À primeira vista, o Islamismo pode parecer quase compatível com o Cristianismo e o Judaísmo. Estamos sempre ouvindo algumas pessoas afirmarem que os muçulmanos crêem no mesmo Deus que os cristãos, ressalvando: "Apenas não aceitam Jesus Cristo". Entretanto, como veremos, o Deus dos muçulmanos não é semelhante ao Deus dos cristãos.
O Islamismo rejeita as doutrinas bíblicas da Trindade e da divindade de Cristo.
Deus
Para o muçulmano, o único Deus verdadeiro é Alá. A Trindade é um conceito blasfemo; não existe tal coisa. Jesus Cristo é um profeta de Alá. Não é filho de Deus, nem é Deus (Surá 4.171). O pecador não pode aproximar-se do Deus muçulmano, tão perfeito e santo que só se comunica com a humanidade através de uma série de anjos e profetas. É um Deus que castiga, não um Deus que concede graça; um Deus cheio de ira, e não de amor. O grande desejo do muçulmano é submeter-se a ponto de conseguir deter o braço vingador de Alá. Assim, se por um capricho Alá o permitir, ele talvez consiga herdar a vida eterna e viver num paraíso terreno caracterizado por glutonaria e prazer sexual. O conceito que os muçulmanos têm de Deus não é o de um Pai amoroso e compassivo.
Jesus Cristo
Como já mencionamos, para o muçulmano, Jesus é apenas um dos vários profetas de Alá. Ele foi profeta para o seu povo, em sua época. O profeta Maomé é superior a ele. Jesus não é o Filho de Deus, nem uma Pessoa da Trindade. Ele não expiou os pecados de ninguém, embora fosse um homem sem pecado.Para os muçulmanos, Jesus não morreu na cruz. Dizem as suas tradições que ou ele colocou Judas Iscariotes lá, em seu lugar, ou então Deus o livrou das mãos dos judeus de forma miraculosa, antes de ele ser crucificado. A maioria dos adeptos dessa religião crê que ele foi levado para o céu corporalmente, sem ter passado pela morte (Surá 4.157).
Pecado e Salvação
Para o Islamismo, o pecado e a salvação acham-se associados a dois conceitos:
as obras e o destino (kismet). O muçulmano que deseja escapar ao castigo de Alá tem de realizar as obras dos _"Cinco Pilares da Fé" (Surá 10.109). São eles: (1) recitar o Shahada ("Não há Deus senão Alá e Maomé é seu Profeta."); (2) recitar diariamente as cinco orações prescritas, em árabe (Salat ou Namaz), para a qual tem de ajoelhar-se e prostar-se na direção de Meca, a cidade santa do Islamismo; (3) dar esmolas (Zakat), o que é bem diferente do dízimo, pois o muçulmano tem de gastar apenas a quadragesima parte de sua renda em contribuições de caridade; (4) jejuar (Saum ou Ruzehk) durante todo o mês de ramadã, período em que o fiel deve abster-se de alimentos sólidos e líquidos desde o nascer do sol até o pôr-do-sol, para assim expiar os pecados cometidos no ano anterior (contudo, após o pôr-do-sol, muitos deles jantam fartamente, e alguns ainda se levantam pela madrugada, para comer mais, antes do amanhecer, quando têm de reiniciar o jejum); (5) fazer uma peregrinação (Hajj) à Meca, a cidade santa, pelo menos uma vez durante a vida.
Antigamente a "guerra santa" {Jihad) era uma das condições impostas pela fé. Os primeiros muçulmanos criam ser obrigação sagrada matar todos aqueles que não abraçassem a fé verdadeira.
Não existe Islã moderado, a mensagem do Alcorão e dos hadiths são as mesmas. Os muçulmanos considerados "moderados" são considerados desviados da verdadeira mensagem de Maomé e Alá.
(Império das Seitas. Walter Martin)
Adaptações e Acréscimos
Por: Eziel Ferreira e Rafael Félix
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