Se os ateus estão certos, então não deveria existir vasto amparo escriturístico ao Novo Testamento. O Novo Testamento passa nessa prova?
Os relatos do Novo Testamento chegaram até nós por “contos e lendas” recebidas das religiões pagãs após um longo período de transmissão oral, ou existe outra possibilidade mais coerente e menos fantasiosa?
Geisler e Bocchino (2003) abrem-nos a porte ao perguntar: Qual o resultado de examinar a transmissão textual pelo qual os documentos chegaram até nós? Em outras palavras, uma vez que não dispomos dos documentos originais, qual é a credibilidade das cópias que temos em relação ao número de manuscritos e ao intervalo de tempo transcorrido entre o original e a cópia existente?
Pode-se entender que há evidencias de manuscritos precisos em quantidade muito maior para o Novo Testamento do que para qualquer outro livro do mundo antigo (p.273). O ex-ateu McDowell, também (1996, p.49), citando F.E Peters, ressaltou que “baseando-se apenas na tradição dos manuscritos, as obras que formam o Novo Testamento dos cristãos foram os livros mais antigos mais frequentemente copiados e mais amplamente divulgados”.
Além disso há mais manuscritos com maior exatidão e datação mais antiga do que qualquer outra obra clássica secular da antiguidade. Para provar essa verdade, Geisler e Bocchino (2003) mencionam que se encontra na biblioteca de Manchester, Inglaterra, um fragmento de manuscrito, conhecido como manuscrito John Rylands. Esse papiro contém cinco versículos do Evangelho de João (18.31-33,37,38). Foi encontrado no Egito e é datado entre 117 d.C. e 138 d.C. O grande filólogo Adolf Deissmann argumentou que podia ser ainda mais antigo. Essa descoberta destruiu a ideia de que o Novo Testamento foi escrito durante o segundo século a fim de providenciar tempo para que surgissem mitos em torno desta verdade (p.274).
Geisler e Nix (1997) também deixam suas opiniões sobre o papiro Rylands nos seguintes termos: “devido a sua data muito antiga e sua localização (Egito), a alguma distancia do lugar tradicional d composição (Ásia Menor), essa porção do Evangelho de João tende a confirmar a data tradicional de composição do Evangelho, isto é, por volta do fim do primeiro século.” (p.141).
McDowell (1996), p. 59) traz a posição d nada mais nada menos do que Bruce Metger, tratando sobre uma crítica abandonada:
Caso tivesse conhecido esse pequeno fragmento durante meados do século passado, aquela escola crítica do Novo Testamento, a qual foi inspirada pelo brilhante professor de Tubinga, Ferdinand Christian Baur, não poderia ter defendido que o Quarto Evangelho só foi escrito por volta de 160 a.D.
McDowell (1996, p.51), traz ainda a opinião de Montgomery, que assevera que “ter uma atitude cética quanto ao texto disponível dos livros do Novo testamento é permitir que toda a antiguidade clássica se torne desconhecida, pois nenhum documento da história antiga é tão bem confirmado bibliograficamente como o Novo Testamento”.
Só pra confirmar a superioridade bibliográfica do Novo Testamento, Geisler e Bocchino (2003) advogam que a soma total de manuscritos gregos é de 5.686; além desses, há mais de 10.000 manuscritos em latim; 4.100 em língua eslava; 2.500 em armênio; 2.000 em etíope; além de centenas em outras línguas, totalizando 24.286 manuscritos.
(Ateísmos: Respostas às Objeções à Veracidade do Cristianismo. Walson Sales)
Por Rafael Félix.
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