Einstein obviamente acreditava em uma fonte transcendental da racionalidade do mundo. Ele a chamava de "mente superior",
"Espírito superior infinito", "força inteligente superior" e "força misteriosa que move as constelações". Isso fica evidente em várias das suas declarações: nunca encontrei uma expressão melhor do que "religiosa" para definir a confiança racional na natureza da realidade e de sua peculiar acessibilidade à mente humana.
Onde não há essa confiança, a ciência degenera tornando-se um procedimento sem inspiração. Se os sacerdotes lucram com isso, que o diabo cuide do assunto. não há
remédio para isso.
Quem quer que tenha passado pela intensa experiência de conhecer avanços bem sucedidos nesta área ( ciência ) é movido por profunda reverência pela racionalidade que se manifesta em existência... A grandeza da razão encarnada em existência.
O certo é que a convicção, semelhante ao sentimento religioso, da racionalidade ou inteligibilidade do mundo, está por trás de todo trabalho científico de uma ordem superior. Essa crença firme em uma mente superior que se revela no mundo da experiência, ligada a profundo sentimento, representa minha concepção de Deus.
Todos os que seriamente se empenham na busca da ciência convencem-se de que as leis da natureza manifestam a existência de um espírito imensamente superior ao do homem, diante do qual nós, com nossos modestos poderes, devemos
nos sentir humildes.
Minha religiosidade consiste de uma humilde admiração pelo espírito infinitamente superior que se revela nos pequenos detalhes que podemos perceber com nossa mente frágil. Essa convicção profundamente emocional da presença de um poder racional superior, que é revelado no incompreensível universo, forma minha idéia de Deus.
Antony Flew
Provas incontestáveis de um filósofo que não acreditava em nada
Via: Eziel Ferreira
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