Já vimos que o pentecoste bíblico é marcado pela imprevisibilidade, não é nada ensaiado, ainda que o pentecoste bíblico é marcado pela verticalidade, pois a sua origem é do céu, vem de Deus, por isso não pode ter o homem como o principal agente, e agora vamos falar um pouco sobre mais uma característica do pentecoste bíblico desta vez veremos que ele possui voz.
Em Atos 2.2 diz: “...veio do céu um som...” A palavra traduzida por som vem do grego echos, que é raiz da palavra eco. Uma das principais diferenças entre o pentecoste bíblico e o atual é que o bíblico produz eco, já o contemporâneo produz barulho. Percebe-se o esforço em alguns pregadores em manter o fôlego em algumas pregações, boa parte do público mal entende as palavras.
Quer ver como o pentecoste nos dias de hoje produz apenas barulho? Faça uma pesquisa nas redes sociais e você vai ver que o principal objetivo hoje não é fazer ecoar o verdadeiro poder de Deus para a pregação do Evangelho, o objetivo dos pregadores atuais é fazer barulho e ficar conhecido, ganhar curtidas, compartilhamentos e está nos trends tops das redes. O sociólogo polonês Zygmunt Bauman reformulou a famosa frase de Renê Descartes de Penso, logo existo para Falam de mim, logo existo.
O que vemos nos dias de hoje são pregadores gritando a pleno pulmões para serem conhecidos, abrindo canais e páginas nas redes sociais, buscando glória para si, o grande problema é que com isso, eles não conseguem criar o eco produzido pelo pentecoste bíblibo, só fazem barulhos, escandalizam o evangelho, desmoralizam os verdadeiros cristãos e não cumprem a sua principal tarefa que é “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda Judeia, em Samaria e até os confins da terra” (At.1.8). Tudo que Deus faz tem um propósito, ai eu pergunto: Qual o propósito ou frutos que boa parte do suposto pentecoste atual tem produzido? MEDITEMOS!
(Rastros de Fogo. O que diferencia o Pentecostes bíblico do neopentecostalismo atual? José Gonçalves)
Por Rafael Félix.
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