segunda-feira, 1 de julho de 2019

*Escribas meticulosos, manuscritos confiáveis*

Por Josh Macdowell
*"Baruch, é certificado!" Moshe exclamou, quando ele invadiu a porta da casa de seu amigo. "Eu não podia esperar para contar a você."*
Baruch captou imediatamente a alegria de Moshe, sentindo-a inundar seu próprio coração. Moshe estava trazendo a notícia que ele esperava ouvir há muitas semanas: que o rabino havia certificado a Torá (os cinco primeiros livros do Velho Testamento) que Baruque levou um ano para copiar meticulosamente em um novo pergaminho.
É fácil para mim visualizar a cena acima, porque eu também, agora, 550 anos depois, sinto-me extremamente maravilhado ao tocar a borda deste texto antigo, preparado por um dedicado escriba *Ashkenazi*. [Josh MaCdowell adquiriu esse manuscrito antigo para sua coleção].
O escriba seguiu indubitavelmente a exigência estrita de preparar as peles e a tinta, bem como as tradições de copiar precisamente as Escrituras. Ele certamente foi treinado rigorosamente e era altamente qualificado, um erudito religioso respeitado em sua comunidade. Para ser certificado como escriba, este escriba profissional teve que memorizar 4.000 leis e princípios diferentes, que ditavam como copiar as Escrituras. Uau!
Seu trabalho era estonteante e de tirar o fôlego, enquanto trabalhava horas a fio encurvado sobre uma mesa, lenta e meticulosamente copiando as Escrituras em uma sala mal iluminada por velas ou uma lamparina a óleo. *Vamos seguir o processo que ele passou.*

*Processo exato*
Para começar, o escriba obtinha peles de animais cerimonialmente limpas de um açougueiro Judaico e criava os painéis para o rolo. Em seguida, ele embebia cuidadosamente as peles de animais em água misturada com suas folhas de cevada. Para este pergaminho em particular, ele encharcou cinco peles. A imersão suavizava as peles, tornando mais fácil para ele raspar o pelo e as fibras.
Então vinha a tarefa crítica de garantir que ele copiasse todas as letras de maneira clara e direta. Usando linhas como guias, o escriba pegava uma faca cega que não cortaria a pele e marcava a superfície com cuidado na horizontal. Este recuava ligeiramente a pele para formar uma linha distinguível. Ele repetia o mesmo processo verticalmente, criando uma grade perfeita de padrão cruzado na qual copiaria cada uma das letras da Palavra escrita de Deus. O escriba acreditava, como todos os escribas Judeus antes dele, que ele tinha a responsabilidade solene de reproduzir todas as letras com perfeição e clareza. Escrever suas letras numa grade ajudava-o a atingir esse objetivo. Ele sabia que copiar errado o que Deus disse poderia significar interpretar mal, pronunciar mal e, pior, interpretar erroneamente e entender mal o que Deus quer que seu povo saiba sobre ele e seus caminhos.
Ao seguir a típica tradição Judaica, esse escriba teria mergulhado sua nova pena na tinta recém-preparada e pronunciaria cada palavra em voz alta antes de escrevê-la. "No começo ..." ele teria recitado, enquanto formava meticulosamente as letras. Mas ele pararia antes de completar a última letra da palavra pouco antes da palavra “Deus.” Porque, segundo a tradição, ele precisaria deixar a pena de lado e lavar as mãos cerimoniosamente. Era crítico purificar-se e santificar a tinta que escreveria o nome de Deus.
*Com 304.805 letras para escrever - e nem uma única era permitida tocar em outra - a tarefa do escriba era assustadora. Seu meticuloso cuidado e deliberação é o motivo pelo qual levou mais de um ano para completar essa antiga Torá.*
Quando finalmente terminou, o manuscrito do escriba teve que ser certificado como tendo sido transcrito corretamente. Algumas tradições exigiram três rabinos separados para verificar a precisão! Isso significava que essas pessoas tinham que desenrolar completamente este rolo de 72 pés [quase 22 metros] para verificar e contar cada palavra e todas as 304.805 letras. Eles tinham que ter certeza de que havia o mesmo número de letras neste pergaminho comparado com a Torá da qual fora copiado.
Não apenas isso, quando contavam as palavras, sabiam que a palavra central estava em *Levítico 13:33.* Se a palavra central do novo pergaminho não caísse exatamente no versículo 33, a cópia não poderia ser certificada. Eles faziam o mesmo com todas as letras. A letra central era encontrada em Levítico 11:45. Se a letra central do novo rolo estivesse no versículo 45, eles poderiam estar confiantes de que tinham uma réplica exata da Torá anterior.

*Provando Confiável*
É impressionante perceber que Deus supervisionou a escrita e a passagem de suas palavras de geração em geração para que você e eu possamos ter uma revelação precisa dele! Ele foi a extremos extraordinários para restaurar o relacionamento íntimo conosco que teve uma vez com Adão e Eva no Éden. E ele escolheu a Bíblia como o meio para alcançar a linguagem humana, revelar a essência de seu coração relacional e compartilhar a Boa Nova de Cristo para nossa salvação.
Em Deuteronômio 10:20, Moisés instruiu os filhos de Israel a “temerem o Senhor seu Deus e adorá-lo.” Ter medo significava temer a Deus, reverenciá-lo e adorá-lo como o Deus Todo-Poderoso, que mostra misericórdia e graça para seu povo. Essa impressionante reverência é claramente evidente à medida que cada escriba cumpria seu solene dever de transmitir a Escritura de uma geração a outra com tanta precisão e exatidão.
Agora eu espero que você possa entender porque eu senti uma emoção tão forte quando segurei esta cópia medieval da antiga Escritura nos meus braços! É uma personificação tangível da dedicação, habilidade e laborioso trabalho do escriba, e o trabalho de todos os escribas comprometidos para garantir a preservação da mensagem do amor de Deus para nós!
Tradução Walson Sales.

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