quarta-feira, 7 de agosto de 2019

A Abundância de provas

Lee Strobel, Jornalista investigativo e ateu (depois de sua pesquisa se converteu ao cristianismo) entrevistando o Ph.D. Bruce Metzger um dos especialistas em escritos antigos, em especial o Novo Testamento: A Abundância de provas


Embora os manuscritos de papiros constituam as cópias mais antigas do novo Testamento, existem também cópias antigas escritas em pergaminhos, feitos em pele de gado, ovelhas, cabras e antílopes.

- Temos os chamados manuscritos unciais, escritos inteiramente em letras gregas maiúsculas – Metzger explicou. – Temos hoje 306 exemplares, muitos dos quais remontam ao início do século III. Os mais importantes são o Códice sinaítico, que é o único com o Novo Testamento completo em letras unciais, e o Códice vaticano, bastante incompleto. 

Ambos são de cerca de 350 d.C. Um novo estilo de escritura, de natureza mais cursiva, emergiu por volta de 800 d.C. É chamado de minúscula, e há cerca de 2.856 manuscritos desse tipo. Há também lecionários, que contém as Escrituras do Novo Testamento na sequencia de leitura prescrita pela igreja primitiva em determinadas épocas do ano. Um total de 2.404 desses manuscritos já foram catalogados. Com isso, o total de manuscritos gregos chega a 5.664.

De acordo com Metzger, além dos documentos gregos existem milhares de outros manuscritos antigos do Novo Testamento em outras línguas. Existem entre 8 e 10 mil manuscritos da Vulgata latina, mais um total de 8 mil em etíope, eslavo antigo e armênio. No total há cerca de 24 mil manuscritos.

- Qual a sua opinião diante disso? – perguntei-lhe, buscando confirmar claramente o que julgava ter ouvido. – No que se refere a multiplicidade de manuscritos e ao intervalo de tempo entre os originais e nossos primeiros exemplares, qual a situação do Novo Testamento perante outras obras bem conhecidas da Antiguidade?

- Muito boa – respondeu ele. – Podemos confiar imensamente na fidelidade do material que chegou até nós, principalmente se o que compararmos a qualquer outra obra literária antiga.

Essa conclusão é compartilhada por estudiosos eminentes de todo o mundo. De acordo com o falecido F.F Bruce, autor de Merece confiança o Novo Testamento?, “no mundo não há qualquer corpo de literatura antiga que, á semelhança do Novo Testamento, desfrute uma tão grande riqueza de confirmação textual”.

Metzger já mencionara o nome de sir Frederic Kenyon, ex-diretor do Museu Britânico e autor de The paleography or Greek papyru [A paleografia dos papiros gregos]. Segundo Kenyon, “em nenhum outro caso o intervalo d tempo entre a composição do livro e a data dos manuscritos mais antigos são tão próximos como no caso do Novo Testamento”.

Sua conclusão: “Não resta agora mais nenhuma dúvida d que as Escrituras chegaram até nós praticamente com o mesmo conteúdo dos escritos originais”.

(Em Defesa de Cristo. Lee Strobel)
Por. Rafael Félix.

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