É comum atualmente a contestação a respeito dos fatos Bíblicos e da autenticidade do Novo Testamento. Os fatos sobre Jesus também são muito contestados, uma vez que toda crença do cristianismo esta baseado em sua existência histórica e sua ressurreição dos mortos (ICo 15.14). No entanto em meio as provas históricas que temos hoje sobre Jesus não nos há nenhuma dúvida sobre a sua existência. F. Bruce, que foi professor catedrático de Crítica e Exegese da Bíblia na Universidade de Manchester, declarou em sua famosa obra The New Testament Documents: Are They Reliable? (p. 119) que “alguns escritores podem brincar com a ideia fantasiosa de um ‘mito de Cristo’, mas não podem fazê-lo com base nos dados históricos. A historicidade de Cristo é tão axiomática para um historiador desprovido de preconceitos como é a historicidade de Júlio César. Não são os historiadores que propagam as teorias a respeito de um ‘mito de Cristo’”. 1
Veja alguns exemplos de escritos não cristãos do primeiro e segundo século:2,3,4
Talo: Ano 52 d.C. Afirmou que Jesus existiu e deixa implícito em seus escritos que o tumulo estava vazio;
Flégão: Aproximadamente 80 d.C. Afirma Jesus como personagem histórico, confirma a versão da crucificação e do tumulo vazio e relata que seus discípulos creram na sua ressurreição;
Josefo: Entre 90 e 95 d.C. Talvez um dos mais conhecidos, afirma muito daquilo que esta escrito no novo testamento, como por exemplo a pessoa de Jesus, suas virtudes, seu ensinamento aos discípulos, era considerado mestre, foi adorado, crucificado e posteriormente seu tumulo foi encontrado vazio seus discípulos não apenas creram na sua ressurreição mas propagaram essa crença;
Tácito: Ano 111 d.C. Afirma que Jesus existiu, que teve discípulos, que foi crucificado, deixa implícito que seu túmulo foi achado vazio e afirma que seus discípulos propagaram seus ensinos e foram perseguidos por isso;
Plinio: Ano 112 d.C. Afirma que Jesus existiu, era adorado, possuía discípulos e era considerado mestre, deixa de forma implícita a versão do tumulo vazio e afirma que seus discípulos propagaram sua mensagem e foram perseguidos por isso;
Imperador Trajano: Ano 112 d.C. Sugere a existência de Jesus e afirma que ele era adorado e que possuía discípulos que propagaram suas ideias e foram perseguidos por isso;
Seutônio: Entre 117 e 138 d.C. Afirma a existência de Jesus, diz que ele foi adorado e que fez discípulos que propagaram suas ideias e foram perseguidos por isso, ele também deixa implícito em seus escritos a versão do tumulo vazio;
Imperador Adriano: Entre 117 e 138 d.C. Embora apenas deixe implícito a existência de Jesus ele afirma em seus escritos que jesus possuía discípulos que deram continuidade aos seus ensinos e que por esse motivo foram perseguidos;
Luciano de Somasata: século II. Afirmou a existência de Jesus como um ser adorado que possuía discípulos e era considerado mestre , afirma também que ele foi crucificado e seus discípulos foram perseguidos;
Mara bar-serapião: Entre o século I e III. Filósofo e escritor da Síria, registrou a existência de Jesus como um homem virtuoso, adorado e considerado mestre que foi crucificado e seu tumulo foi encontrado vazio;
Talmude: entre 70 e 200 d.C. Cita Jesus como um personagem real e afirma que foi crucificado e seus discípulos perseguidos.
Também existem fontes arqueológicas como :
O ossuário de Tiago, irmão de Jesus, divulgado em 2002. Data do século I e traz nela a inscrição aramaica “Ya’akov bar Yosef achui d’Yeshua”, que significa “Tiago, filho de José, irmão de Jesus”. 1
O filosofo cristão Justino Mártir escrevendo ao imperador Antônio Pio que o relato sobre a crucificação de jesus estava descrito nas atas de Pilatos:
“‘Transpassaram as minhas mãos e os meus pés’ [Justino está citando o Salmos 22] significava os cravos que na cruz transpassaram seus pés e mãos. E depois de crucificá-lo, aqueles que o crucificaram lançaram sorte sobre as suas roupas e as repartiram entre si. Que tudo isso aconteceu assim, podeis comprová-lo pelas Atas redigidas no tempo de Pôncio Pilatos.” Apologia 1:35 1
“Que nosso Cristo curaria todas as enfermidades e ressuscitaria mortos, escutai as palavras com que isso foi profetizado. São estas: ‘Diante dele, o coxo saltará como cervo e a língua dos mudos se soltará, os cegos recobrarão a vista, os leprosos ficarão limpos e os mortos ressuscitarão e começarão a andar’. Que tudo isso foi feito por Cristo, vós o podeis comprovar pelas Atas redigidas no tempo de Pôncio Pilatos.” Apologia 1:48 1
Eusebio de Cesaréia, historiador do século IV apresenta uma carta que teria sido enviada por um rei da região da mesopotamia a Jesus:
“Agbaro, príncipe de Edessa, a Jesus, o excelente Salvador, que se manifestou nos limites de Jerusalém, saudações. Tenho ouvido os relatos a respeito de ti e de tuas curas, realizadas sem remédios e sem o uso de ervas. Pois, conforme se diz, fizeste o cego volta a enxergar, o coxo a andar, e purificaste os leprosos, e expulsaste espíritos impuros e demônios, e curaste os atormentados por longas enfermidades, e ressuscitaste mortos. E ouvindo todas essas coisas a respeito de ti, concluí em minha mente de duas, uma: ou és Deus e, tendo descido do céu, realizas essas coisas, ou então, por realizá-las, és filho de Deus. Assim, escrevo agora e imploro que me visites e me cures da doença com que sou afligido. Também tenho ouvido que os judeus murmuram contra ti, tramando injuriá-Lo. Tenho, porém, um estado muito pequeno, mas nobre, suficiente para nós dois.” História Eclesiástica 1:13 1
Além de todas as outras fontes cristãs, também podemos citar algumas obras gnósticas como por exemplo: Evangelho da Verdade. (140 -180 d.C.), Evangelho de Tomé. (140 d.C.), Papiro de Egerton. (94-150 d.C.), Evangelho de Pedro (150-200 d.C.). 1
Na sua grande maioria essas fontes não servem de subsidio teológico doutrinário, porém nos mostram a veracidade dos fatos bíblicos a cerca de Jesus de Nazaré, homem virtuoso, que operou milagres, ressuscitou dos mortos e sua mensagem permaneceu sendo pregada até os dias atuais. Não há contestação, ELE VIVE, GLÓRIA A DEUS.
2. SALES, W. Ateísmo: resposta às objeções à veracidade do cristianismo. 2016. Bereia: recife. p. 158-167
3. GEISLER, N. L. e BROOKS, R. M. resposta aos céticos: saiba como responder questionamentos sobre a fé cristã. 2016. CPAD: Rio de Janeiro. p. 236
4. McDOWELL. J. novas evidencias que demandam um veredito: evidencia I e II. 2013. Hagnos: São Paulo. p. 281-290
Por Sandro Nascimento.
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