sábado, 27 de julho de 2019

Tentativas de Diluir Elementos do Evangelho no Meio Religioso

(Conclusão)
Outra tentativa de suplantar o cristianismo bíblico é a atual conjuntura do chamado gnosticismo. Este, surgiu e se desenvolveu nos primeiros quatro séculos da História da Igreja, sustentando a ideia de que era necessário algo a mais como recurso espiritual, e não somente a confiança plena na obra e pessoa de Cristo.
"No Novo Testamento, há o exemplo clássico do gnosticismo, que era um sistema religioso dualista que incorporava elementos orientais, do judaísmo, do cristianismo e dos conceitos filosóficos e religiosos dos gregos e que foi combatido por vários autores bíblicos" (SILVA, 2014, p.196).
Sua atual conjuntura é apresentada hoje através do chamado neo-gnosticismo. Este, foi brilhantemente ilustrado em uma sátira por C.S. Lewis na década de 40 em Screwtape Lettes (Cartas do Inferno). Nesta carta mítica de um chamado Tio Murcegão (demônio), Lewis estava diagnosticando com exatidão o efeito nefasto do neo-gnosticismo. O vil Murcegão odiava o "cristianismo puro e simples" e queria a todo custo, adorna- lo com ideias mundanas, modismos que pudessem vender a pessoas despercebidas. Porque sabia que tais coisas possuíam a influência de sutilmente diluir a pureza da fé.
Essas "sutilezas" neo-gnósticas, hoje são contextualizadas amplamente através de "igrejas" que não se fundamentam na ortodoxia bíblica, através da chamada psicologia humanista, do pragmatismo religioso e do misticismo.
Os defensores da psicologia humanista, pretendem levar os cristãos a crerem que compartilhar ensinos bíblicos e orar com alguém que passa por problemas emocionais é uma atitude ingênua. Vale salientar que muitas ideias largamente difundidas pela psicologia moderna, são desenvolvidas por ateus, fundamentadas na suposição de que não há Deus e de que o indivíduo, por si só, tem o poder de mudar a si mesmo, desde que aplique certas técnicas.
O chamado pragmatismo religioso, incorpora vários tipos de entretenimento para atrair pessoas em seus "cultos". As pressuposições dos líderes religiosos que aderem a ele, e de que pode-se atingir alvos espirituais através de meios carnais e que o poder da Palavra de Deus, por si só, não é suficiente para acabar com a cegueira e dureza de coração do pecador.
O misticismo, no meio religioso, rouba a integridade da exposição das Escrituras. Valorizando mais o sentimento individual do que a exposição da Palavra de Deus, através de uma lúcida interpretação bíblica (Hermenêutica). Para os seus adeptos, a questão "o que a Bíblia significa para mim?" Tem se tornado mais importante do que "o que a Bíblia significa?". Assim, o misticismo irracional que é a antítese da teologia cristã, tem sido disseminado.
Quando se trata da grandeza e riqueza que Jesus outorgou por intermédio do seu sacrifício na cruz, tudo o que precisa -se saber está revelado na Palavra de Deus. A maioria das epístolas do Novo Testamento confronta as varias formas de gnosticismo . Em Colossenses, por exemplo, o apóstolo Paulo estava atacando conceitos gnósticos quando escreveu à respeito de "toda riqueza da forte convicção do entendimento, para compreenderem plenamente o mistério de Deus, Cristo, em que todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos"( Cl 2.2-3).
Ele preveniu: "Cuidado que ninguém vos venha a enredar com suas filosofias e vãs sutilezas, conforme a tradição de homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo; porquanto, nele habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade. Também nele, estais aperfeiçoados. Ele é o cabeça de todo o principado e potestade" (Cl 2.8,9).
Por isso, os cristãos convictos continuam legitimados na verdade de terem recebido da plenitude e graça de Cristo (Jo 1.16). Pois Ele veio para conceder vida, e vida em abundância (Jo 10.10).
E isto é o suficiente.
Por Fabiana Ribeiro.

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