quarta-feira, 2 de setembro de 2020

VIOLÊNCIA EM NOME DE DEUS?


POR LEONARDO MELO.


INTRODUÇÃO.


As fontes históricas que procuram examinar e investigar a exatidão dos textos Bíblicos, principalmente os referidos ao A. T., quaisquer que sejam elas,  Jeovista(J), Elohista(E), Sacerdotal(P) e Deuteronomista(D), todas concordam invariavelmente com os relatos registrados na Bíblia Sagrada, como a Palavra de Deus e que esta  revela para a humanidade um Deus que é Criador de todas as coisas (creatio ex nihilo), criador (Livró), Justo(Saddiq), Amoroso(hesed), Misericordioso(Hannûn), Benigno(‘Emeth), Fiel(‘emûnâ), Compassivo (rahâmin), Verdadeiro, Reto(Yãsãr), dentre outras virtudes morais, além das suas excelências naturais, tais como Incognoscível, cognoscível, Espírito, Eterno, Onisciente, Onipotente, Onipresente e outras que demonstram todo o seu poder e majestade. Desde o A. T., Deus se revelou a seu povo Israel, como um Deus zeloso e todos os que o servem, Ele se manifesta como um bom pastor, cf. Sl. 23. Jo. 10.2-4,11 e 14. Deus não é um monstro moral como alguns filósofos, ateístas, apóstatas, Teístas, líderes de falsas religiões e céticos atestam. Deus apenas age segundo sua misericórdia e justiça para com todos. A medida do amor de Deus está para sua justiça, assim como a verdade está para sua equidade e retidão. Com Deus nunca o direito do justo sai pervertido, todos nós somos confrontados sempre em balanças justas, cf. Pv. 16.11; I Sm. 2.3; Is. 26.7, 40.12; I Jo. 3.7, Sl. 119.6,62, 137,  145.17,129.4, ss.


A despeito da opinião preconceituosa e racista do ateu Richard Dawkins acerca das ações militares do exército de Israel em inúmeras batalhas que ele participou, classificando-as como limpeza etníca, genocídios e outras ações de cunho violento, Paul Copan esclarece: “Uma revisão dos métodos de guerra de Israel revela o contrário. O exército de Israel simplesmente  não agiu como uma horda de sanguinários ou belicistas maníacos. Por um lado, as consequências das vitórias de Josué são descrições puramente sumárias em comparação com as encontradas nos anais dos grandes impérios antigos do Oriente Próximo: os impérios hititas e egípcios (II milênio a.C.), os impérios Aramaicos, Assírios, Babilônicos, Persas, ou gregos(primeiro milênio a.C.). ao contrário da breve descrição de Josué, dos versos sobre o tratamento dos Cinco Reis[Js. 10.24-27], os assírios exultavam com todos os detalhes de suas explorações sangrentas e brutais. Os anais dos Neo-Assírios de Ashurnasirpal  II [883-859 a.C.] se delícia em escrever o esfolamento de vítimas vivas, a empalação de pessoas em postes, e os corpos amontoados para demonstração. Eles se gabavam de como o rei mandava  decapitar  os cadáveres e colocava  as cabeças empilhadas;  e relatavam como o rei mandava arrancar  os olhos  das tropas  e cortar suas orelhas  e membros , seguido pela exibição  suas cabeças pelas ruas da cidade”. Ainda segundo Copan, “[...] todas as batalhas sancionadas por Yahweh depois do tempo de Josué foram defensivas, incluindo a batalha de Josué  para defender Gideão [Js. 10-11]. É claro que, enquanto certas batalhas ofensivas  ocorreram durante o tempo dos juízes  e sob Davi e mesmo depois dele, estas não são recomendadas  como ideais ou exemplares. Também vimos que a luta para sobreviver  não era apenas uma aventura; era um modo de vida no antigo Oriente Próximo. Tais circunstâncias  não eram ideais, evidentemente, mas essa era a realidade”.[COPAN. 2016. pg. 208-209]. Esse fragmento exposto sobre a posição bélica de Israel desmitifica a visão daqueles que acusam a Deus como um monstro moral, na definição de Copan. Essa realidade fim sobre as ações de Deus no comandamento de seus exércitos  apenas  expõe  a natureza justa, santa, reta e amorosa de Deus, ainda que pareça paradoxal.  


