Maomé em Medina e a segunda fase do Islã
Medina era uma espécie de oásis onde habitavam 5 tribos, 3 judias e 2 árabes “as tribos judias eram mais ricas e contavam com uma melhor educação. As tribos árabes brigavam entre si e também com os judeus”. (RICHARDSON, 2013). Essa ida forçada de Maomé para Medina (hégira/hijra) é muito significativa, é tão significativa que o calendário muçulmano tem essa data como uma data especial e o Livro Sagrada do Islã, o Alcorão, é divido em duas partes:
O Corão é dividido em duas seções, uma é chamada Meccia, que significa a parte que foi inspirada a Maomé em Meca, a outra é chamada Medinia, que foi inspirada ao profeta em Medina. Em Meca você encontra a maioria dos versos pacíficos, Mamomé costumava a viver com a comunidade judaica e cristã, em paz e harmonia. Há muitos versos, no Corão, até os muçulmanos costumavam a adorar e direcionar as preces para Jerusalém. Então há muitos elementos de unidade entre a fé dos judeus e cristãos e islâmicos. (ISLÃ, 2019)13
Ou seja, há uma parte que é Antes da hégira e após a hégira. Nota-se que, a maioria dos versos considerados pacíficos descritos no Alcorão foram escritos durante a primeira passagem de Maomé em Meca, pois lá ele tentava a aproximação com os seus conterrâneos, com os pagãos visitantes da cidade durante suas peregrinações, com os judeus e cristãos que viviam por lá.
Quando Maomé embarcou em sua missão de difundir o Islamismo, o seu objetivo era criar uma religião exclusivamente árabe, uma que fosse criada por um profeta árabe, que refletisse os valores e a cultura árabes. No entanto, para obter legitimidade, ele teve que vinculá-lo às duas religiões abraamicas anteriores, o judaísmo e o cristianismo. Ele esperava que as tribos judaicas que viviam na Arábia o declarassem como o seu Messias e, assim, trazer-lhe maior legitimidade junto aos árabes, especialmente com sua própria tribo, em Meca, os coraixitas. Porque sua própria tribo o havia rejeitado e ridicularizado, Maomé necessitava a aprovação dos judeus, a quem chamou o “Povo do Livro”. Mas a conversão dos judeus ao Islã tinha que fazer parte do cenário que Maomé devia realizar, a fim de provar que o povo de Meca tinha cometido um erro ao rejeitá-lo (DARWISH, 2019)14
Sendo essa uma das razões pelas quais Maomé depois de ser praticamente expulso de Meca, Maomé decide ir para Medina. Em Medina Maomé muda a sua mensagem, o que antes em Meca era um discurso pacífico de reconciliação do o único Allah, agora a mensagem de Maomé se torna em mensagem de terror para os seus adversários, o Dr. Bill Warner explica que:
Mohammed foi desde pequenas incursões em caravanas até começar a combater contra os Exércitos de Meca. A partir de então toda a natureza do Alcorão mudou. Em Meca, cerca de dois terços do Alcorão demonstravam ira contra os que não acreditavam em Maomé e condenaram todos eles ao inferno. Mas depois em Medina, o Alcorão começou a falar da espada, dos cativos, da escravização, dos resgates e do saque de guerra. Alá conclamou todos os muçulmanos a jihad contra aqueles que não acreditavam em Maomé. (WARNER, 2019²)
Então a forma de como Maomé começou a expor as suas ideias concernentes a nova religião mudou, com a decepção em Meca e a pouca adesão à nova religião em Medina “tudo muda quando Maomé estabelece um estado teocrático na cidade de Medina, [então] ele se torna o senhor da guerra, ele se torna o chefe de um estado totalitário, ele se torna muito rico, muito importantes e muito intolerante, e então, muitos daqueles versos, de fato, são ab-rogados.” (ISLÃ, 2019). Para isso Maomé aproveitou da experiencia que já tinha, pois,
Antes da fundação do Islamismo eram muito comuns os confrontos na região onde Maomé nasceu e viveu principalmente para obter o poder sobre as rotas comerciais, mas não em favor de uma religião, no entanto, para que a expansão do Islã ocorresse foram travadas várias batalhas, aproveitando-se disso Maomé expos uma agressividade sem precedentes agindo sempre com bastante violência e com a imposição da espada afim de que todos se submetessem ao islã e declarava guerra contra qualquer um que não aceitasse sua pregação. Através da espada o islamismo passou de uma comunidade pequena e desprezada para uma força que os Árabes passaram considerar, pois desde seu princípio começaram a semear o terror, validando a sua pregação através da espada, conquistando vitórias praticamente impossíveis do ponto de vista militar. O que antes, em Meca estava no discurso pacífico, em Medina, depois da conversão dos primeiros seguidores Maomé finalmente mostra a verdadeira face do islamismo. (FÉLIX, 2019)12
