quarta-feira, 10 de julho de 2019

QUE DIFERENÇA FAZ SE DEUS EXISTE?

Mas, quando pensei em tudo que as minhas mãos haviam feito e em todo o esforço que empenheino que realizei, percebi que tudo era ilusão; tudo foi como perseguir o vento (Ec 2.11).
O Absurdo da Vida Sem Deus
Se Deus não existir, tanto o homem quanto o universo estão inevitavelmente fadados à morte. 

O homem, como todos os demais organismos biológicos, deve morrer um dia. Sem a esperança da imortalidade, a vida humana caminha apenas para a cova. A vida humana não passa de uma faísca na escuridão infinita, uma faísca que aparece, emite uma trêmula chama e se extingue para sempre.
Portanto, todo mundo deve ficar face a face com aquilo que _Paul Tillich_ chamou de _“a ameaça do não ser”_. Pois, embora eu saiba que existo, que estou vivo, também sei que um dia não mais existirei, deixarei de existir, morrerei. Essa ideia é atordoante e ameaçadora: pensar que a pessoa que chamo de “mim mesmo” deixará de existir, e não mais será!

Lembro-me claramente da primeira vez que meu pai me explicou que um dia eu morreria. De algum modo aquele pensamento nunca havia passado pela minha mente infantil. Quando ele me disse isso, fui tomado por um grande medo e uma tristeza profunda. 

Embora ele ficasse me dizendo que isso ainda demoraria a acontecer, aquilo não parecia importar para mim. Cedo ou tarde, o fato inegável é que eu iria morrer, e esse pensamento me oprimia.
Com o passar do tempo, como acontece com todos nós, eu passei simplesmente a aceitar o fato. Todos nós aprendemos a conviver com o inevitável. Mas aquela percepção da minha infância ainda me
assombra. Como disse _Sartre,_ _uma vez perdida a eternidade, não faz muita diferença se isso demorar muitas horas ou muitos anos._O próprio universo também encara a morte a seu próprio modo. 
Os cientistas nos dizem que o universo está se expandindo, e que as galáxias estão cada vez mais se distanciando. À medida que isso acontece, vai ficando cada vez mais frio, à medida que se consome a energia. Um dia todas as estrelas se apagarão, e toda matéria será atraída por estrelas mortas e buracos negros. Não haverá mais luz, nem calor, nem vida; somente estrelas mortas e galáxias expandindo-se cada vez mais para dentro da escuridão sem fim dos frios intervalos do espaço um universo em ruínas.

Não estou falando de ficção científica: isso realmente vai acontecer, a menos que Deus intervenha. Não é só a vida de cada um de nós que está fadada a terminar um dia; toda raça humana e tudo que a civilização humana já construiu e conquistou está fadado a ter o mesmo fim. Somos como prisioneiros condenados à morte, aguardando a inevitável execução da sentença. Não há como escapar. Não 
há esperança.
E qual é a conseqüência disso? Isso significa que a própria vida se torna algo absurdo. Significa que a vida que temos não tem um sentido, nem valor nem propósito final.

(William Lane Craig)-- Em Guarda
Via: Eziel Ferreira

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