POR LEONARDO MELO.
A despeito dos últimos acontecimentos que surgirão sobre a face da terra como sinal da volta de Jesus e que estão escritos nos sinóticos que aconteceram e vão acontecer antes da volta do Senhor Jesus é factual. Também os escritos Vetero-Testamentário faz alusão a uma profecia que serviria(á) como um sinal ou referencial que estaremos vivendo os últimos momentos da Igreja na terra. Este sinal profético que denota a veracidade das Sagradas Escrituras se chama Jerusalém. Tanto Israel quanto Jerusalém servirá como referência para a volta de Jesus, assim como, referencial para a implantação do governo global e totalitário do anti-Cristo no mundo, pois a aliança de paz para o mundo e especificamente para a região do Levante tem que ter obrigatoriamente a participação judaica, conforme as profecias Bíblicas. A profecia que está escrita no Livro do profeta Zacarias é muito clara e não deixa dúvida alguma sobre está situação que há de vir sobre o mundo em se tratando de uma geopolítca global. : ”Eis que porei Jerusalém, como um copo de tremor para todos os povos em redor,[...]”, Zacarias 12.2a.
É razoável entendermos que há décadas já estamos vivenciando esta profecia. Para ser mais preciso, desde o reconhecimento pela ONU de Israel como nação em 14 de maio de 1948, que a região do Oriente Médio vive em turbulência por causa do estabelecimento da nação israelense como país. Depois deste evento de reconhecimento da nação de Israel, as guerras praticamente quase que se sucederam, e o interessante arrastou o mundo para um posicionamento, se é a favor ou contra Israel como nação. De maneira espantosa vimos literalmente a profecia de Zacarias se cumprir literalmente. Tudo está convergindo para o arrebatamento da Igreja, pois, Israel e a Igreja não podem viver no mesmo tempo. As profecias das Setenta Semana de Daniel só terá seu cabal cumprimento, isto é, a última semana quando a Igreja for arrebatada. Por isso essa luta incessante de Satanás e as nações árabes dentre outras para aniquilar a nação israelense, tornado assim o Oriente Médio um barril de pólvora!
Não é de hoje que a luta espiritual se desenrola e que tem como objetivo fim a destruição total da nação de Israel, mas também do seu povo. Sabe o adversário que o âmago da vitória do Cristianismo está em seu principal mentor, Jesus Cristo. Jesus é judeu, livrará da aniquilação total os judeus na guerra do Armagedon, no Vale de Jeosafá onde estará reunida todas as nações da terra, e reinará em Jerusalém e é o Senhor da Igreja. Sabendo da sua condenação eterna, então ele usa de todo os artifícios para tentar barrar o cumprimento literal das profecias contidas na Bíblia, pois, é notório, se ele conseguisse aniquilar para sempre o povo judeu, então, Deus seria mentiroso e a Bíblia cairia por terra como um Livro profético que expressa as verdades de Deus. Zacarias traz essa previsão de uma guerra global contra Israel: ”Porque Eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra Israel”, Zc. 14.2, porém, para a humanidade sem Deus e que não dão crédito a Bíblia Sagrada, caminharão juntos com o mundo em uma atitude de incertezas sobre Jerusalém e Israel.
Há várias reivindicações acerca da Terra santa, assim como, sua capital Jerusalém. Já surgiram vários argumentos sobre a legitimidade do povo judeu acerca da terra que eles habitam. Historicamente, conhecemos pela Bíblia que a terra onde atualmente é a nação israelita é a terra que Yahweh prometeu aos seus ancestrais, Abraão, Isaque e Jacó(Israel), e não só o território hoje ocupado, mas as fronteiras prometidas por Deus á Abraão vão muito mais além do que os limites atuais, cf. Gn. 13.14-18,15.18-21, 17.8, 26.3-4, 28.13-16, ss. Os palestinos que nem povo eram outrora, pois, eles são uma miscigenação de vários povos quando começaram a habitar a região da Judéia, logo após a derrota do império Otomano em aproximadamente 1922 [O otomano e o britânico foram os últimos impérios a deixar suas marcas em Jerusalém. Os otomanos eram turcos muçulmanos, não árabes, que governaram o Oriente Médio de 1299 á 1917] Os palestinos atuais tiveram sua origem genealógica nos povos árabes, egípcios, libaneses, sírios, iraquianos, jordanianos, dentre outros descendentes. Não há uma história palestina. Não há uma cultura exclusivamente palestina. Não há um sistema linguístico palestino O pedaço de terra que hoje eles reivindicam como sendo propriedade deles infelizmente encontra apoio e eco na ONU e em diversos países ocidentais e principalmente do mundo árabe. As milícias islâmicas, a OLP e principalmente o Irã são os maiores fomentadores da guerra contra Israel, além de terem o apoio não tão sutil de nações como: França, URRS, Turquia, Síria, Egito, Iraque, Jordânia, Líbia, Argélia, Kuwait, Argentina, Venezuela, Cuba e outras que de maneira oculta apoiam a causa palestina.
