sexta-feira, 31 de maio de 2019

Textos bíblicos que anulam a doutrina calvinista do decreto exaustivo de todas as coisas, a ideia de que tudo o que acontece foi desejado e decretado por Deus - parte VIII

Esta passagem me chama muito a atenção pelo fato de ter culminado no cativeiro Assírio e Babilônico do povo israelita. Em 2 Reis 17 o trecho sacrossanto mostra o cativeiro e o que causou de fato tamanha mazela entre os descendentes de Abraão. O real motivo é-nos mostrado a partir do verso sete. Vamos analisar: foram cativos porque pecaram contra o Senhor e temeram a outros deuses (v. 7); andaram nos estatutos das nações que o Senhor houvera lançado fora e nos costumes dos reis de Israel (v. 8); fizeram contra o Senhor o que não era reto e edificaram altos para si em todas as cidades (v. 9); levantaram colunas e postes-ídolos em todos os altos e debaixo de todas as árvores frondosas (v. 10); queimaram incenso nestes lugares e cometeram ações perversas para provocarem o Senhor a ira (v. 11); serviram os ídolos dos quais o Senhor os havia dito: não fareis estas coisas (v. 12); rejeitaram os estatutos e a aliança que Deus fizera com seus pais, rejeitando também as advertências acerca da desobediência e seguiram os ídolos, se tornaram vãos, seguiram as nações que estavam em derredor, das quais o Senhor lhes havia ordenado que não as imitassem (v.15); desprezaram todos os mandamentos do Senhor, fizeram para si imagens de fundição, dois bezerros, fizeram um poste-ídolo e adoraram todo o exército do céu, e serviram a Baal (v. 16); queimaram seus filhos e suas filhas como sacrifício, deram à prática de adivinhações, criam em agouros e venderam-se, mais um vez diz o texto, para fazerem o que era mal perante o Senhor, para o provocarem a ira (v. 17). Então, qual foi o resultado? Muito se indignou o Senhor contra Israel e os afastou de sua presença, só ficando Judá (v. 18). E o que fez Judá? Não guardou os mandamentos do Senhor e imitaram a Israel (v. 19); Deus entregou todo o povo nas mãos dos despojadores e os expulsou de sua presença (v. 20); apesar de o Senhor ter avisado pelo ministério de todos os seus servos, os profetas (v. 23); advertindo a Israel e a Judá que eles voltassem dos seus maus caminhos e começassem a guardar todos os mandamentos e estatutos, segundo toda a Lei que o Senhor houvera prescrito aos pais por intermédio dos profetas (v. 13). Mas, o que os israelitas fizeram? Não deram ouvidos, se tornaram obstinados e de dura cerviz e não creram no Senhor (v. 14). Novamente a teoria do decreto incondicional de todas as coisas na eternidade passada defendida pelos hipercalvinistas recebe mais um duro golpe da Santa Escritura. Seria o Deus da Bíblia aquele que adverte e aconselha as pessoas a abandonarem seus pecados para não serem punidos, os conclamando à obediência aos santos mandamentos, para depois, em sua agenda secreta os obrigar de forma eficaz a cometerem toda a sorte de pecados gravíssimos e contra o próprio Deus para depois puni-los e castigá-los pela desobediência que Deus havia decretado? Isso mais se parece com uma peça de teatro de terror em que o Santo Senhor planeja, executa e pune os pecados dos homens. Essa teoria só pode formar pessoas revoltadas contra o Senhor. Não faz sentido, pois os homens foram punidos por suas atitudes e isso é explicito no texto em destaque.
By Walson Sales.

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