por Phillip E. Johnson
A
evolução é um fato apenas em uma escala muito pequena. A Evolução é uma fantasia
quando é usada para explicar como as plantas e os animais surgiram ou como os
seres humanos supostamente evoluíram a partir de ancestrais simiescos [símios].
Podemos resumir a fantasia dizendo que, onde a teoria da evolução é verdadeira,
ela não é muito interessante e, onde a evolução é mais interessante, ela não é
verdadeira.
Se
"evolução" se refere apenas a um processo de variação cíclica (para
frente e para trás) em resposta a mudanças nas condições ambientais, então a
evolução é um fato que pode ser observado tanto na natureza quanto em
experimentos de laboratório.
Por
exemplo, quando uma população de insetos é pulverizada com um produto químico
mortal como o pesticida DDT, os insetos mais suscetíveis morrem, mas os
indivíduos mais resistentes ao veneno sobrevivem para procriar e deixar a
prole, que herda os genes que fornecem resistência. Depois de muitas gerações
de insetos terem sido pulverizados, toda a população sobrevivente pode ser
composta pela variedade resistente ao pesticida DDT, e alguma nova forma de
controle de insetos terá que ser aplicada. No entanto, tais mudanças não são
permanentes, porque os mosquitos resistentes são mais aptos que os outros
apenas enquanto o inseticida for aplicado. Quando o ambiente fica livre do
produto químico tóxico, a população de insetos tende a voltar ao que era antes.
Um
efeito semelhante explica como as bactérias causadoras de doenças se tornam
resistentes a antibióticos como a penicilina, que não são mais tão eficazes no
controle da doença como antigamente.
Quase
todas as ilustrações de "evolução em ação" em livros didáticos ou
exposições em museus são semelhantes a esses exemplos. Elas não envolvem
aumento na complexidade ou aparência de novas partes do corpo ou mesmo mudança
permanente de qualquer tipo. Variações populacionais reversíveis em pequena
escala desse tipo são geralmente chamadas de microevolução, embora
"variação adaptativa" seja um termo melhor.
É
enganoso descrever uma variação adaptativa como "evolução", porque o
termo evolução geralmente se refere também à macroevolução. Macroevolução é a
grande narrativa de como a vida supostamente evoluiu por processos puramente
naturais [e aleatórios], a partir de um início muito simples até se transformar
em plantas, animais multicelulares complexos e, eventualmente, seres humanos,
sem que a participação de Deus fosse necessária em qualquer etapa do processo.
Charles
Darwin presumiu que a macroevolução era meramente microevolução estendida por
longos períodos de tempo. Os livros de biologia, os museus e os programas de
televisão ainda ensinam as pessoas a fazer a mesma suposição, de modo que
exemplos de microevolução são usados como prova de que animais complexos e até
seres humanos evoluíram de organismos mais simples por um processo semelhante.
A
principal falha na história da macroevolução é que todas as plantas e animais
estão repletos de informações - as instruções complicadas que coordenam os
muitos processos que permitem que o corpo e o cérebro funcionem. Até Richard
Dawkins, o mais famoso advogado vivo da teoria de Darwin, admite que cada
célula de um corpo humano contêm mais informações do que todos os volumes de
uma enciclopédia, e cada um de nós tem trilhões de células no corpo, que
precisam trabalharem juntas em uma harmonia magnífica.
A
maior fraqueza da teoria da evolução é que a ciência não descobriu um processo
que possa criar todas as informações necessárias, que possam ser comparadas ao
software que controla um computador. Sem esse processo criativo demonstrado, a
evolução é apenas uma narrativa, porque seu suposto mecanismo não pode ser
duplicado em laboratório nem observado na natureza.
É
verdade que existem padrões de semelhança entre os seres vivos. Por exemplo,
seres humanos, macacos, ratos, vermes e até plantas têm muitos genes
semelhantes. A questão importante não é se existem semelhanças entre todos os
seres vivos, mas se essas semelhanças surgiram através de um processo natural
semelhante aos exemplos observáveis de variação adaptativa que encontramos nos
livros didáticos e nas exibições de museus.
Um
erro que os Cristãos costumam cometer ao debater a evolução é considerar muitas
questões ao mesmo tempo, em vez de começar com o problema mais importante e
resolvê-lo primeiro. Por exemplo, a evolução requer uma escala de tempo de
muitos milhões de anos, enquanto muitas pessoas entendem a Bíblia de modo a
permitir uma história da terra de apenas alguns milhares de anos. A escala de
tempo evolutiva é discutível, mas debatê-la envolve várias disciplinas
científicas complexas e distrai a atenção do defeito mais importante da teoria
da evolução. O único mecanismo que os evolucionistas têm é uma combinação de
variação aleatória e seleção natural, ilustrada pela sobrevivência dos insetos
que por acaso foram resistentes a um inseticida. Nunca se demonstrou que esse
mecanismo darwinista seja capaz de criar novas informações genéticas ou novas
partes complexas do corpo, como asas, olhos ou cérebros. Sem um mecanismo que
possa ser demonstrado ser capaz dessa criação necessária, a teoria da evolução
é apenas uma fantasia sem nenhuma base científica real.
A
Bíblia ensina: "No princípio, Deus criou" e "No princípio era a
Palavra". Uma maneira simples de explicar esse princípio básico é dizer
que uma inteligência divina existia antes de qualquer outra coisa e que essa
inteligência foi responsável pela origem da vida e pela existência de todos os
seres vivos, incluindo os seres humanos. Não importa quanto tempo possamos
permitir para que a evolução faça a criação necessária, as evidências mostram
que o processo nunca seria iniciado, porque tudo o que a evolução pode fazer é
promover pequenas variações nos organismos que já estão vivos, sem nenhuma
alteração em seus aspectos básicos. Quando a Bíblia diz: "No princípio,
Deus criou" (Gn 1: 1), ela está nos apresentando um fato que precisamos
saber para entender todo o resto, incluindo para o que fomos criados e como
Deus quer que vivamos.
A
Bíblia também diz que Deus criou homens e mulheres à Sua própria imagem. Isso
também é um fato. Se não fosse verdade, não haveria ciência, porque nenhuma
teoria da evolução pode demonstrar como a inteligência surgiu, incluindo a
inteligência de pessoas mal orientadas que usam mal a ciência para tentar
explicar a criação sem permitir nenhuma função para Deus.
“No
princípio era a Palavra.” A Bíblia diz isso e, devidamente entendida, a
evidência da ciência a confirma. Qualquer um que diga o contrário está vendendo
fantasia, não fato.
Fonte:
JOHNSON, Phillip E. Evolution: Fact or Fantasy?
In CABAL, Ted (General Editor). The
Apologetics Study Bible: Understand Why You Believe – Real Questions, Straight
Answers, Stronger Faith. Nashville, Tennessee: Holman Bible Publishers,
2007
Tradução Walson Sales.
Muito legal o tema. Leitura fácil.
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