O feminismo mudou muito desde os anos setenta.
Atualmente existe ecofeminismo, feminismo anarquista, feminismo liberal, feminismo global, independente, da terceira onda, multicultural, pró- vida , até feminismo evangélico...e a lista segue. O feminismo tornou- se cativo de si mesmo. Desafiou tanto a resposta instintiva a pergunta: o que é uma mulher? Que esvaziou-se em suas tentativas de definições.
Se não sabem, de fato, o que é uma mulher, defender seus direitos se tornou inevitavelmente desnorteante.
Consideremos alguns relatos:
"Smith College - a histórica instituição feminina - após uma ementa a sua constituição estudantil, afim de excluir os pronomes " ela" e " dela". Por quê? Com uma versão noticiosa explicou, " um número crescente de estudantes se indentificava como transexual e se sentiam desconfortáveis com os pronomes femininos".
Em outro caso, uma feminista ficou agitada quando percebeu que estava impressionada, com a notícia de que mulheres tinham participado da violência contra prisioneiros iraquianos: " Como feminista que sempre apoiou a igualdade militar, estou tão pertubada com o papel das mulheres nessas atrocidades que sinto dificuldade para explicar a intensidade da minha reação". Em algum lugar profundo, essa feminista espera que as mulheres ajam como... mulheres! [...] Outras feministas tomam a dianteira com movimentos radicalmente independentes, exigindo liberdade individual a qualquer custo e sancionando toda e qualquer "expressão sexual", quer seja lesbianismo, pornografia, prostituição, pedofilia, bestialidade [...]. Tenho uma amiga que se mudou para os EUA, vindo de Singapura, onde os papéis femininos são muito mais rigidamente definidos. Estranhamente ela ficou aflita ao constatar quão pouco respeito a maioria das mulheres americanas exigem [...]" (JONES, 2009,p.14,15,17).
Relatos como esses são apenas pequenas amostras de que essas mulheres, na prática, tem afirmado diferenças que não dicernem e reclamam direitos que não conseguem definir. É isso, apenas a ponta do iceberg, porque os frutos da atual conjuntura do feminismo são alarmantes.
De fato, a figura feminina tem sido vitimada, ainda no presente século XXI. Um exemplo disso, são os recorrentes abusos que as mulheres sofrem em países onde a cultura islâmica predomina.
Embasadas nesses casos de extremismos, as adeptas do feminismo moderno levam a questão da mulher para outro extremo, formulando seus discursos em posicionamentos alienados do que é revelado no propósito pleno da criação feminina.
Nesse fogo cruzado, está a sociedade sendo forjada pelos ditos " formadores de opinião" nesse terreno ideológico de "areia movediça".
Esses efeitos tem influenciado especialmente na desconstrução dos lares das crianças de hoje, que se tornarão os adultos de amanhã.
" Sabemos que crianças estão crescendo sem raízes, dependentes dos cuidados de atendimento fornecidos por creches, pela televisão, pelo computador, ou até mesmo pela " turma " local. Falta-lhes fundamentos seguro para a maturidade e para o desenvolvimento de relacionamentos sadios. As mulheres que deram atenção as insinuações da sociedade feminista, de que suas vidas não teriam valor a não se que se dedicassem com afinco a fazer carreira, colocando o lar em segundo plano, vêem agora com angústia os seus filhos serem mortos ou ( pior ainda) matar os seus colegas de classe. A solicitação feminista por autonomia tornou seus filhos descuidadamente autônomos. Essas crianças, sem a presença forte de uma mãe, estão crescendo sem raízes, sem moralidade. Enquanto isto, muitas mulheres estão investindo o seu melhor nas empresas que trabalham, em vez de investir em seus filhos"
( JONES, 2009, p.18)
O argumento Bíblico:
O cristão tem uma base firme para a definição e manutenção da identidade de qualquer indivíduo: A Palavra de Deus.
No princípio da criação Deus criou o homem e a mulher, segundo a sua imagem e semelhança ( Gn 1.27).
Fazendo entre eles distinções, porém sem subvalorizar um em relação ao outro. O relato bíblico repete o trabalho de Deus de separação. O Criador separa a noite do dia( Gn 1.4,5); o mar da terra seca( Gn 1.9,10); os céus da terra (Gn 1.1) e acima de tudo Ele se distingue como Criador da sua criação.
Essa noção de separação, traz a consciência o discernimento para conhecer a manutenção ordeira na conduta de todas as coisas.
No que se refere a igualdade em valor entre homens e mulheres, não se anula as individualidades de suas distinções físicas, padrões de pensamentos e reações.
Porém, o feminismo moderno tenta anular a mulher em sua essência, uma vez que objetiva extinguir as diferenças inegociáveis entre homens e mulheres. Com tais alegações o pensamento cristão não está colocando sobre os ombros das mulheres feministas a culpa total da caótica sociedade em que vivemos. Mas, está afirmando sim, que não pode existir um "novo modelo de mulher" como o feminismo moderno prega, sem desordenar todas as coisas. E havendo essa desordem, não há sabedoria humana que possa concertar as deformações na construção de toda uma geração.
Aqueles que desejam destruir toda e qualquer distinção estabelecida por Deus, tentam provar que os cristãos são limitados em sua compreensão, e que até mesmo odeiam a humanidade alegando " falta de amor", em seus posicionamentos.
O que ocorre é que esses mesmos cristão conheceram a Palavra que liberta, porque é a verdade ( Jo 8.32). E são ordenados a partilhar essa verdade com os que estão ao seu redor, quer desejem ouvir ou não ( 2 Tm 4.2)
Afirmar essas coisas é um aspecto crucial na proclamação da verdade de Deus nesse mundo.
Ao legitimar o que revela a Palavra de Deus, os cristãos não estão fazendo outra coisa, se não lutando, a exemplo de Jesus, pela diminuição da velocidade na decadência da sociedade em que vivem.
Fabiana Ribeiro.
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