sexta-feira, 19 de julho de 2019

Prova Bibliográfica

A prova bibliográfica examina a transmissão textual pela qual os documentos antigos nos alcançam. Em outras palavras, já que não temos manuscritos originais, precisamos perguntar: Quão confiáveis são as cópias que possuímos? Quantos manuscritos sobreviveram? Quão coerentes são eles? Qual o intervalo de tempo entre o original e as cópias existentes?
Podemos apreciar a tremenda riqueza de autoridade dos manuscritos do Novo Testamento quando comparamos com materiais textuais disponíveis que sustentam outros antigos escritos de renome.
A história de Teucídides (460-400 a.C.) está disponível em apenas oito manuscritos datados d cerca de 900 d.C., quase 1.300 anos depois da redação original. Os manuscritos da história de Heródoto são igualmente tardios e raros. No entanto, como disse F.F Bruce, professor de Criticismo Bíblico e Exegese da Universidade de Manchester, conclui:
Nenhum acadêmico crítico daria ouvidos a uma argumentação que duvidasse da autenticidade de Heródoto ou Teucídides, porque os manuscritos mais antigos de suas obras datam de mais de 1.300 anos após seus originais.
Aristóteles escreveu sua Poética por volta de 343 a.C.; no entanto, a cópia mais antiga que temos é de 1.100 d.C (uma lacuna de quase 1.400 anos), da qual só existem 49 exemplares disponíveis.
César compôs sua história das guerras gauleses entre 58 e 50 a.C., e a autoridade de seu manuscrito repousa sobre nove ou dez cópias datadas de mil anos após a sua morte.
Bruce Metzger, autor ou editor de cinquenta livros sobre a autoridade dos manuscritos do Novo Testamento, comenta com relação a outros notáveis do primeiro século:
Considere Tácito, historiador romano que escreveu os Anais da Roma Imperial em cerca de 116 d.C. Seus primeiros seis livros só existem um único manuscrito, que foi copiado em 850 d.C. Os livros onze a dezesseis estão em outro manuscrito datado do século XI. Os livros sete a dez foram perdidos. Assim, há um longo intervalo entre a época em que Tácito buscou a informação e a escreveu, e as únicas cópias existentes.
Quanto ao historiador do século primeiro, Flávio Josefo, temos nove manuscritos gregos d sua obra As Guerras dos Hebreus, e estas cópias foram escritas nos séculos X, XI, XII. Existe uma tradução latina datando do quarto século materiais da Rússia medieval do século XI ou XII.
Metzger confessa que “a quantidade de material do Novo Testamento é quase embaraçosa quando comparada com a de outras obras da antiguidade”
(Mais que um Carpinteiro. Josh MacDowell; Sean McDowell)
Por Rafael Félix.

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