O início da violência
Como seus conterrâneos de Meca (os coraixitas) e agora os judeus e cristãos estavam rejeitando sua mensagem, Maomé se viu obrigado a mudar de atitude, de um pequeno movimento à uma onda de violência sem precedentes começou a pairar o Ocidente:
Finalmente, Maomé passou das palavras violentas aos atos violentos. No ano de 622, abandonou sua Meca natal para transferir-se para uma cidade próxima, Medina, onde um bando de guerreiros tribais o aceitou como profeta e se proclamaram leais a ele. Em Medina, estes novos muçulmanos começaram a assaltar as caravanas dos coraixitas e, muitas de suas incursões foram comandadas pessoalmente por Maomé. Estas expedições mantiveram a vigor do ínfimo movimento muçulmano e contribuíram para formar a teologia islâmica: um exemplo foi o notório incidente, no qual um grupo de muçulmanos invadiu uma caravana coraixita em Nakhla, um assentamento próximo a Meca. Os invasores atacaram uma caravana durante o mês sagrado de Rajab, quando voltaram ao acampamento muçulmano carregados com os despojos da pilhagem, Maomé recusou a compartilhar o botim, não quis saber deles e simplesmente disse: “Eu não lhes ordenei que lutassem durante o mês sagrado” (SPENCER, 2007, pp. 18,19).
Vale salientar que este ataque ocorreu durante o mês sagrado, o que através de um acordo era proibido fazer guerra ou realizar qualquer ataque durante 3 meses no ano, com isso Maomé teve mais uma revelação conveniente, observe o que diz o Alcorão sobre isso:
2.217 “Interrogar-te-ão acerca do mês sagrado: haverá combate nele ou não? Responde: “Guerrear nesse mês é uma enorme transgressão e um afastamento da senda de Deus e um desrespeito a Deus e à Mesquita Sagrada. Mas expulsar dos lugares santos os seus habitantes é uma transgressão maior ainda, pois o erro é pior do que a matança”. Ora, não pararão de vos combater até que levem, se puderem, a renegar vossa religião. E quem de vós renegar sua religião e morrer na descrença terá perdido este mundo e o outro. Esses serão os herdeiros do fogo, onde permanecerão para todo o sempre.”
Ficou claro que Maomé não só autorizou o ataque durante o mês sagrado, como ele atribuiu um caráter divino o ataque. Para Maomé, renegar, abandonar ou incitar a alguém a abandonar a fé no Islã é pior que matar, roubar, ou até atacar quem está desarmado, portanto, a negativa dos coraixitas ao chamado de Maomé ao Islã foi muito pior do que este ataque praticado por ele e Abu Bakr, o braço direito de Maomé escreveu um poema sobre isso:
Excerto do Hadice Sahih Bukhari
Volume 4, Livro 53, Número351: O apóstolo de Alá disse: “Tornei legal o espólio de guerra”.
Um poema de guerra extraído da Sira:
Vós [os coraixitas] considerais a guerra no mês sagrado um assunto grave, Mais grave é vossa oposição a Maomé e vossa falta de crença. Ainda que nos insulteis por matar Amr, nossas lanças se embeberam em seu sangue. Acendemos a chama da guerra. (RICHARDSON, p.37)
Sobre isso, Robert Spencer expõe:
Maomé sempre esteve disposto a entrar em um combate armado com qualquer um que se opusesse a sua mensagem, incluindo o seu próprio povo, os coraixitas, pois, o combate aos seus conterrâneos não ocorreu somente uma questão de assalto ou espólio, mas por vingança por causa do descredito que a mensagem de Maomé havia sofrido no primeiro momento, mesmo que um ataque em específico, feito a tribo dos coraixitas por Maomé tendo acontecido no mês sagrado para os muçulmanos e que isto já havia sido especificado no Alcorão que proibia a guerra no mês sagrado, e como sempre ocorre no Alcorão numa revelação conveniente, Maomé justificou posteriormente sua atitude de combater os coraixitas dizendo que Alá os havia rejeitado, por isso, a guerra contra eles foi justificada.
Porém, logo veio uma nova revelação por parte de Alá, que explicava que a oposição dos coraixitas a Maomé era uma transgressão mais grave do que a violação do mês sagrado. Em outras palavras, a incursão estava justificada. "Quando te perguntarem se é lícito combater no mês sagrado, dizei-lhes: “A luta durante este mês é um grave pecado; porém, desviar os fiéis da senda de Alá, negá-Lo, privar os demais da Mesquita Sagrada e expulsar dela (Makka) os seus habitantes é mais grave ainda, aos olhos de Alá, porque a perseguição é pior do que o homicídio. Os incrédulos, enquanto puderem, não cessarão de vos combater, até vos fazerem renunciar à vossa religião; porém, aqueles dentre vós que renegarem a sua fé e morrerem incrédulos tornarão as suas obras sem efeito, neste mundo e no outro, e serão condenados ao inferno, onde permanecerão eternamente.” (Alcorão, 2: 217). Qualquer pecado que os invasores de Nakhla tivessem cometido foram ofuscados pela rejeição de Maomé pelos coraixitas. (SPENCER, 2007, pp.19)
A batalha de Badr é um verdadeiro marco histórico para os muçulmanos, onde Maomé através de seus espiões, ficou sabendo que uma grande caravana de coraixitas estava voltando da Síria com bastante mercadorias e dinheiro. Maomé preparou um exército e partiu ao encontro da caravana, só que, diferente de sua primeira investida contra os coraixitas, desta vez a caravana estava preparada para a batalha. Maomé saiu com cerca trezentos homens e os coraixitas estavam com aproximadamente mil homens, mesmo assim contrariando a lógica, Maomé conseguiu vencer os coraixitas, tendo posteriormente Maomé declarado que legiões de anjos, enviados por Alá soprou areia nos olhos dos inimigos e os ajudou a vencer esta batalha, entraram como saqueadores e baderneiros e saíram como convertidos em uma potente força política e militar, outro resultado importante desta batalha foi a adesão de mais seguidores. Foi após esta batalha que foi instalada na mente dos muçulmanos certas atitudes e convicções a respeito da Jihad, através da tradição e da teologia muçulmana que estão em acordo com algumas convicções atuais, Robert Spence pontua:
• As vinganças sangrentas contra os inimigos pertencem não somente ao Senhor, mas também a aqueles que se submetem a Ele na Terra. Este é o significado da palavra islã: submissão.
• Os prisioneiros capturados na batalha contra os muçulmanos podem ser condenados a morte por decisão dos líderes muçulmanos.
• Aqueles quem rejeitarem o islã são “as criaturas mais vis” (Alcorão, 98:6) e, portanto, não merecem piedade.
• Qualquer um que insulte ou inclusive se oponha a Maomé ou a seu povo merece uma morte humilhante; se for possível, por decapitação. (Este é coerente com a ordem de Alá de “golpear no pescoço” aos “infiéis” (Alcorão, 47:4). (SPENCER, 2007, p.23).
Maomé se voltou com tanto ódio e tanta violência contra os coraixitas nesta batalha, que a cabeça do líder da tribo dos coraixitas foi levada como troféu por um dos seus soldados, os corpos dos soldados coraixitas mortos durante a batalha de Badr foram jogados em um poço, onde os mais fortes conforme Spencer foram cortados em partes e jogados no poço, observe esse excerto da Sira citado por Richardson:
I455 Enquanto se arrastavam os corpos ao poço, um dos muçulmanos viu ali o corpo de seu pai e disse: “Meu pai era um homem virtuoso, sábio, amável e culto. Esperava que virasse muçulmano, mas morreu como kafir. Agora sua morada será o fogo do inferno por toda a eternidade”. Antes do Islã, sempre havia sido proibido matar um membro de sua própria família ou tribo. Depois da chegada do Islã, um irmão podia matar outro e os filhos podia matar seus pais se lutavam por causa de Alá: a jihad. (2015, p.44)
Maomé espalhou o terror em prol de sua religião. Inspirado na vitória em Badr sobre os coraixitas, Maomé começou a aumentar as incursões contra os chamados “infiéis” que eram aqueles que não aceitavam sua mensagem, e através da espada não só estava aumentando seus espólios de guerra, como também o número de convertidos afim de aumentar seu exército e estabelecer o Islã como religião oficial de todo o Oriente Médio.
No ano de 622, Maomé começou a flertar com algumas tribos judaicas da cidade de Medina, ele estava convencido de que era o mensageiro incumbido por Deus de proclamar a mesma mensagem que os profetas judeus haviam propagado antes dele, porém suas doutrinas como o jejum, a recitação das orações e algumas outras regras preliminares afastaram os judeus, e sua mensagem não só foi rejeitada como se tornou alvo de zombarias. A intriga de Maomé com os Judeus não é uma situação difícil de se entender, Maomé que inicialmente teve sua mensagem monoteísta rejeitada pelos coraixitas, o que o aproximou de certa forma, ao cristianismo e ao judaísmo, que tinham uma mensagem compatível ao ser observada de forma superficial, mesmo assim Maomé não obteve êxito na pregação aos judeus e cristãos e com o desenvolvimento da doutrina de Maomé as diferenças começaram a ficar mais patentes:
O desenvolvimento da doutrina do Profeta talvez se relacionasse com mudanças em suas relações com os judeus de Medina. Embora eles fizessem parte da aliança original, sua posição tornou-se mais difícil à medida que as pretensões de Maomé a sua missão se expandiam. Não podiam aceita-lo como um verdadeiro mensageiro de Deus dentro de sua própria tradição, e diz-se que ele, por sua vez, os acusou de perverter a revelação que lhes foi dada: “Ocultásseis o que vos foi ordenado tornar claro”. Por fim, alguns dos clãs judeus foram expulsos e outros assassinados. (HOURANI, 2006, p.38).
Com isso, seus principais alvos tornaram-se tribos judias e cristãs da região que rejeitavam Maomé como profeta, quanto mais o povo rejeitava a mensagem de Maomé, mais aumentava seu ódio e sua violência, esta violência não era de caráter militar através de guerras contra exércitos armados, mas tratava-se de um ataque cruel e covarde contra comerciantes judeus.
Maomé, o profeta do Islã, exterminou todos os judeus da Arábia Saudita. Haviam três tribos: Banu Nadir, Banu Qurayza, Banu Qaynuqa. Nós orgulhosamente estudávamos isso na escola, como Maomé, o profeta do Islã, ordenou a decapitação dos judeus de Banu Qurayza e as mulheres foram tomadas como concubinas. Assim que uma criança tinha pelos pubianos, era decapitada. Então, a população era extraditada ou decapitada. A história de Rabi Kinana, é uma história muito bem documentada no Islã, Rabi Kinana foi torturado por ordem do próprio profeta do Islã, seus olhos, foram arrancados, ele foi queimado, para confessar onde as tribos judaicas escondiam seus bens, seu ouro, sua prata, essas coisas, isso vem direto do Hadith, isso inspirou a nós, palestinos, nos inspirou a lutar a Jihad contra os judeus na Palestina (ISLAM, 2017)
Maomé incitava seus seguidores a buscarem e matarem judeus e cristãos e isso não se dava apenas por Maomé ser um comandante militar habilidoso, mas, na habilidade de inspirar a batalha suicida. Robert Spencer nos narra como aconteceu a morte de um poeta judeu de nome K'ab ben al-Ashraf, que Maomé desejou matar, mas incitou um jovem muçulmano de a realizar seu plano, ultrapassando limites que o próprio Maomé havia estabelecido, mas como se tratava da morte de um judeu, Maomé deu carta branca para que este assassinato fosse realizado:
Encontrou como voluntário o jovem muçulmano chamado Muhammad ibn Maslamah: “Oh Mensageiro de Alá! Queres que o mate?” Depois que o profeta permitiu “Sim”, Muhammad ibn Maslamah lhe pediu permissão para mentir, com o objetivo de enganar a K'ab ben al-Ashraf e conduzi-lo à uma emboscada. O profeta consentiu e K’ab foi devidamente enganado e assassinado por Muhammad ibn Maslamah. (SPENCER, 2007, p.23).