É esse mesmo DEUS, o Deus de Abraão, Isaac e Jacó que é o Deus do Novo Testamento. Jesus é Deus! E foi exatamente por amor que o Eterno enviou seu Filho Jesus para morrer pela humanidade, haja a vista a amplitude do pecado ser universal. E foi essa universalidade do pecado que motivou a Deus entregar seu Filho em sacrifício para libertar o homem das amarras da morte, do inferno e vencer a satanás e o pecado, através do sangue de Jesus pela sua entrega na cruz, lá no calvário. Por Amor. E todos quanto aceitam a Jesus como seu Salvador pessoal estão consciente que o sofrimento fará parte da sua jornada na terra como discípulo de Cristo. Esta é a marca fundamental do Cristianismo Amor e sofrimento por obediência ao Grande Yeshua, como bem disse o apóstolo Paulo ao escrever ao jovem pastor Timóteo: “E também  todos os que piedosamente  querem viver em Cristo Jesus, padecerão perseguições”, II Tm. 3.12. O próprio Cristo afirmou que, quem quiser seguir à Ele, negue-se a sí mesmo e tomasse a sua cruz e seguisse o caminho em sua presença, cf. Mc. 8.34. Cristianismo significa  renúncia e amar á Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a sí mesmo, sofrimento, dor, aflição e até morte, nunca matar em come de Jesus, faz parte do Shemá de Israel e da vida cristã, cf. Dt. 6.4-9; Mt. 22.36-40. Não há como caracterizar os valores judaico-cristãos e a crença em Yaveh e Yeshua como sendo uma crença que conduza seus filhos ao ódio. Diferentemente, há religiões que propagam o ódio, a carnificina, a mortandade, a perseguição a todos quanto não seguem suas doutrinas, verdadeiras religiões que tem seus alicerces no ódio a quem eles consideram como  inimigo.


A RELIGIOSIDADE DAS CIVILIZAÇÕES PRIMEVA E SEUS DEUSES. 


Através dos séculos,  desde que o homem começou a se organizar em sociedade e passou a se inclinar á adoração as divindades, percebemos a alienação que os homens acometeram em se prostrar aos deuses que na verdade são invocações á demônios e ao próprio satanás, desviando-se assim do propósito maior que é o adorar ao Deus Único e Verdadeiro, o que criou os céus e a terra. Obviamente que o nosso adversário-mor satanás está por traz dessa rebelião contra o Criador e dessa falsa adoração. Se analisarmos o panteão religioso que envolvia as religiões da antiguidade concluiremos através dos relatos baseados nas descobertas   arqueológica e em alguns manuscritos e tabuinhas de argila preservados até hoje e nos livros de história universal, que os deuses adorados no Oriente Próximo eram em sua maioria imorais, depravados e violentos. Essa situação é comprovada através dos séculos e se perpetua até hoje com por exemplo, o Islamismo. Está escrito. ALCORÃO. 1970. Pg. 44) sura 4.56 “As mulheres”:“os que rejeitam nossos sinais, breve joga-los-emos no fogo. cada vez que suas peles forem queimadas, substituí-las-emos por outras para que continuem a experimentar o suplício. deus é poderoso e sábio”. Ainda encontramos a violência islâmica nas seguintes suras contidas no Alcorão: “o castigo dos que fazem guerra a deus e a seu mensageiro e semeiam a corrupção na terra, é serem mortos ou crucificados ou terem as mãos  e os pés decepados, alternadamente, ou serem exilados do país: uma desonra neste mundo e um suplício no além”. Sura 5: “A mesa servida”. 5.33, pg. 54. O Alcorão na Sura 9: “O Arrependimento”, vers. 5, pg. 95 está escrito: “mas quando os meses sagrados tiverem transcorridos , matai os idólatras onde quer que os encontreis, e capturai-os e usai de emboscadas contra eles. Se se arrependerem e recitaram a oração e pagarem o tributo, então libertai-os. Deus é perdoador e misericordioso”. Para quem não crer na violência islâmica, veja a Sura 66 e versículo 9, pg. 313 “As proibições” : “Ó profeta, combate os descrentes e os hipócritas e sê severo para com eles. A Geena será sua morada”. Este exemplo, mostra que o deus muçulmano requer dos seus súditos uma ação vigorosa e violenta a fim de propagar, expandir a religião islâmica. Porém, não é privilégio da religião islâmica o prover a violência nem do seu deus estimulá-la; desde a antiguidade, as primeiras religiões produziram também deuses que eram guerreiros e violentos.