Atualmente, os milhões de dólares que a ONU destina ao Estado Palestino por ser considerado um país de refugiados, eles tem empregado uma parte considerável desses recursos para fazer a guerra contra Israel, promover o terrorismo, dando suporte as suas principais milícias: Hezbollah e Hamas, em vez de promover o desenvolvimento sócio-econômico da sua região. Segundo a opinião de MONTEFIORE sobre Jerusalém: “A história de Jerusalém é de certo modo, a história do mundo. Contudo, fundada muitos séculos antes de Cristo por tribos cananeias, a cidade começou como um esquálido assentamento fortificado em meio á região semi-desértica entre o Mediterrâneo e o Mar Morto. Nada então permitia antever sua inestimável importância para os diversos povos que a reivindicariam ao longo dos milênios seguintes como sua capital religiosa e temporal. Cidade central do Judaísmo e do Cristianismo, cujos fiéis acreditam que ela será o palco da chegada(ou retorno) do Messias no dia do juízo final. Jerusalém também é ciosamente venerada pelos muçulmanos por seu relevante papel no caminho espiritual do profeta Maomé. A despeito da imensa santidade dos lugares como o Monte do Templo, o Muro das Lamentações e a Igreja do Santo Sepulcro, ou justamente por causa dela; a sobreposição das três maiores religiões monoteístas no exíguo espaço da cidade antiga tem ocasionado inúmeros conflitos, massacres, genocídios. Impérios e exércitos, políticos e generais que alegavam agir em nome de Deus, Yahweh ou Alá se revezaram no controle do acesso aos lugares santos, disputados quase metro a metro por peregrinos de diversas partes do mundo. O conflito Israelo-palestinense demonstra que Jerusalém permanece sendo um ponto fulcral do tenso equilíbrio entra as maiores potências da atualidade”.
Já para HUNT, especialista em Oriente Médio: ”Jerusalém é o prêmio máximo num conflito irreconciliável entre os judeus e árabes pela terra prometida. Como disse um especialista em islamismo, o prof. Gideon Kressel da Universidade Bem Gurion de Beersheva, um muçulmano está convencido pela sua religião de que uma vez que a terra seja controlada pelo islamismo ela deve ser devolvida ao islamismo. Essa convicção religiosa exige posse total islâmica, e consequentemente, não pode ser satisfeita com a divisão da terra”.
Diante desses dois pontos de vista, percebemos que a paz e qualquer negociação que leve a mesma, parece-nos uma utopia. Há um ponto nevrálgico entre judeus e muçulmanos que é a posse da terra e consequentemente a administração de Jerusalém. A Autoridade Nacional Palestinas, as nações árabes e muçulmanas não estão interessadas em promover um tratado de paz com Israel, mas, a intenção deles é varrer Israel do mapa, senão vejamos essa declaração ameaçadora do presidente iraquiano: “A existência de Israel é um erro que precisa ser reparado. Essa é a nossa oportunidade de apagar a ignomínia que está entre nós desde 1948. Nosso objetivo é claro – riscar Israel do mapa. Esse era e ainda é o objetivo inabalável dos muçulmanos, como requer o islamismo, e que eles nunca tiveram vergonha de declarar ao mundo, segundo (HUNT. 2007. Pg. 263).
