Por Abraão de Almeida
O estabelecimento da Dispensação da Graça ocorreu na “plenitude dos tempos”, quando, por toda parte, era patente a falência da filosofia, da religião e da política em seus esforços para melhorar a vida humana. Um retrato dessa época nos é apresentado por Benjamim Scott:
“É impossível descrever toda a miséria moral duma religião (pagã) cujos deuses eram debochados, bêbados, fratricidas, prostitutos e assassinos, e cujos templos eram lupanares e antros dos piores vícios, chegando alguns a só serem tolerados fora das cidades (Vitruvio, 1.7)."
“Seus espetáculos _ as horríveis pugnas de gladiadores e cenas impuras _ O Catão caserneiro não podia presenciar. Suas procissões eram cortejos de indecências. Seus altares não raro se tingiam de sangue humano."
“Suas festas, as célebres bacanais e saturnais: cujo ritual era o vicio, e cujos sacerdotes e sacerdotisas”... (temos de descer um véu para esconder suas simples funções sacerdotais)."
“No tempo de Augusto, o casamento tinha caído em desuso. Se existia, era apenas para tornar a mulher escrava. A esposa tinha de trabalhar; as concubinas e cortesãs é que eram as amigas do seu senhor. Mas tudo isso não é ainda o mais negro do quadro."
“Não há um único dos vícios que provocaram a extinção dos cananeus ou que fizeram vir do céu o fogo vingador sobre as cidades da planície, que não suje o retrato que a história registra de quase todos os imperadores, estadistas, poetas e filósofos da Roma Antiga e da Grécia Clássica."
“A lepra moral corrompia tudo e a todos. A crueldade campeava tanto quanto a sensualidade. A escravatura era universal. Sócrates era uma exceção.” (Benjamim Scott, As Catacumbas de Roma, Editora Progresso, Porto, Portugal, 1923, p. 7.)
É nesse mundo tenebroso que Jesus se manifesta como o sol, com a mais pura de todas as doutrinas: a fé cristã, anunciada com autoridade e confirmada com grandes sinais e prodígios.
• O propósito divino
Na Dispensação da Graça o proposito divino, é salvar todo aquele que crê em Jesus, tanto judeus como gentios, e chamar para fora do mundo esse povo especial, formando a sua igreja. “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”. “E a vida eterna é está: que te conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (Jo 3.16; 17.3).
Transcrito por Jurandir Ferreira da Silva.
Nenhum comentário:
Postar um comentário