sexta-feira, 7 de junho de 2019

Tentativas de Diluir Elementos do Evangelho no Meio Religioso

Comunicar Jesus as pessoas religiosas que pensam de maneira diferente do Cristianismo bíblico. Eis um desafio constante para os legítimos discípulos de Jesus Cristo, e não poderia ser diferente no contexto das influências religiosas do século XXI.
Todo aquele que objetiva anunciar as Boas Novas de salvação neste terreno de tanta religiosidade divorciada das Escrituras Sagradas, necessita sempre embasar-se nos princípios eternos da Palavra de Deus, e ter interesse em conhecer ideologias humanistas com roupagem religiosa que tendem a querer adulterar a pureza da mensagem do Evangelho, a fim de saber quais os ensinos bíblicos que deverão ser transmitidos em resposta a tais pensamentos.

O termo religião, vem do latim " religare", significando religar, ou seja, o princípio do sentido de religião é o meio de religar o homem a Deus. Todavia, na presente era, o sentindo de religião inicial tem perdido muito do seu significado, servindo mais como um recurso para o indivíduo na busca de solução para os seus problemas. A este movimento, vários teólogos dão o nome de secularização. " A experiência religiosa fica restrita a vida privada, podendo na melhor das hipóteses, funcionar como uma religião civil, capaz de proporcionar base para uma determinada sociedade". (RAMOS, 2009, p.155).
Porém, para o notável antropólogo Felix Kessing, a religião no termo inicial do seu sentido é de fato abrangente. E ainda que haja o processo de secularização por grande parte da sociedade, a religião possuí significado expressivo na vida de uma pessoa e dos povos (religiosos em sua maioria) e é um sistema explanatório e também interpretativo.
" É explanatório na medida em que responde sistematicamente aos porquês totais, relacionados diretamente com : existência- natureza do mundo e do homem; poder- forças dinâmicas do universo; providencia - funções de manutenção do bem- estar; moralidade- vida e morte dos indivíduos. E é interpretativo porque tende a interpretar todo o comportamento importante valorizando-o , ligando- se aos diferentes setores da vida humana, como economia, política, família, estética e segurança. (SILVA, 2014, p.33).

No vasto terreno das influências religiosas da presente era, é comum encontrar aceitação na chamada religiosidade sincrética. O sincretismo está relacionado a uma mistura de religiões diferentes, opostas, aceitando a todas como verdadeiras. Scott Moreau, professor de religiões populares no Wheaton College, define sincretismo como " uma substituição ou diluição de elementos essenciais do Evangelho" (SILVA, 2014, p.164).
O termo sincretismo é relativamente recente, mas a sua prática em si já é antiga. Como é o caso relatado no Antigo Testamento, onde os povos que ocuparam Samaria simpatizavam com esta prática mística (2Rs 17.23-33). " Assim temiam o Senhor mas também cultuavam seus próprios deuses, conforme o costume das nações de entre as quais haviam sido levados" (v.33).

O discípulo de Cristo contemporâneo esta rodeado pelo sincretismo religioso, e é constantemente conclamado a ser participante dessas práticas expressadas em vários segmentos da sociedade, tidas como normais e aceitáveis. Todavia, as palavras de Jesus ecoam imutavelmente : "...adore o Senhor o seu Deus é só a ele preste culto" (Mt 4.10).
Em suma, o sincretismo é fruto de um vazio espiritual, de que algo esta incompleto e necessita de outra, ou outras práticas religiosas para satisfazer seus adeptos. Em contraste com a real suficiência de Cristo, que pelo " Seu divino poder deu todas as coisas de que necessitamos para a vida e para a piedade, por meio do pleno conhecimento daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude" (2Pd 1.3).
continua...
Por Fabiana Ribeiro.

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