Por Lindley Baldwin
*parte 3*
Após ter recebido Jesus como Salvador, reconhecendo-o como aquele que o salvara da morte, Kaboo começou a ter um profundo anseio em ter conhecimento, como aquela abnegada senhora que o discipulava, e transmitir ao seu povo, a tribo *kru*, a maravilhosa mensagem do amor de Deus, que infudira paz em sua alma. Mas, ao mesmo tempo sentia uma grande deficiência, percebia que lhe faltava autoridade para assumir tal missão. As degradações a que fora submetido haviam produzido nele um profundo sentimento de inferioridade. Sendo um homem inculto, um pária, não havia, na mente dele ainda, a possibilidade de um futuro melhor, a não ser por um milagre- um outro milagre. Seu corpo trazia as marcas das chicotadas que levara como refém de guerra; e a sua mente, após tantos anos de cruel sofrimento, estava condicionada para odiar e temer.
Mas o Espírito Santo, que também é o próprio Espírito da verdade, veio em socorro de Kaboo, já que é a sua missão ministrar os "primeiros socorros" a todos que em verdade buscam a Deus " Por que não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inesprimiveis"( Rm 8.26).
E o jovem kru aprendeu que deveria continuar a "conversar com o seu Pai" todas as noites, após sua jornada de trabalho. *E ele se pôs a orar fervorosamente* e o fazia com tal agonia de coração, que perturbou tanto o alojamento, a ponto de outros trabalhadores perderem a paciência, mandando arranjar outro lugar para dormir. *A partir daí, Kaboo ia refugiar- se no mato para orar*.
E o jovem kru aprendeu que deveria continuar a "conversar com o seu Pai" todas as noites, após sua jornada de trabalho. *E ele se pôs a orar fervorosamente* e o fazia com tal agonia de coração, que perturbou tanto o alojamento, a ponto de outros trabalhadores perderem a paciência, mandando arranjar outro lugar para dormir. *A partir daí, Kaboo ia refugiar- se no mato para orar*.
Sua voluntariedade em orar intensamente conferiu a Kaboo uma intensa comunhão com Deus e fortes experiências na oração. Então, Kaboo compreendeu que o Pai tinha para ele propósitos definidos, pois através do Espírito Santo, foi conferido a ele uma poderosa atuação espiritual para o que ele iria ser canal, posteriormente. Ao falar dessa experiência, ele nunca se referia a ela como conversão, mas como "adoção". Apesar de não possuir nenhuma conhecimento do grego, ele empregou o termo com o mesmo sentido do erudito Paulo em sua carta aos efésios.
Pouco depois, ele foi batizado na igreja metodista com o nome *Samuel Morris*. Esse nome fora escolhido pela Sra.Knolls, para homenagear um banqueiro de Fort Wayner chamado Samuel Morris, que havia auxiliado muito a missionária, na ocasião em que se preparava para a obra de pregação do Evangelho. E como Kaboo era o primeiro fruto do seu trabalho, por gratidão, ela lhe deu o nome do seu benfeitor. Mal sabia ela que aquele humilde homônimo de seu benfeitor iria honrar mais esse nome do que o próprio dono.
Após seu batismo, *Samuel* ainda ficou na Libéria dois anos. Foi para a Monróvia, onde trabalhou em biscates, na maior parte das vezes como pintor. Aliás, foi um dos que trabalhara na pintura da Faculdade da Libéria. O que ganhava mal dava para viver, mas ele se sentia muito feliz, pois estava sempre tão interessado nas coisas espirituais que procurava todos os missionários da região para conversar com eles. E prestou muitos serviços a eles. Nessa convivência com eles, aprendeu muitos hinos, que cantava de cor, e os entoava com todo fevor, embora houvesse neles uma ou outra palavra cujo sentido desconhecesse. Em pouco tempo, Samuel ficou conhecido como o crente mas fiel e consagrado dessa parte da Libéria.
Já por essa época *era notável a característica de liderança espiritual que *Samuel possuía*, e que iria torná-lo conhecido em anos posteriores.
Houve um incidente, em particular, que demonstrou seu singular método de convencer as pessoas sem pregar -lhe sermão, e sem nenhum outro tipo de esforço humano, mas simplismente invocando o Espírito para que operasse por intermédio dele.
