Nos primeiros séculos do cristianismo surgiram muitas controvérsias sobre a pessoa de Jesus, uma das principais foi sobre a natureza divina de Cristo, quando Nestório se afastando da ortodoxia do Concílio de Niceia, negou a divindade de Jesus por volta do século IV, foi neste momento em que nasce o termo “Mãe de Deus”, O termo usado pelos cristãos era Theotokos que quer dizer “Portadora de Deus”, entretanto a Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR, a partir de agora) adotou o termo para designar “Mãe de Deus”. “O termo usado pelos cristãos era “theotokos”, que literalmente é ‘portadora de Deus’ por causa das controvérsias Cristológicas da época para exaltar a deidade absoluta de Jesus” (SOARES, 2011, p. 181). Nestório se colocou em oposição ao uso do termo para negar a encarnação de Jesus e insiste em chamar Maria de “christotokos” (portadora de Cristo), posicionando-se contra o termo “theotokos” (portadora de Deus). Cirilo de Alexandria e outros ortodoxos esclareciam que Maria concebeu somente a humanidade de seu filho, que aconteceu na encarnação, carregando o Deus-homem, por isso o termo “portadora de Deus” (theotokos). “O Concílio de Éfeso condenou o nestorianismo, e o termo se manteve para destacar a perfeita deidade de Jesus, o verdadeiro Deus e o verdadeiro homem. O concílio da Calcedônia, 20 anos mais tarde, declarou o termo “theotokos” como mãe de Jesus humano” (SOARES, 2011, p. 181). Para regulamentar a prática da mariolatria, a Igreja Católica utiliza a expressão “Mãe de Deus”, dando a entender que Maria é antes de Deus. Entretanto, ela não pode ser a mãe de Deus, pois, Deus é um ser incriado e eterno, subsistente em si mesmo e Maria é um ser humano caído em pecado, limitada ao tempo e não poderia ter gerado algo eterno. A Bíblia nos esclarece que o menino Jesus nasceu como homem e assim se tornou filho de Maria adquirindo a natureza humana como foi prometido a Eva logo após o pecado em Gn. 3.15. Portanto, Maria não pode ser mãe da divindade do Senhor Jesus Cristo, mas da humanidade.
Como Maria era a “mãe de Deus”, no melhor sentido dessa expressão, começaram a perceber que seria uma incongruência se ela tivesse, subsequentemente, filhos comuns através de gerações comuns. Como resultado dessa inclinação maniqueísta de pensamento, ela foi declarada aeiparthenos (sempre virgem) e os outros filhos (os adelphoi, ou irmãos de Mateus 13.55,56) foram forçosamente entendidos como “primos de Jesus”. (WYCLIFFE, 2013, p. 1231).
Assim começou o desenvolvimento da tradição da Mariolatria na Igreja Católica Apostólica Romana de se prestar culto e adoração e uma reverencia antibíblica a Maria. Seus ensinamentos nunca tiveram algum significado e tem total rejeição nos ensinos Bíblicos, por isso não pode ter autoridade como uma doutrina Bíblica.
SOARES, Esequias. Manual de Apologética Cristã: Defendendo os Fundamentos da Autêntica Fé Bíblica.1ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2011,379p.
WYCLIFFE. Dicionário Bíblico. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, 2050 p.
Por Rafael Félix.
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