Para diferenciarmos os pentecostais modernos, ou daqueles que prefiro chamar de pseudopentecostais, precisamos fixar inicialmente, princípios bíblicos do Pentecostes, observando a urgência deste assunto, decidi meditar com os irmãos sobre quais são estes princípios bíblicos fazendo por hora uma paráfrase do livro “Rastros de Fogo” de José Gonçalves.
Para começarmos vamos ver o primeiro princípio de acordo com GONÇALVES:
1. O Pentecoste Bíblico é marcado pela imprevisibilidade.
“De repentes, veio do céu...” (At. 2.2). A sentença “de repente” fala de imprevisibilidade. Os discípulos não sabiam que isso ia acontecer, não foi nada ensaiado, o que contraria boa parte dos carismáticos contemporâneos, que mais parece uma escola de teatro, onde dependendo da comunidade que se vive até ensaia-se o falar em línguas e na maioria das vezes já se sabe o que vai acontecer durante o culto, como quem tocar na “toalhinha” vai testemunhar uma benção recebida, sabonete ungido, vassoura, rosa, sal. Não só coisas, mas pessoas também foram elevadas a verdadeiros amuletos para alguns pseudopentecostais.
Lembro-me de ter assistido um documentário falando sobre a história da Rua Azuza (USA, 1905) onde um dos pesquisadores fala da semelhança do que aconteceu no dia do pentecoste e do que aconteceu na Rua Azuza. Ali não se tratava de fórmulas mágicas, nem algo ensaiado, mas tudo aconteceu de forma espontânea, o Espírito Santo quem conduzia a operação. Entretanto, se faz necessário frisar que imprevisibilidade não é irracionalidade, ou desordem, a manifestação no dia do pentecoste e na igreja pentecostal, a manifestação deve ser organizada (1Co 12.11; 14.40).
(Rastros de Fogo. O que diferencia o Pentecostes bíblico do neopentecostalismo atual? José Gonçalves)
Por Rafael Félix.
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