Três senhoras crentes de Monróvia combinaram entre si, orar durante nove dias, de meia noite até o amanhecer, buscando de Deus um departamento espiritual para toda a cidade.
Certa noite, apareceu ali um jovem, que se prostrou a frente do púlpito e orou durante várias horas seguidas. Supondo que Ele fosse, afinal, um novo convertido, as mulheres correram para dar a boa notícia aos outros. Voltaram a igreja e constataram que era *Samuel Morris, que intercedia por outros e não por si mesmo*. E suas petições foram atendidas, pois nas reuniões seguintes, cerca de 50 jovens se decidiram.
Houve um incidente, em particular, que demonstrou seu singular método de convencer as pessoas sem pregar -lhe sermão, e sem nenhum outro tipo de esforço humano, mas simplismente invocando o Espírito para que operasse por intermédio dele.
Três senhoras crentes de Monróvia combinaram entre si, orar durante nove dias, de meia noite até o amanhecer, buscando de Deus um departamento espiritual para toda a cidade.
Certa noite, apareceu ali um jovem, que se prostrou a frente do púlpito e orou durante várias horas seguidas. Supondo que Ele fosse, afinal, um novo convertido, as mulheres correram para dar a boa notícia aos outros. Voltaram a igreja e constataram que era *Samuel Morris, que intercedia por outros e não por si mesmo*. E suas petições foram atendidas, pois nas reuniões seguintes, cerca de 50 jovens se decidiram.
Certo dia, um missionário de nome C. E. Smirl disse a Samuel que para ser um bom mensageiro ao seu povo, ele precisava instruir-se, e que deveria estudar nos EUA. Embora o rapaz não possuísse recursos para isso, *começou a pedir a Deus que de algum modo providenciasse* os cem dólares de que necessitava para a viagem transoceânica. Contudo, a sua decisão de ir para a América, originara-se de um objetivo mais importante do que simplismente estudar.
Certa ocasião, um missionário, um homem cheio do Espírito Santo, leu para Samuel o capítulo 14 do Evangelho de João, onde pela primeira vez o Salvador fala aos discípulos sobre a vinda do novo Consolador, o Espírito Santo. O rapaz já recebera a bênção do Espírito Santo, mas era a primeira vez que tinha conhecimento do nome e da grande importância do Espírito de Deus.
Assim que compreendeu que o Espírito é uma pessoa real, viva, que opera aqui na terra, ficou tão maravilhado que nem conseguia falar. Logo associou a ele a voz que lhe falhara, quando ainda era penhor tribal, e lhe ordenara que fugisse. E daí por diante, Samuel meditava constantemente sobre João 14.
Assim que compreendeu que o Espírito é uma pessoa real, viva, que opera aqui na terra, ficou tão maravilhado que nem conseguia falar. Logo associou a ele a voz que lhe falhara, quando ainda era penhor tribal, e lhe ordenara que fugisse. E daí por diante, Samuel meditava constantemente sobre João 14.
As vezes, ia longe para se avistar com os missionários e fazer -lhe perguntas sobre o Espírito Santo ".
Por vezes suas perguntas eram tão difíceis, que ao final uma senhora lhe disse:
- Já lhe ensinei tudo o que sei sobre o Espírito Santo.
Mas Samuel não desistiu.
- E quem foi que lhe ensinou essas coisas?
A missionária explicou que grande parte do que sabia sobre o assunto tinha aprendido com Stephen Merritt, que na época era secretário do Bispo William Taylor.
- E onde está esse Stephen Merritt? Indagou Samuel Morris.
- Em Nova York, replicou a missionária.
Ao que Samuel respondeu prontamente:
- Então irei lá falar com ele!
Por vezes suas perguntas eram tão difíceis, que ao final uma senhora lhe disse:
- Já lhe ensinei tudo o que sei sobre o Espírito Santo.
Mas Samuel não desistiu.
- E quem foi que lhe ensinou essas coisas?
A missionária explicou que grande parte do que sabia sobre o assunto tinha aprendido com Stephen Merritt, que na época era secretário do Bispo William Taylor.
- E onde está esse Stephen Merritt? Indagou Samuel Morris.
- Em Nova York, replicou a missionária.
Ao que Samuel respondeu prontamente:
- Então irei lá falar com ele!
Continua...
Resumo extraído do livro Samuel Morris
Via Fabiana Ribeiro.
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