A RELIGIÃO CANANEIA E SEUS DEUSES.


Segundo (FOHRER. 2012. pg. 52-67): “A religião cananeia, uma das primeiras religiões a surgir no mundo antigo, ostenta a sua imagem peculiar, que a distingue de outras religiões. É uma religião nacional vinculada  a uma civilização organizada em Cidade-Estados.  Ela pressupõe uma condição geral da graça divina, que em benefício do povo, deve ser preservada  e restaurada continuamente. Quanto ao seu conteúdo, é uma religião de vida, fertilidade renovada e  como todas as religiões deste tipo é sensual, orgíaca, cruel e violenta. Essa religião é uma das  mais antigas que também produziu seus deuses. As escavações da cidade fenícia de Ugarit, que tem sido escavada desde 1929, trouxeram descobertas surpreendentes acerca do panteão cananeu, tornando-se assim essas descobertas de uma importância ímpar para o conhecimento da religião cananeia através dos documentos e textos, além de que a religião cananeia é cercada de mitos e lendas, como por exemplo o ciclo de mitos de Ugarit pertencente a Baal e outras lendas”. Dentre as descobertas arqueológicas que tem contribuído imensamente para a compreensão dos povos cananeus e sua estrutura social em todos os aspectos, podemos citar três tipos de descobertas  de importância religiosa e histórica:


1. Monumentos arqueológicos, tais como vestígios de templos , altares, instrumentos cúlticos, representações de divindades de pedra, metal e marfim; locais de sepultamentos com ofertas funerárias, e provisões para certos rituais;


2. Documentos da vida cúltica diária, tais como, listas de deuses e sacrifícios, normas rituais e orações;


3. Os primeiros vestígios da literatura religiosa cananéia, em forma de epopeias poéticas, cujo assunto pode ser mito, saga e lenda. Por fim, há comprovações com farto material arqueológicos acerca da religão cananeia e os deuses que eram adorados por eles;


Deuses cananeus cultuados e suas formas litúrgicas de adoração com base nos textos ugaríticos. Observem que as suas ações estão impregnadas também de violência.


1. Anat. É irmã e consorte de Baal. Ela é chamada “virgem Anat, como expressão de sua juventude e de inesgotáveis poderes  de vida e concepção. Assim, por um lado de sua natureza , ela tem uma exagerada sexualidade, por outro, é sequiosa de guerra e sanguinária”.


2. Ashtar. Também foi adorado em Ugarit, embora os textos falem pouco dele. Depois que Baal derrotado por Mot( deus que tem domínio sobre a morte) chamado de sucessor de Baal. Como o deus do sul da Arábia que tem o mesmo nome, parece  está ligado a Vênus, a estrela da tarde. Como mostra inscrição de mesha , moabita, foram-lhe oferecidos sacrifícios humanos.


3. Resheph. Foi adorado do terceiro ou segundo milênio em diante, especialmente na região cananeia, mas também distante  na Ásia Menor e no Egito, bem como em Ugarit como demonstram a sua presença em textos cultuais e litúrgicos e em nomes de pessoas. Nele encontramos uma combinação de violência destruidora, como o deus babilônico Nergal, com beneficiência, que faz dele um deus de paz e de prosperidade, um verdadeiro paradoxo.


OS PANTEÕES RELIGIOSOS DO  EGITO.


