quarta-feira, 22 de maio de 2019

O Determinismo Universal Causal e Divino não pode oferecer uma interpretação coerente da Escritura.

Os teólogos Reformados clássicos reconhecem tal fato. Eles admitem que a reconciliação de textos escriturísticos que afirmam a liberdade humana e contingência com textos que afirmam a soberania divina é inescrutável. D.A. Carson identifica nove correntes de textos que afirmam a liberdade humana: 

(1) As pessoas enfrentam uma série de exortações divinas e comandos; 
(2) as pessoassão orientadas a obedecer, acreditar, e escolher a Deus; 
(3) as pessoas pecam e se rebelam contra Deus; 
(4) os pecados das pessoas são julgados por Deus; 
(5) as pessoas são testadas por Deus; 
(6) as pessoas recebem recompensas divinas; 
(7) os eleitos são responsáveis por responder à iniciativa de Deus; 
(8) orações não são meros exemplos roteirizados por Deus e 
(9) Deus literalmente implora que os pecadores se arrependam e sejam salvos. 
(Divine Sovereignty and Human Responsibility: Biblical Perspectives in Tension, pp. 18-22).

Essas passagens descartam uma compreensão determinista da providência divina, o que impediria a liberdade humana. Deterministas reconciliam o determinismo universal causal divino com a liberdade humana re-interpretando a liberdade em termos compatibilistas. Compatibilismo exige o determinismo, então não há nenhum mistério aqui. O problema é que a adoção de compatibilismo alcança a reconciliação somente à custa de negar o que vários textos bíblicos parecem claramente afirmar: indeterminação genuína e contingência.


Por William Lane Craig

Via Walson Sales.

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