Jesus como sumo Sacerdote
Moisés recebeu ordem de Deus nos seguintes termos: "E me farão um santuário, e habitarei no meio deles. Conforme a tudo o que eu te mostrar para modelo do Tabernáculo, e para modelo de todos os vasos, assim mesmo o fareis" (Êx 25.8,9). Dali até o fim do livro, com exceção apenas dos capítulos 32,33 e 34, que trazem a história do bezerro de ouro e suas consequências, todo o espaço é ocupado com o Tabernáculo.
O Tabernáculo era uma tenda, um templo portátil, usado pelo povo de Israel no deserto. Estava viajando e precisavam armar e desarmar, conforme tivessem de acampar ou levantar acampamento.
O Tabernáculo era o lugar permanente da presença de Deus entre o seu povo. "E o meu Tabernáculo estará com eles, e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo" (Ez 37.27). Esta profecia tem aplicação ao futuro glorioso de Israel, porque antes Deus diz: "...e porei o meu santuário no meio deles para sempre" (Ez 37.26b).
Mas o Tabernáculo feito por Moisés e os israelitas naquele tempo era figura e sombra das coisas celestiais (Hb 8.5).
O conjunto de partes e objetos do Tabernáculo abrange, com o seu simbolismo, as doutrinas mais destacadas ou as verdades fundamentais da revelação do Novo Testamento. Quanto mais conhecermos os detalhes do Tabernáculo, mais entenderemos a obra redentora de Jesus Cristo. Ele, "...por um maior e mais perfeito Tabernáculo, não feito por mãos… por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção" (Hb 9. 11,12).
A epístola aos Hebreus explica o cumprimento da cerimônia do Tabernáculo na pessoa de Jesus, porém em quase todos os livros do Novo Testamento há alguma coisa, que só pode ser entendida com o conhecimento deste assunto.
Como símbolo, o Tabernáculo fala da presença de Deus: "E me farão um santuário, e habitarei no meio deles" (Êx 25.8). Além disso é tipo de Jesus Cristo, que é "ministro do santuário, e do verdadeiro Tabernáculo…" (Hb 8.2a).
Na Jerusalém celestial, não há templo porque o Senhor será o templo (Ao 21.22). O Tabernáculo lembra a presença de de Deus, mas o pecador só pode ir a Deus por Jesus Cristo.
O Tabernáculo não tinha porta, estava sempre aberto, como o Senhor Jesus está sempre pronto para receber o pecador.
Antes de pensar no significado das peças ou dos objetos que estavam no Tabernáculo, é proveitoso saber a significação de outros símbolos que aparecem ali, como: pontos cardeais, cores, metais e outros objetos. Tudo tinha um sentido espiritual.
A entrada era do lado do nascente. A mesa era do lado o norte, e o castiçal ao lado do Tabernáculo para o sul (Êx 40.22-24).
Na ordem das tribos no acampamento e na marcha pelo deserto, ficavam três ao nascente, três ao Sul, três ao ocidente e três ao norte (Nm 2.1-34). Os levitas ficavam ao redor do Tabernáculo, no meio dos exércitos (Nm 2.17).
Pontos cardeais
Norte. A idéia ligada a "norte" é de frio, refrescante. Os montes do Líbano, especialmente o Hermom, tinham neve.
Quando o Sol esquentava, a neve se derretia e fazia correr água na Palestina. No livro de Cantares (4.16), a noiva com o Jardim de flores e pede que o "vento norte" vá embora e dê lugar "ao vento Sul" para espalhar o aroma.
Sul. A brisa suave do Neguebe. O sul significa o que é agradável na vida, comumente uma situação agradável traz tentações ao descuido e relaxamento.
Os judeus dão às palavras direita e esquerda, o sentido do norte e sul. A direita para eles, "Iamin", donde vem o nome da região do "Iêmen", é a parte sul da Palestina.
O norte é chamado esquerda. A Síria, ao norte da Palestina, é chamada na língua árabe, "El-Scham", mão esquerda, ou norte. Na língua síria é "Shâmi", mão esquerda, ou norte.
A frente do Tabernáculo era para o nascente, assim à esquerda era o norte e à direita o sul.
Leste. O deserto, o vento quente. Era por onde vinha a ameaça dos inimigos.
Também é pelo leste que vem o dia, o nascer do sol e a esperança. Em Lucas 1.78 o Senhor Jesus tem o nome de "Oriente do alto".
Oeste. O mar, habitação de seres desconhecidos, a direção onde a luz se apaga. Em hebraico é "yam", que quer dizer o mar.
Em Isaías 17.12 e 13, a agitação das águas do mar representa a ira dos povos da terra.
As Cores
Branco - pureza. Azul - cor do céu. Púrpura - cor imperial. Escarlata - cor dos reis de Israel. Por isso vestiram a Jesus com um manto escarlata (MT 27.28). Carmesim - sangue. O Messias crucificado.
Os Metais
Ouro - o metal do santuário. Símbolo da divindade de Cristo.
Algumas vezes vem a expressão "ouro puro".
Prata. Simboliza a redenção, base de tudo, meio de aproximação entre o pecador e Deus. Conferir Êxodo 30.11-16; 38.25-28.
Em Eclesiastes 12.6, aparece "o cordão de prata", quer dizer o fio da vida.
Lembra a medula que tem a forma sim cordão Branco.
Quando se quebra, a pessoa morre.
Cobre - pode ser entendido também como bronze. Estava no pátio, o altar e a pia eram de cobre. Lembra a purificação. No pátio a pessoa se purificava: da culpa, no altar, oferecendo um sacrifício; na pia se purificava de qualquer contaminação, lavando-se com água.
Outros Objetos
Madeira - Tipo da humanidade de Jesus, usava-se madeira de lei, incorruptível. Na pia e no castiçal não havia madeira, porque seu sentido era: purificação, a pia; e luz divina, o castiçal.
Linho - Pureza e Santidade. Em Apocalipse 19.8b, lemos: "...o linho finíssimo são os atos de justiça dos santos".
As Partes do Tabernáculo
No Pátio - o altar de cobre para os sacrifícios e a pia.
No Lugar Santo - a mesa, o castiçal e o altar de incenso.
No Santo dos Santos - a Arca.
Próx domingo Continua…
O simbolismo de cada peça do Tabernáculo....
Via. Eziel Ferreira
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