Muitas pessoas me perguntam: o livro “Que amor é este?” é realmente bom? Pessoal, o termo “bom” é muito pouco para descrever a grandeza imensurável deste livro. Sem sombra de dúvida é uma excelente obra para a refutação do calvinismo. Como em todo o livro há pontos que merecem ressalvas, mas nada que tire o brilho e a grandeza desta obra que é fantástica. Segue abaixo algumas citações desse livro. Veja por si mesmo se vale apenas ou não adquiri-lo:
“A maioria das pessoas hoje, incluindo os líderes evangélicos que têm Calvino em grande estima, não estão conscientes de que têm sido cativados pelos escritos de um devoto católico romano recém convertido ao protestantismo de Lutero, que havia rompido com Roma somente um ano antes”. (HUNT, 2015, p. 59)
“No momento de escrever suas Instituías, Calvino, longe de ser um apóstolo como Paulo, era na melhor das hipóteses um recém convertido. Portanto, ao escrever as Instituías, Calvino buscou compensar o que faltava em maturidade espiritual e orientação do Espírito Santo com sua brilhante mente legal. Apesar de sua inteligência natural, entretanto, esse jovem entusiasta parecia cego ao fato de que a parceria que mais tarde ele forjou em Genebra entre a igreja e o Estado (como Lutero também fez) foi um dos maiores erros do Catolicismo Romano e a própria antítese da vida e do ensino de Cristo”. (HUNT, 2015, p. 61)
“O quase completo acordo entre Calvino e Agostinho e os repetidos louvores de Calvino a Agostinho não podem ser negados. Calvino chamou a si mesmo de “um teólogo agostiniano”. De Agostinho ele disse, “a quem citamos com frequência, como sendo a melhor e a mais fiel testemunha de toda a antiguidade”. Os próprios calvinistas insistem na ligação entre Calvino e Agostinho. McGrath escreve: “sobretudo, Calvino considerava seu pensamento como uma exposição fiel das principais ideias de Agostinho de Hipona”. ...Como poderia um dos líderes da Reforma abraçar tão plenamente as doutrinas de alguém que tem sido chamado o “principal criador teológico do sistema latino-católico distinto do [...] protestantismo evangélico [...]” (HUNT, 2015, pp. 82, 83, 84)
“O calvinismo oferece uma definição especial da depravação humana: que depravação é igual a inabilidade — e essa definição especial necessita tanto da Eleição Incondicional quanto da Graça Irresistível. ...Não há qualquer verso na Bíblia, no entanto, que apresente a ideia radical do calvinismo de que o pecador é incapaz de crer no verdadeiro evangelho que oferece a ele perdão e salvação, e ainda ele é condenado por Deus por falhar em crer. ...Dizer que Deus ordena ao homem fazer o que eles não podem fazer sem Sua graça, e então retém a graça de que eles precisam e os pune eternamente por não obedecer, é fazer uma zombaria da Palavra de Deus, de Sua misericórdia e Seu amor, e difamar Seu Caráter”. (HUNT, 2015, pp. 161, 163, 167)
“Por que Deus perderia Seus tempo e esforço, além dos tempo e esforço de muitos de Seus profetas, implorando àqueles que, segundo o calvinismo, não podem ouvi-Lo — ou mesmo se pudessem, sendo totalmente depravados — nunca iriam responder ao Seu apelo, crendo e Lhe obedecendo? Não seria o pior tipo de hipocrisia Deus expressar preocupação pelo bem-estar eterno daqueles que Ele predestinou ao tormento eterno? Por que criar essa elaborada ficção de lamento e choro por aqueles que Deus sabe que não apenas vão recusar se arrepender, mas também que, a menos que Ele os regenere, não podem se arrepender por causa de sua inabilidade total de fazê-lo?” (HUNT, 2015, p. 191)
“Tome a compreensão humana de “morto”, e misture com o entendimento imaturo do jovem João Calvino da Palavra de Deus, manchada pela filosofia agostiniana, agite bem, e então surgirá a teoria Depravação Total”. (HUNT, 2015, p. 215)
“Sim, o homem é totalmente incapaz de contribuir um iota na sua salvação. Não se segue, no entanto, que ele não pode, pela fé, receber a salvação oferecida livremente em Cristo”. (HUNT, 2015, p. 220)
“Em todas as Instituías da Religião Cristã de Calvino não existe uma única menção do amor de Deus pelo perdido!” (HUNT, 2015, p. 273)
“É claro, a salvação não é obra nossa; porém isso não prova que não podemos receber a salvação que Cristo operou, como um dom do amor de Deus”. (HUNT, 2015, p. 323)
Continua...
Obs: Essa obra em parte foi traduzida pelo meu amigo e professor Walson Sales.
By Nivaldo Gomes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário