Por LEONARDO MELO
INTRODUÇÃO.
As Escrituras Sagradas advertem quanto a decadência moral e social no mundo que atingiria todos os segmentos sociais, sejam eles, político, religioso, econômico, educacional e cultural do mundo contemporâneo próximo a volta de Jesus afim de arrebatar sua Igreja. Haverá no mundo uma tendência maligna cada vez mais intensa a ir de encontro a tudo aquilo que foi estabelecido como verdade estabelecido, conforme, a Palavra de Deus. Essa influência maligna se mostrará devastadora e influenciará os corações e as mentes de milhões para perverterem o caminho da verdade e descontruir o conhecimento sobre Deus e a Bíblia. Desde a Biologia até a Filosofia e avançando pelas as falsas religiões, e segundo a Palavra de Deus, estes sistemas seriam na verdade adversários ferrenhos contra os princípios de Deus, os valores judaico-cristãos. A previsão Bíblica para os últimos dias é de uma operação terrível do adversário, e essa pressão também atingirá as Igrejas do Senhor, porém, não para exterminá-las ,cf. Mt. 16.18; II Ts. 3.3; e é isto que afirma o apóstolo Paulo “Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora resiste até que do meio seja tirado”, cf. II Ts. 2.7; Jo. 12.31; 14.30, ainda I Jo. 5.19; Jo. 15.19; A operação do erro está incursa no mundo, e o seu rastro podemos seguir e vê-lo, e essa ação nefasta e maligna se manifestou desde a expulsão dos altos céus de satanás e os seus anjos que o seguiu, cf. Is. 14.4-20; Ez. 28. 11-19; Ap. 12.9-10,12-13.
Entendemos que essa influência mais intensa de satanás contra a Igreja do Senhor, fora as perseguições iniciais que a Igreja passou nos primeiros séculos, começou a se intensificar ainda mais com o “surgimento do Iluminismo no século XVIII na França (século das luzes), que derrubou o Regime Absolutista do Estado e segundo os historiadores tem início em 1715 e vai até 1789, coincidindo com a revolução francesa, de 05 de maio de 1789. Seus precursores foram René Descartes e Isaac Newton, foram eles que lançaram as bases do racionalismo e do mecanicismo, onde Descartes defende a universalidade da razão como o único caminho para o conhecimento e Newton afirma que o universo é governado por leis físicas e não submetido a interferências de cunho divino, conforme, o princípio da gravitação universal”,(VICENTINO. 2002 pg.239), todavia, alguns tem entendimento que sua origem data de 1620 que coincide com a Revolução Científica”. É a partir destes dois fatos históricos que a Teologia e a Igreja começam a perder influência na sociedade, e Deus vira Réu! Nasce a razão de Immanuel Kant que juntamente com os enciclopedistas, Voltaire, Diderot, Jean Jacques Rosseau, John Locke, e outros filósofos iluministas, passam a questionar os valores da Palavra de Deus e sua veracidade e não aceitam mais as influências da Igreja nem da Teologia em todos os âmbitos da vida social daquele momento para o futuro.
A partir da perspectiva concebida pela Era das luzes e pelos princípios que nortearam a Revolução francesa, os iluministas começam a influenciar diversas nações, e de fato começa de maneira sutil uma revolução no mundo(contracultura), porém, que não atingem o âmago dos países islâmicos que se revelam radicais em defesa dos princípios islâmicos estabelecidos pela Sharia baseada no Al Corão. Se por um lado o mundo Ocidental começa a ficar mais liberal acerca dos costumes tradicionais, porém, o Islamismo vai tomando forma e crescendo, principalmente na Europa a partir de 1970 quando houve um acordo entre o mundo árabe e o Comitê Europeu de Coordenação e Associação de Amizade com os árabes, isto é aumentar os laços diplomáticos dos europeus com os islâmicos a fim de flexibilizar principalmente a imigração de árabes-muçulmanos para a Europa, e atualmente há estudos concernentes á admissão ou não da Turquia na Comunidade Europeia, que se desenrolam a anos.
*1. CONSEQUÊNCIAS DAS REVOLUÇÕES DE CONTRACULTURA NO OCIDENTE E A RELIGIÃO CRISTÃ.
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Com uma nova concepção de mundo, os filósofos iluministas pretendiam não só influenciar a Europa, mas também outras nações, como os EUA, Canadá, Américas e o mundo. Surge o liberalismo político. Dessa maneira os países europeus pretendiam se libertarem ”das amarras de Deus e da Teologia”, e começaram a surgirem vários tipos de pensamentos filosóficos, tais como liberalismo, Neoclassicismo, Racionalismo, e assim surgem vários sistemas de estudos filosóficos atrelados a essa nova filosofia, tais como epistemologia, metafísica, lógica, ética , ciências naturais e outros. Nessa avalanche de conhecimento filosófico materialista que inundaram o Continente Europeu, e vai influenciando os EUA e o mundo, a Igreja e a Teologia são obscurecidas e perdem seus reais valores e importância social e acadêmica.
Com a ascensão do pensamento filosófico sobre o religioso e suas influências sociais no mundo, surgem na década de 60 vários movimentos de contracultura como o movimento Hippie, movimento homossexual nos EUA em 1969, e também o movimento feminista, sob forte influência dos preceitos da Revolução Francesa, conhecido como primeira onde feminista. Com o vultoso crescimento dos meios de comunicação, a difusão de normas, valores, gostos e padrões de comportamento se libertavam das amarras tradicionais e locais, tais como a religiosa e a familiar, ganhando uma dimensão mais universal e aproximando a juventude de todo o globo, de uma maior integração cultural e humana. Destarte, a contracultura desenvolveu-se principalmente nos EUA, Europa e também influenciou a América Latina, onde as pessoas procuravam valores novos em preterição dos valores tradicionais estabelecidos e reconhecidos amplamente como marcos verdadeiros.
É nessa atmosfera de revolução a partir da década de 60 que o mundo experimenta, que os valores judaico-cristãos são postos a prova e desafiados e não mais aceitos pela maioria da juventude emergente a época das revoluções mencionadas, e que influenciariam o mundo para sempre. Na realidade todo esse movimento de contracultura é um divisor de águas para a humanidade, não só para os países envolvidos, pois, é a partir desses conceitos defendidos que as nações vão absorvendo e colocando em prática em suas sociedades. E dessa maneira, começa a partir dessa década a derrocada moral da sociedade de uma forma mais acentuada, não só norte-americana, mas também a europeia e latino-americana. Há também a ascensão do nacional-comunismo-marxista, e após décadas de influencia na Europa e Ásia, há uma derrocada do sistema que é substituído pelo Socialismo em alguns países, com algumas exceções, pois várias nações permanecem ideologicamente comunistas.
A Igreja passa a ter vários adversários reais que desafiam sua existência e não só o inimigo com seus demônios, mas também os Estados que irão se insurgir radicalmente contra a Igreja. No contexto Teológico, a Teologia Liberal ganha força. Surge no cenário teológico nos primórdios da década de setenta a Teologia da Libertação na América Latina pregando seu evangelho social de tendência marxista. Eis o pano de fundo em que a verdadeira Igreja Cristã está inserida. Começa a decadência moral da sociedade, e o que era pecado no passado passa agora a ser estilo de vida e o movimento lgbt se espalha no mundo e ganham força, disseminando assim seus valores profanos e desafiadores com suas práticas pecaminosas desafiando o próprio Deus.
Paralelamente, a religião islâmica vai se solidificando cada vez mais no Oriente Médio pós segunda guerra mundial. O petróleo agora serve de moeda de troca com a Comunidade Europeia afim de flexibilizar a entrada de imigrantes muçulmanos no Continente, assim como os europeus passam a valorizar mais os costumes islâmicos em seus próprios países. Nos países que professam a fé em Alá, a religião vai se radicalizando e se consolidando e os muçulmanos vão fortalecendo sua fé e a expansão religiosa islâmica vai se tornando realidade latente e eles vão cada momento que passa sonhando com o ressurgimento do Império Otomano e com um mundo totalmente islâmico. Ademais, os muçulmanos tem se mostrado verdadeiros inimigos do Cristianismo e do Judaísmo e algozes implacáveis dos cristãos principalmente onde professam sua fé em nações islâmicas.
Após essas revoluções que mudaram para sempre o mundo, vem em sua esteira a filosofia pós-modernista, e com Zigmunt Baumann considerado como o grande pensador da modernidade, vem o conceito de fluidez, em que tudo é” líquido”, ele afirma que “semelhante ao líquido nenhuma das formas de vida social é capaz de manter seus aspectos por muito tempo”, (BAUMANN. 2013. pg. 16). Denotando claramente em sua afirmação que não há verdade absoluta, e explicitamente vai de encontro aos ensinamentos das Sagradas Escrituras.
2. O CRISTIANISMO E O AVANÇO DO ISLAMISMO.
É notório que o Judaísmo e o Cristianismo, vieram bem antes da Religião islâmica, isto é factual. E como a Bíblia é o Livro de Deus, escrito por homens santos, cf. Êx. 31.18; Dt. 9.10; I Pe. 1.21, ss, que serve de referência para o viver do cristão, percebemos o sobrenatural de Deus contida nelas, porque todas as predições proféticas se cumpriram e as que faltam o cumprimento, com certeza irão se cumprir, cf. Gn. 2.16-17, cumprimento em Gn. 3.6-7; II Rs. 5.10, cumprimento em II Rs. 5.14; Sl. 118.22, cumprimento em Zc. 4.7; Mt. 21.42; Mc. 12.10; Is. 40.1-5, cumprimento em Mt. 3.1-3; Mc. 2.1-4; Lc. 1. 76-79, ss. Além de que é o único Livro genuíno que prediz o surgimento do Salvador do mundo e anuncia todos os detalhes da sua vinda. Então, desde Gênesis até o advento do Messias, Ele é anunciado em todo o A. T. e culmina com o cumprimento literal com seu nascimento aproximadamente no ano 4 a.C. e que são fartamente comprovado nas evidências históricas e na própria infalível Palavra de Deus, cf. Is.7.14; Mt. 1.20-23; Lc. 1.34-38, cumprimento em Mt. 1.25; Lc. 2.1-8,ss
O Islamismo é a religião mundial fundada por um visionário árabe chamado Maomé (570-632 d. C.) nascido na cidade de Meca, que hoje é a Arábia Saudita, porém, o Islamismo vai surgir a partir do ano 610 com as visões que Maomé alegava ter recebido de Deus através do anjo Gabriel, defendem e pregam a instituição de um califado no mundo, a partir do ressurgimento do Império Otomano, assim como pregam sobre a vinda de um messias que estão esperando chamado “Madhi”. alguns teólogos associam esse “Madhi” com o anti-cristo Bíblico.
No Alcorão encontramos vários textos proféticos, contudo, nenhuma profecia de cunho relevante, por exemplo: “profecia acerca de indivíduos específicos”, 74.24-28 (o emantado); “profecia sobre derrota pagã”,(a lua) 54.45, cf. (O ALCORÃO. 1970. 292 e 325 pg.), etc. A história registra de maneira insofismável que a religião muçulmana estimula a violência, e percebemos essa verdade nos conflitos por exemplo entre cristãos e os adeptos do islamismo, assim como os judeus que eles odeiam. E de maneira clara denota a violência islâmica contra o que eles chamam de “inféis” por não abraçarem sua fé. O Islamismo se caracteriza em sua essência por ser é uma religião da espada, a “Jihad”. Jihad, Com significado religioso, o jihad pode incluir uma luta contra as tentações (“jihad do coração”, “jihad da alma”). Pode significar também o proselitismo do islã (da’wa) ou a defesa da moralidade (“comandar o bem e proibir o mal”, al-’amr bilma’ruf wal-nahy ‘an al-munkar) A noção de jihad desenvolvida pelos juristas islâmicos é de “guerra com significado espiritual” – jihad fi sabili ‘llah (jihad no caminho de Deus), jihad al-sayf (jihad da espada), sendo sinônimo, no Alcorão de qital fi sabili ‘llah (“luta”, do verbo qatala, “matar”). A palavra árabe para “guerra”, harb, geralmente é usada em contextos políticos, porém, na verdade é uma luta sangrenta e de ódio aos seus oponentes. Como o Islamismo pode ser uma religião de paz se em nome de Alá, se eles querem erradicar, varrer da terra os judeus? Ou quem se opõem a eles?, como por exemplo os cristãos? Conforme, (WHEATCROFT. 2004. pg. 84) “os dois cercos árabes, de 668-75, e 717-718, e a perda simultânea dos territórios bizantinos remanescentes no norte da África para os muçulmanos conferiram aos sarracenos, agarenos ou ismaelitas a reputação de o mais determinado e diabólico inimigo que os bizantinos já haviam enfrentado..., ’insaciáveis e completamente perversos árabes’. Eis o emblema do Islã: Violência.
Neste momento a religião islâmica é a segunda maior religião do mundo, com mais de um bilhão e trezentos milhões de seguidores, dividida em dois grupos principais sunitas e xiitas. Infelizmente, nos dias atuais, o islamismo tem uma influência e importância intimidadora no mundo por causa do poderio que advém dos dólares das jazidas de petróleo. “Atualmente o Islamismo está presente e domina mais de 40 países no globo em três continentes, Oriente Médio, Ásia e África, destes mais de trinta países tem populações que são majoritariamente muçulmanas, 87%. Hoje o continente europeu sofre uma influência islâmica considerável, a França por exemplo em 1974 tinha uma mesquita, hoje são mais de mil e setecentas, na Inglaterra ela é a segunda maior Religião, nos EUA, há mais de 150 organizações estudantis muçulmanas nas universidades americanas, e mais de 2.000 mesquitas espalhadas. Finalmente, a influência ideológica do Islamismo está se expandindo continuamente para outras nações e o fundamentalismo islâmico está cada vez mais agressivo. Os radicais muçulmanos que querem ver a implantação da Lei Sharia dominando sobre todas as nações do mundo, fica em torno de 10 a 15% da população mundial muçulmana, equivalente a algo entre 100 e 150 milhões de pessoas. Religiosa, social, política, econômica e militarmente, o Islã continuará crescendo e terá um impacto imenso no mundo, cf. (ANKERBERG, WELDON & BURROUGHS. 2012. Pg.11-13).
A despeito de toda essa guerra implementada contra a Igreja desde o seu surgimento, através de Governos Tiranos, anticristãos, de muitas falsas religiões terem surgidos ao longo desses 2000 anos afim de confundir os incautos e das mentiras pregadas por muitos falsos pastores e mestres, cf. II Co.2.17; Deus tem sustentado seu povo, sempre o Senhor tem dado uma saída em meio as perseguições ferozes, ainda que custe o sangue de milhares, todavia, a Igreja marcha firme para a sua redenção gloriosa. interessante é que a Igreja vai avançando em seu propósito de anunciar as Boas Novas contidas nos Evangelhos. Precisamos ter a disposição, fé e convicção que teve Inácio de Antioquia: ”Sou trigo de Deus, e os dentes das feras hão de me moer, para que se possa ser oferecido como pão limpo de Cristo”, cf. (GONZÁLEZ. 2009. Pg. 68), cf. I Co.4.9; Fp. 1.29;
Independente da tirania da Religião islâmica, da decadência moral da sociedade, do crescimento do ateísmo e da falta de fé, assim como, do crescimento das falsas religiões e falsos mestres e pastores, além da apostasia que avança no mundo, importa é que nós temos uma viva esperança, que um dia nosso Messias reinará para sempre, e que a Igreja é o luzeiro deste mundo tenebroso. Que possamos seguir a recomendação feita por Judas para que “batalhemos pela fé que uma vez foi dada aos santos”, cf. Jd. 3b. Amém
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