Ainda segundo Spencer depois destas coisas Maomé deu a ordem: “Matai todos os Judeus que caírem em seu poder”. Isto era uma ordem direta que independia se era comerciante ou até mesmo se mantinha algum tipo de relação, a ordem inicial era clara, “Matai”, somente depois foi estabelecida a condição de que se não aceitassem o Islã como religião, ou não concordassem com o pagamento do imposto (Jizya), seriam mortos, isto forçou boa parte dos judeus a se converterem ao Islã, o que contribuiu para o crescimento do rápido do islamismo em força militar. Mesmo assim a perseguição aos judeus não parou:
As batalhas do profeta Maomé contra os judeus começaram em 624 d.C. naquele ano, ele expulsou a tribo Banu Qainuqa de Medina: em 625 d.C., ele sitiou a tribo Banu Nadir, até que eles migraram e deixaram todas as suas propriedades para trás. Por fim, em 627, ele matou os seiscentos a setecentos indivíduos do sexo masculino da tribo Banu Qurayza, embora eles já tivessem se rendido a ele, e vendeu como escrevas as mulheres e as crianças. (SCHIRRMACHER, 2017, p. 32).
Com os cristãos Maomé não agiu de forma diferente, sempre buscando converte-los a nova religião, Maomé buscou primeiramente agradá-los, até com citações parecidas com as que fez aos judeus, “Maomé travou com eles disputas teológicas cujo ponto de partida foi a campanha para conquistar seu apoio e lealdade” (SCHIRRMACHER, 2017, p.33), porém mais uma vez a mensagem de Maomé. foi rejeitada e a verdadeira face de Maomé finalmente se mostrou aos cristãos, algumas tribos eram forçadas a fecharem acordos com ele, pois o controle das rotas comerciais e das feiras estava nas mãos de Maomé, então para os que não aceitassem existia apenas 2 opções, ou enfrentava a guerra, o que era praticamente uma sentença de morte, ou pagaria um imposto e sofreria restrições em relação a pregação, demonstração da fé e até das vestimentas e dos locais de culto. Por isso, muitos eram forçados a aceitarem o Islã como religião. Mas, a maioria dos cristãos rejeitaram a mensagem de Maomé, e isto trouxe muitas consequências para os cristãos, Maomé agora passou a acusa-los de terem adulterado as revelações dadas aos cristãos:
O processo chegou ao fim com sua condenação dos cristãos, a quem chamou de idolatras e infiéis (5.72) que aderem erros graves como a filiação divina e a Trindade, e assim cometem o pecado imperdoável do politeísmo [...]. Como nem judeus nem cristãos quiseram aceita-lo como emissário de Deus, Maomé chegou a conclusão de que o erro estava neles e de que ambos os grupos, cada um à sua maneira, deve ter falsificado a revelação original que lhe havia sido concedida. (SCHIRRMACHER, 2017, pp.33, 34)
Portanto, Maomé investiu nestes dois grupos, por isso, a guinada do desenvolvimento islâmico se deu em conflito com o judaísmo e com o cristianismo, pois ambos justificavam sua posição como sendo revelações de Deus para a humanidade.
Maomé, o profeta do Islã, exterminou todos os judeus da Arábia Saudita. Haviam três tribos: Banu Nadir, Banu Qurayza, Banu Qaynuqa. Nós orgulhosamente estudávamos isso na escola, como Maomé, o profeta do Islã, ordenou a decapitação dos judeus de Banu Qurayza e as mulheres foram tomadas como concubinas. Assim que uma criança tinha pelos pubianos, era decapitada. Então, a população era extraditada ou decapitada. A história de Rabi Kinana, é uma história muito bem documentada no Islã, Rabi Kinana foi torturado por ordem do próprio profeta do Islã, seus olhos, foram arrancados, ele foi queimado, para confessar onde as tribos judaicas escondiam seus bens, seu ouro, sua prata, essas coisas, isso vem direto do Hadith, isso inspirou a nós, palestinos, nos inspirou a lutar a Jihad contra os judeus na Palestina. (ISLAM, 2017)
Para Maomé a missão de aproximar a humanidade de Allah tinha que ser feita de qualquer maneira, por isso, após a tentativa frustrada de ser aceito pelas comunidades como Profeta, levou Maomé à hostilidade explícita através de perseguições e assassinatos, colocando o Islã sobre todas as demais religiões, agora não somente para os árabes, mas para toda a humanidade pregando agora que o Alcorão é o único texto não adulterado e que este corrige os demais erros de todas as revelações feitas anteriormente.
Com todos esses acontecimentos em Medina e sua conquista definitiva de Meca, o centro religioso da Arábia, Maomé e o Islã começaram a luta por novas conquistas no Oriente Médio e parte da Europa.
Por Rafael Félix
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