Por Leonardo Melo
Sobre os diferentes partidos políticos mundiais e suas várias ideologia, consideramos aqueles aliados à esquerda os mais lesivos para o verdadeiro Cristianismo, e uma ameaça latente a democracia. A partir da biografia de Marx, percebemos seu antagonismo a Deus e a Religião. Ele teve em Friedrich Engels seu fiel colaborador por 40 anos. Dentre as várias obras publicadas por ambos, uma particularmente se destaca: “O manifesto Comunista”, contudo, foi com a Crítica da filosofia do Estado de Hegel, com Feuerbach, em 1844, onde Marx afirma que “Para a Alemanha, a crítica da religião está essencialmente terminada, e a crítica da religião é o suposto de toda crítica”. Para Marx, os fatores que concorreram principalmente a formação de uma interpretação materialista da realidade, foram três:
1. O desenvolvimento da ciência;
2. A dialética Hegeliana;
3. E o aguçamento dos problemas econômico-sociais.
Marx considerava que a Religião alienava o homem. A alienação religiosa deve ser esclarecida a partir da situação histórico-social concreta. Mas, a Religião é a expressão da alienação do homem e não seu fundamento, antes, é o resultado. A essência da alienação do homem encontra-se no contexto econômico, no tipo de relações de produção geradas no mundo capitalista. Aí há duas classes sociais: os proprietários dos meios de produção e os não-proprietários. Então, destruindo essa estrutura econômica, também se destrói a Religião que é seu produto. São as estruturas econômicas que, segundo Marx, geram a falsa consciência que é a Religião. Assim, a ideia de Deus é o resultado de uma economia alienante. A Religião é o aroma de uma sociedade alienada. É um momento necessário do mundo alienado porque o justifica, seu protesto contra este mundo permanece sem consequências porque propõe uma solução para além da história. A Religião apenas oferece a libertação espiritual do homem, a libertação imaginária é ilusória. Somente a práxis revolucionária será capaz de emancipar radicalmente o proletariado industrial, dispensando o protesto é o consolo da religião. Para Marx, a Religião é uma consciência errônea do mundo. Enquanto protesto contra as situações humanas é protesto ineficiente, porque desvia a atenção deste mundo e de sua transformação para outro, para o além. DESTA MANEIRA A RELIGIÃO AGE COMO CALMANTE: É O ÓPIO DO POVO. Ainda, segundo Marx a Religião hipnotiza o homem, com falsa superação da miséria e assim destrói sua força de revolta. Atua como força conservadora no campo social e econômico. Na alienação religiosa, o homem projeta, segundo Marx, para fora de si, de maneira vã e inútil seu ser essencial, e perde-se na ilusão de um mundo transcendente. Porém, ante o exposto e estabelecendo como paradigma a Santa Palavra de Deus, cf. Sl. 42, 62, 63, e inúmeros Salmos e textos que mostram a dependência e a nossa necessidade de nos relacionar com Deus, denotando assim que somos seres espirituais e Deus, um ser relacional. É intrínseco a nossa natureza essa dependência do Eterno e não tem como fugir dessa realidade! não sabia Marx, em seus devaneios influenciado pelas trevas, que os fortes antropomorfismos acentuam que o ser humano recebe sua figura e sua vida de Deus. A matéria de seu corpo é totalmente terrena, cf. Sl. 90.3, 103.14. Em suas veias, não corre o sangue de um deus abatido, como em mitos babilônios da criação, e o ser humano tão pouco se originou das lágrimas do deus sol, como muitas vezes foi dito no Egito desde o início do reino médio. Finalmente, o homem é um ser espiritual, dotado de duas natureza, a saber a carnal e a espiritual e na sua constituição um ser tricotômico. Os termos traduzido por alma Nefesh (hebraico ) e Psychê (grego), e espírito Ruah, no hebraico e Pneuma, no grego, enfatizam nossa natureza espiritual e a nossa religiosidade.
Ref.:
1. SILVA, Severino P. da. O Homem. Sua origem, sua história.
CPAD. 2012.
2. Reale & Antiseri. História da Filosofia. Vol. 3. Paulus. 2007.
3. ZILLES, Urbano. Filosofia da Religião. Paulus.2010.
4.WOLFF, Hans Walter. Antropologia do Antigo Testamento. Hagnos.2013.
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