Árvore muito comum em toda a parte das terras mencionadas no Velho Testamento. Seus frutos, esmagados, produziam o óleo ou azeite. Era símbolo de prosperidade e bênçãos divinas (SI 52.8 e Jr 11.16). Tornou-se também o ramo de oliveira em emblema de paz. Tanto o óleo como a árvore se usavam na Festa dos Tabernáculos. O azeite de oliveira era empregado de várias maneiras no ritual do culto judaico. Usava-se no Castiçal do Tabernáculo, servindo para alumiar. Fazia parte do óleo da unção (Êx 27.20;30.24; Lv 24.2).
A oferta de manjares levava azeite (Lv 2.6; 23.13), lembrando a consagração ou a comunhão com Deus. O azeite era artigo importante como alimento (1 Rs 17.12,16; e 2 Rs 4.2-7).
Ainda servia de remédio. O samaritano aplicou, nas feridas do homem que encontrou moribundo, azeite e vinho (Lc 10.34). Na santificação das coisas do Tabernáculo e na unção para exercer o ministério, usava-se azeite. Neste uso é símbolo do Espírito Santo, que nos santifica e unge para o testemunho de Jesus Cristo (ver Êx 30.29 e Lv 10.7).
A oliveira, como símbolo de Israel, vem na parábola apresentada por Paulo em Romanos 11.17-27. Os judeus são a boa oliveira (v 24), os gentios são a oliveira brava ou zambujeiro (v 17). Foram quebrados alguns ramos da boa oliveira e enxertados os da oliveira brava (vv 17,19).
Os frutos da oliveira brava são pequenos e menos abundante tes. Enxertando-se um ramo da boa árvore na oliveira brava, os frutos são melhores. Na alegoria de Paulo o processo foi diferente, os gentios, oliveira brava, foram enxertados na boa oliveira. Foi a bondade de Deus para com os gentios que fez isto. Recebemos assim a seiva que vem da raiz da boa árvore. "Se a raiz é santa, os ramos também o são" (v 16).
A raiz da árvore judaica é Abraão. Deus disse a Moisés: "..Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó..." (Ex 3.15b). Aparece como um Deus tríplice. Abraão é tipo de Deus Pai (Lc 16.22-25); Isaque é tipo de Deus Filho, especialmente na história do casamento (Gn 24): Jacó, pelo modo como foi guiado por Deus (Gn 28.15:31.3:32.24-30:35.1: 46.2-4), lembra o ministério do Espírito Santo, que nos guia em toda a verdade (Jo 16.13). A raiz é tríplice e proveniente de Deus. Se ela é santa, os ramos ligados a ela participam da santidade.
Os judeus e os gentios crentes em Cristo são iguais, filhos espirituais de Abraão, participam da raiz e dos frutos da boa oliveira de Deus, por Cristo que foi semente de Abraão.
O endurecimento ou cegueira de Israel "...até que a plenitude dos gentios haja entrado" (Rm 11.25b) - não está falando dos tempos dos gentios que é expressão profética com outro sentido (Lc 21.24). Aqui se refere aos gentios salvos pela pregação do Evangelho. Quando for salvo o último dos que Deus conhece, estará completo o número.
Deus não rejeitou seu povo de Israel, não temos razão para considerá-los rejeitados; foram separados, mas os que não permaneceram na incredulidade serão enxertados (v 23). "Se tu foste cortado do natural zambujeiro, e, contra a natureza, enxertado na boa oliveira, quanto mais esses, que são naturais, serão enxertados na sua própria oliveira” (Rm 11.24).
Além do óleo, a madeira da oliveira que era utilizada pelos marceneiros estava nos objetos sagrados. Os querubins do Templo eram feitos de madeira de oliveira (1 Rs 6.23) e a porta do Santo dos Santos (1 Rs 6.31-33). Quer dizer que os judeus tomaram parte na fundação da Igreja de Jesus Cristo. Os apóstolos, colunas da Igreja, e os primeiros cristãos eram judeus.
Por Joel Leitão - (sombras tipos e mistérios da Bíblia)
Via: Eziel Ferreira.
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