mais “visíveis”, incluindo a glossolalia. Na Igreja do Novo Testamento, as línguas haviam facilitado a pregação em línguas estrangeiras, mas, na visão de Calvino, havia corrompido a ambição humana em Corinto. Deus, portanto, optou por remover tais expressões da Igreja, em vez de agravá-los por tais abusos. Calvino conclui que o Espírito divino nos é dado para um melhor uso, a saber, que podemos crer com o coração para a justiça.
Calvino insiste que o fruto genuíno do Espírito - amor, gozo, paz longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança (Gl 5.22-26) - são a base operacional na prática para o exercício genuíno dos dons. E, de fato, certos dons (não visíveis) permanecem, incluindo a palavra de conhecimento, a palavra de sabedoria e discernimento de espíritos verdadeiros e falsos. Talvez o mais atraente para Calvino seja o dom da profecia, que ele correlaciona com a excelente pregação inspirada. Todavia, mais importante que todos eles para Calvino, é o testemunho interno do Espírito, que convence os cristãos de que devem ouvir obedientemente às Escrituras.
(Evidencia Inicial. Gary McGee [ed.])
Como Observa-se Calvino não acredita na contemporaneidade dos dons do Espírito Santo, então conclui-se que como pode um calvinista confesso assumir uma posição pentecostal?
Por Rafael Félix.
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