Os faraós são considerados personificações de deuses e os sacerdotes constituem uma casta culta e de grande poder político. O monoteísmo acontece apenas durante o reinado do faraó Amenofis IV, que muda seu nome para Akenaton, em homenagem ao deus-sol. As pirâmides e os templos são alguns dos registros da religiosidade do povo egípcio, da multiplicidade de seus deuses e do esplendor de seus cultos. Até a unificação dos povos do vale do rio Nilo e o surgimento das dinastias dos faraós (3.000 a.C.), existem no Egito vários grupos autônomos, com seus próprios deuses e cultos. Divindades egípcias:


A principal divindade é o deus-sol (Rá). Ele tem vários nomes e é representado por diferentes símbolos: Atom, o disco solar; Horus, o Sol nascente. Os antigos deuses locais permanecem, mas em segundo plano, e as diferentes cidades mantêm suas divindades protetoras. Várias divindades egípcias são simbolizadas por animais: Anúbis, deus dos mortos, é o chacal; Hator, deusa do amor e da alegria, é a vaca; Khnum, deus das fontes do Nilo, é o carneiro e Sekmet, deusa da violência e das epidemias, é a leoa. Nas últimas dinastias difunde-se o culto a Ísis, deusa da fecundidade da natureza, e Osíris, deus da agricultura, que ensina as leis aos homens.


DEUSES SUMÉRIOS.


Os primitivos deuses sumérios são Anou ou Na, deus-céu,; Enki ou Ea, deus que é venerado ora como o deus-terra ora como deus-água; Enlil, deus do vento e mais tarde, deus da terra; Nin-ur-sag, também chamada de Nin-mah ou arurru, a senhora da montanha. A hierarquia entre esses deuses muda com o tempo. No início da civilização suméria, Anou ocupa a principal posição. Depois, o deus supremo passa a ser Eniil, considerado o regente da natureza, o senhor do destino e do poder dos reis.


DEUSES BABILÔNICOS.


Os semitas (babilônios e assírios) incorporam os deuses sumérios, trocam seus nomes e alteram sua hierarquia. Anou, Enki e Enlil (chamado de Bel) permanecem como deuses principais até o reinado de Hamurabi. Eles veneram Sin, o deus-lua, e Ishtar ou Astarté, deusa do dia e da noite, do amor e da guerra. No reinado de Hamurabi, o deus supremo passa a ser Marduk, o mesmo Enlil dos sumérios e Bel dos primeiros babilônios, porém mais poderoso. Chamado de pai dos deuses ou criador, Marduk sobrevive com o nome de Assur, deus supremo da Assíria, quando esse povo domina a Mesopotâmia. A religião mesopotâmica de herança sumeriana e ampliada por seus sucessores tinha aproximadamente 3.000 deuses. 


RELIGIÕES DA MESOPOTÂMIA


A Mesopotâmia é a região delimitada pelos vales férteis dos rios Tigre e Eufrates (atual sul da Turquia, Síria e Iraque). Ali surgem povos e civilizações tão antigas como a do Egito: os sumérios e os semitas, estes divididos em acádios, assírios e babilônios. Os sumérios são os primeiros a inventar a escrita – os caracteres cuneiformes. Descobertas arqueológicas e a decifração da escrita cuneiforme têm revelado as tradições culturais e religiosas desses povos. Entre os documentos decifrados destacam-se alguns anteriores ao século XV a.C.: o código de Hamurabi, com as leis que regem a vida e propriedade dos súditos do imperador Hamurabi (1.728 a.C.?-1.686 a.C.?); Enuma elis, poema babilônico da criação, e a Epopéia de Gilgamesh, relato da vida do lendário soberano de Uruk, cidade suméria nas margens do rio Eufrates. Também na região Mesopotâmica há influência de inúmeros deuses devido aos povos que ali habitavam, eles eram politeístas, e assim como em outras regiões, seus deuses também agiam com violência como Erra(Nergal), deus da guerra, da morte,  da destruição e dos conflitos; Irra, deus das pragas, mortes, guerras, pestilências, é associado á Nergal, temos ainda dentre inúmeros deuses que compõem o panteão mesopotâmico Adramelech, um deus retratado como um demônio maligno e que eram oferecidas crianças nos cultos de invocação a esse demônio. É retratado na Bíblia negativamente, II Reis 17.31, entre outros. 


