Não, de acordo com o calvinista F. F. Bruce.
“Aqui [João 13.18,19] é o próprio Senhor quem afirma que a Escritura tinha de se cumprir na ação de Judas. Isto não significa que Judas foi especificamente levado a este ato de traição por um decreto do destino contra o qual teria sido impossível lutar. Mesmo estando prevista a traição de Jesus por um dos seus companheiros mais chegados, foi por escolha pessoal de Judas que ele e não outro acabou desempenhando este papel.
(...)
Apesar do sabor de predestinação da linguagem, Judas não se perdeu contra a sua vontade, mas com sua concordância. Ele podia ter atendido ao último apelo que Jesus lhe fez naquele gesto de comunhão na mesa do cenáculo, mas decidiu, em vez disto, entender-se com o grande adversário. Jesus não tem responsabilidade pela decisão fatal de Judas. Este, como os outros discípulos, fora dado ao Filho pelo Pai, mas a apostasia é uma possibilidade solene mesmo entre aqueles assim confiados a Jesus"
F.F. Bruce. João: introdução e comentários, pp. 247, 283, Vida Nova & Mundo Cristão.
Via Walson Sales.
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