Hoje Jerusalém é um cálice de tontear a terra, porque aprouve Deus conduzir a história universal desta maneira, porém não podemos vê-la como uma cidade maldita que alimenta a violência e ameaça a estabilidade e a paz na região, entretanto, afirmar que Israel é o propagador do terrorismo e o fomentador da instabilidade política no Oriente Médio, é no mínimo uma irracionalidade de quem nutre esse pensamento. O fundamentalismo islâmico, a Jihad islâmica e os ensinamentos do Corão claramente apontam para uma rejeição e aniquilação total de Israel. É ensinado pelo Corão, que o Islamismo só será instalado no mundo após a eliminação total de Israel como nação e como povo. Partindo da premissa que Israel é a terra da promessa feita primeiramente por Deus á Abraão, e que nós antes de vivermos batalhas e guerras, vivemos um conflito entre Deus e Satanás, isto é uma guerra espiritual, e que se o adversário pudesse teria extinguido á Israel a muito tempo atrás. há de se salientar que o Deus em que crêem os israelenses é o mesmo Deus da Igreja, Senhor e Criador de todas as coisas e que tem o domínio de tudo e irá cumprir com suas promessas.
CONCLUSÃO.
Enfim, concluímos afirmando que nosso adversário não conseguirá extinguir Israel nem por conseguinte a Igreja, nem a fidelidade de DEUS para com Israel será anulada, cf. Jr. 33.14-26; Mt. 16.18. Israel e sua capital Jerusalém nunca foram empecilho para a paz no Oriente Médio, pelo contrário, vimos vários diplomatas israelense tentando dialogar com os representantes da diplomacia dos vários países árabes e a Autoridade Palestina afim de se chegar um consenso sob a instabilidade política na região, Yitzhak Rabin (acordo de Oslo/1995), Ehud Barak(cúpula de Taba/2001), Daniel Levy(negociação com Donald Trump/acordo de Oslo 2/FEV2020). Sabemos que sempre os palestinos foram intransigentes quanto a paz na região do Levante, para eles palestinos, comunistas que apoiam a causa palestina e os muçulmanos, ou toda a terra de Israel para os palestinos ou nada! Eles não querem paz se Israel sobreviver, a paz para eles implica em alijar Israel do mapa. Isto é factual, latente.
A questão para os palestinos e muçulmanos não é a partilha da terra, mas a aniquilação total de Israel como nação. Em todas as negociações que houveram sobre Jerusalém e os territórios ocupados por Israel, pós guerra dos seis dias(05-10JUN1967), ficou claro que todos os muçulmanos e várias autoridades de países ocidentais além da ONU, querem sim o fim de Israel como nação e povo. Basta olhar hoje o cenário mundial e ver que, por exemplo a campanha difamatória que os países árabes promovem mundo afora com seu BDS, sigla em inglês para (Boicote, Desabastecimento e Sanções) afim de asfixiar a economia israelita é uma realidade. Então, a paz no Oriente médio não depende das autoridades israelense nem das autoridades da ONU. Não é culpa das Nações Unidas, nem de Israel nem do mundo árabe a instabilidade vivida no Oriente Médio, há um propósito de Deus para esta situação na região. A guerra travada no Oriente Médio por paz, que será alcançada por um momento quando dá aliança de Israel com o anti-Cristo, cf. I Ts. 5.1-4, II Ts 2.8-9 será desfeita, cancelada e haverá uma perseguição terrível contra a nação judaica e por fim a guerra para resolver definitivamente a questão da paz. Porém, é neste momento que Israel será salvo pelo seu Messias, e aí sim haverá a tão desejada paz! Nem Israel nem Jerusalém servirão mais de moeda de troca para a paz na região, haverá estabilidade.
FONTE.
1. BABBIN, Jed & LONDON, Werbert. A Nova guerra contra Israel. Trad. Eduardo Levy. S. Paulo/Santos. 2015. Ed. Simonsen. 172 pg.
2. BALTA, Paul. Islã. Trad. William Lago. R. G. do Sul. 2010. Editora L&PM. 136 pg.
3. HUNT, Dave. O Dia do juízo! O Islã, Israel e as nações. Trad. Lucila M. P. da Silva. R. G. do Sul. 2007. Ed. Actual. 411 pg.
4. MONTEFIORE, Simon Sebag. Jerusalém – A Biografia. Trad. Berilo Vargas & George Schlesinger. S. Paulo. 2013. Cia das Letras. 799 pg.
5. Revista Periódica Notícias de Israel - O Ataque Final a Israel. nº 11. Novembro de 2015. Ed. Chamada da Meia-noite. R. G. do Sul.
6. GIORDANI, Mário Curtis. História do Mundo Árabe Medieval. R.J./Petrópolis. 1975. Vozes. 380 pg.
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