Na Grécia, Os deuses gregos representam forças e fenômenos da natureza e também impulsos e paixões humanas. Moram no Monte Olimpo e de lá controlam tudo o que se passa entre os mortais. O panteão grego inclui semideuses, heróis e inúmeras entidades, como os sátiros e ninfas, espíritos dos bosques, das águas ou das flores. Deuses olímpicos


O principal deus grego é Zeus, o pai e rei dos deuses e dos homens. Cultuado em toda a Grécia, é o guardião da ordem e dos juramentos, senhor dos raios e dos fenômenos atmosféricos. Hera, irmã e esposa de Zeus, preside os casamentos, os partos, protege a família e as mulheres. Atena, ou Palas Atena, nasce da cabeça de Zeus, já completamente armada. É a deusa da inteligência, das artes, da indústria e da guerra organizada. Apolo, filho de Zeus e da deusa Leto, é o deus da luz da juventude, da música, das artes, da adivinhação e da medicina. Dirige o “carro do Sol” e preside os oráculos.


Artemis, irmã gêmea de Apolo, é a deusa-virgem, símbolo da vida livre, das florestas e da caça. Afrodite, deusa da beleza, do amor e da volúpia sexual, é casada com Hefestos ou Hefaísto, filho de Zeus e de Hera, feio e disforme, protetor dos ferreiros e dos ofícios manuais. Hares (Ares), filho de Zeus e Hera, é o deus da guerra violenta. Poseidon ou Posídeon, irmão de Zeus, é o deus do mar. Hades, irmão de Zeus, governa a vida após a morte e a região das trevas – espécie de inferno grego. Deméter é a deusa da agricultura. Dionísio, deus da videira e do vinho. Hermes, filho de Zeus e da ninfa Maia, é o mensageiro dos deuses, protetor dos pastores, dos negociantes, dos ladrões e inspirador da eloquência. A religiosidade grega não se expressa através de textos sagrados Os deuses estão presentes em todos os aspectos da vida cotidiana, e são reverenciados por um conjunto de práticas e rituais realizados em bosques sagrados, templos ou cumes de montanhas. Os sacerdotes consagram a vida ao culto de um deus específico e, nos templos, presidem sacrifícios, transmitem e interpretam oráculos.


Religião na Roma antiga e seus deuses. A primitiva religião dos romanos é formada pela fusão das tradições dos povos etruscos e itálicos, antigos habitantes da península itálica Tem acentuado caráter doméstico, expresso nas divindades protetoras da família (Lares), nas preces e oferendas rituais cotidianas, nos sacrifícios propiciatórios pela paz, para pedir bom tempo ou boas colheitas, e no culto aos mortos. Cultuam inúmeras divindades menores (Numes), relacionadas com elementos naturais e com aspectos da vida humana. Primeiros deuses romanos - Entre os deuses primitivos destacam-se Janus, que durante muito tempo reina sobre os demais deuses; Juno, protetora dos casamentos, das mulheres e dos partos; Júpiter, deus da claridade e dos fenômenos atmosféricos; Deméter, deusa da agricultura e da fertilidade; Marte, considerado o “pai dos romanos”, senhor da guerra e das atividades humanas essenciais; e Quirino, antigo deus da agricultura, muitas vezes associado a Marte.


Já na República e no Império, o panteão romano passa a ser dominado por uma tríade divina – Júpiter, Juno e Minerva – e começa a incorporação dos  deuses gregos. Júpiter é Zeus, Juno é Hera, Minerva é Atena, Apolo transforma-se em Helius e sua irmã, Artemis, em Diana, a caçadora. Hermes, o mensageiro dos deuses gregos, é o Mercúrio romano. Poseidon, deus grego do mar, é assimilado como Netuno, seu irmão Hades é Plutão, e Cronos, deus primitivo grego, pai de Zeus, Netuno e Plutão, é associado à Saturno, também um antigo deus romano. Os Cultos romanos incluíam os sacerdotes, estes são pouco numerosos. Os cultos mais importantes são os dedicados ao culto de Janus. são realizados não só em templos, como também nas próprias casas. Orações, sacrifícios e promessas compõem os rituais. Aos poucos, os sacerdotes ampliam seu poder político a ponto de confundirem-se com o Estado. Na República, o colégio dos pontífices já regula completamente a vida religiosa e, na época do Império, o cargo de pontífice máximo é disputado pelo próprio imperador.


Nos panteões das principais religiões do Oriente Próximo e das civilizações  gregas e romanas,   dentre todos, há  aqueles que são invocados para proteção na guerra e que exigiam em seus rituais sacrifícios humanos. As civilizações inexoravelmente, foram influenciadas por essas violências que emanavam de  cada deus que cultuavam e tinham essa finalidade, comandar a guerra, a violência.


Diferentemente, o  apóstolo Paulo a semelhança de seu Mestre quando escreve uma de suas cartas á Igreja que estava em Corinto, cf. I Co. 13, ele foi bastante enfático ao descrever no cap. 13  que a Lei maior que rege os servos de Deus é o amor e sem amar ninguém tem condições de ver e seguir á Deus verdadeiramente. Foi isso que o Grande Yeshua falou quando indagado sobre o cumprimento da Lei, cf. Mc. 12.28-31: “Aproximou-se dele um dos escribas que os tinha ouvido disputar, e sabendo que lhes tinha respondido bem, perguntou-lhe: Qual é o primeiro de todos os mandamentos”? “E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor”. ”Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento”. ”E o segundo, semelhante a este é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes”. Está resumido nesses dois versículos e em dezenas deles escritos na Bíblia Sagrada, a essência, o cerne da religião cristã, o amor. O próprio Jesus afirmou que não há mandamento maior nem Lei maior do que a Lei do amor, pois, quem ama tem a Deus e verá a ELE, e é essa promessa maior do Cristianismo que está arraigada a esperança da Igreja.


CONCLUSÃO.


Ante os fatos exposto sobre as divindades das primeiras civilizações e suas formas litúrgicas cúlticas de adoração, percebemos uma característica peculiar aos seus panteões religiosos, sempre há um deus ou divindade responsável pela guerra, pelas trevas e pelo inferno. Isto denota o caráter violento dessas divindades, isto é óbvio, não há como fugir desta realidade, ela é latente, real. E atualmente existem religiões que preservaram ou foram influenciadas por esta visão violenta de dominação e poder através da morte para aqueles que desafiarem ou contrariarem seus deuses. De uma forma ou de outra, em todos os tempos houveram e há sistemas religiosos que avocam para sí a verdadeira religiosidade ou verdadeiro culto á Deus. E nesse afã de provarem estarem do lado da verdade cometem atrocidades terríveis. A História Universal comprovam estas assertivas. Ainda hoje a Inquisição perpetrada pela Igreja Católica 


Apostólica Romana, a fim  de impor seus dogmas á sociedade de sua época iniciando na Espanha (Séc. XVI ao Séc. XVIII) é uma marca e uma mancha que eles tem como emblema e que estará para sempre registrada nos anais da história;  outra religião que usa de meios violentos para implementar seus dogmas religiosos é a religião islâmica, o Islamismo, onde é obrigado a observância da Sharia(Lei islâmica) mesmo em países majoritariamente Evangélicos ou Católicos ou Laicos, aqueles que o seguem nesses países tem que observar tais preceitos islâmicos, cf. Sura 5.51 “Ó fiéis, não tomeis por confidentes nem os  judeus nem os cristãos”; ainda, conforme (HUNT. 2007. Pg. 120) ”A operação religiosa [...] considerada como ‘a era de ouro’... teve início com Abd al-Malik(o quinto califa omíada/685-705 d.C.). A destruição de Igrejas e conventos (e sinagogas) foi perpetrada numa escala tão grande em todo o império árabe, que em 830, Ma’mum(califa abássida/ 786-833 d.C.) proibiu mais destruições sem a sua permissão. Entretanto, durante o califado de al-Mutawakkil(847-861 d.C.), uma onda de perseguições religiosas, conversões forçadas e eliminação de Igrejas  e sinagogas infestou todo o império abássida”.


A Sura 8 que tem como sub-tema “os espólios”, no versículo 12 afirma: “E quando teu senhor disse aos anjos: Sim, estou convosco. Fortificai os crentes. Infundirei o terror no coração dos descrentes. Separai-lhes a cabeça do pescoço; batei em todos os seus dedos”,  porventura isso não é apologia á violência religiosa? Diferentemente do Cristianismo, o problema é que os fundamentos estabelecidos no Corão  e ensinados e exemplificados por Maomé, envolvem força, violência e assassinatos a fim de expandir o Islamismo”, cf. HUNT, pg. 217. 2007. 


Uma das estratégias dos muçulmanos é desconstruir a imagem deles como uma religião de violência e para isso usam as mídias sociais. Em dezenas de sites islâmicos, eles usam de proselitismo a fim de enganar aqueles que não conhecem suas ideologias sanguinárias nem conhecem o Alcorão. Por exemplo veja uma parte de um artigo em um site islâmico sobre Mohamed que foi  publicado: https://www.islamreligion.com/pt/articles/2626/quem-e-o-profeta-muhammad/: O profeta Muhammad, que a misericórdia e bênçãos de Deus estejam sobre ele, é o homem amado por mais de 1,2 bilhões de muçulmanos.  É o homem que nos ensinou paciência em face de adversidade e a viver nesse mundo, mas buscar a vida eterna.  Foi ao profeta Muhammad que Deus revelou o Alcorão.  Junto com esse Livro de orientação Deus enviou o profeta Muhammad, cujo comportamento e altos padrões morais são um exemplo para todos nós.  A vida do profeta Muhammad foi o Alcorão.  Ele o compreendia, amava e viveu sua vida baseado em seus padrões.  Ensinou-nos a recitar o Alcorão, a viver de acordo com seus princípios e a amá-lo.  Quando os muçulmanos declaram sua fé no Deus Único, também declaram sua fé de que Muhammad é o servo e mensageiro final de Deus. Quando um muçulmano ouve o nome de Muhammad ser mencionado, pede a Deus que envie bênçãos sobre ele.  O profeta Muhammad era um homem, um ser humano como qualquer outro homem, mas seu amor pela humanidade o destaca.  Os muçulmanos amam o profeta Muhammad, mas seu amor por nós faz dele um homem como nenhum outro.  Ansiava pelo Paraíso não apenas para si mesmo, mas também para todos nós.  Chorava não apenas por si mesmo, mas por sua Ummah e pela humanidade.  Frequentemente era ouvido dizendo: “Ó Deus, minha Ummah, minha Ummah”. Uma verdadeira mentira! O Islã, sim é uma religião de violência e para aqueles taxados de infiéis se não quiserem morrerem, aceitem a Allah.


Porém, ao analisarmos as Sagradas Escrituras, facilmente compreenderemos que YAHVÉ é um Deus compassivo, benigno, amoroso, reto, justo, fiel, verdadeiro, sábio, que age com equidade e protege todos quanto clamam por seu socorro e justiça e é incomparável, cf. Dt. 7.9, 19.8, 32.24; Sl.7.11, 90, 46, 91, 136; 25.8; 116.5; 119.138;  Lc. 18.19; Lm. 3.25; I Jo. 3.7; I Co. 10.13; II Co. 1.18; I Ts. 5.24; Jd. 25; Ap.3.14;  Só os céticos o taxam como um monstro moral. No livro do profeta Zacarias, Deus é muito claro Quando afirma que o servir á Ele nada deve ser por imposição, mas de maneira voluntária, Zc. 4.6 “E respondeu-me, dizendo: Esta é a palavra do Senhor a Zorobabel, dizendo: Não por força nem por violência, mas sim pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos”. O salmista fala sobre aqueles que querem impor suas ideias religiosas  como alguém que tem um colar em seus pescoço e como homenagem  a soberba, o recobre e tem como adorno a este colar, a violência, Sl. 73.6. Deus ama o homem de uma forma inexplicável, cf. Jo. 3.16, que desceu as baixezas da terra para salvar o homem da maldição do pecado. Só um Deus que ama agiria dessa maneira, e até hoje está pronto a perdoar todos quanto se arrependerem dos seus pecados e o confessarem independente de etnia, raça, povo, língua ou nação. Jesus Cristo se doou em sacrifício vivo, morreu como maldito, crucificado por amor, por aquele que é a coroa da criação, o homem. Jesus morreu por nós. