domingo, 12 de janeiro de 2020

RESUMO DO LIVRO “DISCIPLINA NA IGREJA” DO DR. RUSSEL P. SHEDD

O Dr. Russell P. Shedd (1929-2016), Ph.D. em Novo Testamento pela Universidade de Edimburgo.  Escreveu diversas obras publicadas por “Edições Vida Nova” e “Shedd Publicações”, entre elas Adoração Bíblica, Autoridade e Poder, Avivamento e Renovação, Disciplina na igreja, Epístolas da Prisão, A felicidade segundo Jesus e Nos passos de Jesus. Foi também editor dos comentários da Bíblia Shedd e da Bíblia Vida Nova.  

O Livro “Disciplina na Igreja” do renomado Dr. Russel Shedd é sem sombra de dúvida um guia indispensável para pastores e líderes de igrejas que têm a responsabilidade de exercer a disciplina eclesiástica e pastoral em suas comunidades ou igrejas locais.  De forma clara e profunda o Dr. Shedd expõe princípios teológicos e práticos do exercício da disciplina na igreja, conforme relatados no Novo Testamento.  Sua leitura é indispensável para todo pastor ou líder cristão, uma vez que a aplicação desses princípios resultará em igrejas mais fortes, maduras e mais sadias.

No capítulo UM (Termos–chaves para a disciplina segundo o Novo Testamento), o Dr. Russel Shedd leva-nos a compreender que embora o termo “Disciplina” seja sinônimo de castigo, represália, punição e coisas semelhantes, a palavra “disciplina” está relacionada com o termo “discípulos”, e poderíamos defini-la inicialmente como sendo tudo aquilo que é feito pela igreja local para que os seus congregados sejam discípulos autênticos do Senhor Jesus Cristo.  O Dr. Shedd assegura que a palavra “Disciplina” pinta o quadro de um mestre seguido por seus discípulos que prestam atenção e levam muita a sério as suas palavras, além de ter o profundo desejo de imitá-lo.  Em outras palavras, tudo que o mestre é eles procuram ser.  De acordo com o Dr. Russell Shedd, deve-se desassociar a disciplina como uma exclusão da igreja ou perda de privilégios como membro, se bem que tais procedimentos podem ser empregados para que os crentes se tornem mais parecidos como seu Mestre Jesus.  Segundo Shedd, a disciplina envolve: ensino, exortação, advertência, repreensão, correção, etc.  Desta forma, disciplina é todo método que informa e corrigi os conceitos errados que os discípulos imaginam caracterizar seu mestre.

No capítulo DOIS (Como disciplinar?), O Dr. Russel Shedd vai tratar do estudo de caso de algumas disciplinas, como por exemplo: A disciplina de Pedro, a disciplina de Judas, como também do estudo de caso de Lucas 15 e Mateus 18.  O Dr. Russell Shedd, mostra que a objetividade da disciplina não é vingativa, mas, exortativa, corretiva com propósito de combater o pecado na igreja, reconciliar o membro em falta e não permitir que a igreja seja corrompida e indiferente com os erros.  A Igreja, por sua própria natureza e finalidade, deve ser um lugar por excelência da ética e da moralidade, para isso, a jurisdição espiritual da igreja precisa ser efetuada sem preconceito e com muita sabedoria, visando gerar diante de Deus e da sociedade uma igreja exemplar.

No capítulo TRÊS (Exemplos de disciplina negativa no Novo Testamento), o Dr. Russel Shedd vai tratar do tema disciplina negativa no Novo Testamento.  Para o Dr. Shedd, existem dois tipos de disciplina: A disciplina positiva que tem por finalidade desenvolver a maturidade dos membros da igreja.  Já a disciplina negativa lida com as questões do pecado e da rebeldia na igreja.  Neste capítulo ele vai trazer o caso do “homem que cometeu incesto”, “Deus disciplina na igreja”, a “disciplina de Ananias e Safira”, a “disciplina de Simão, o mago”, o “caso de Himeneu e Alexandre”, a “disciplina de hereges” e “também dos que pecam para a morte”.  O Dr. Shedd deixa transparecer que a disciplina tem valor didático, pois pretende corrigir e trazer responsabilidade para os que não querem ter compromisso com os valores que a igreja ensina e defende. 

CONCLUSÃO:

Após a leitura introdutória do livro “Disciplina na Igreja” e dos seus três respectivos capítulos, chegamos à conclusão de que a disciplina aplicada na igreja justamente, não gera gente deprimida e reprimida, mas, gente com uma personalidade saudável para se relacionar de uma forma justa com seu próximo e viver socialmente consciente de seus limites e erros que precisam ser observados. Portanto, é preciso urgentemente resgatar a disciplina como forma de doutrina, de tratamento de caráter, visando restaurar quem errou e manter em temor a igreja em sua conduta diante da sociedade. É preciso ter consciência de que quando a disciplina não é exercida com responsabilidade e autoridade gera corrupção, desrespeito a soberana vontade de Deus, criam-se raízes de rebeldia e indisciplina, além de enfraquecer a vida espiritual da igreja. É preciso que a disciplina seja vista como parceira, aliada, amiga e não como inimiga da verdade.

Por Nivaldo Gomes.

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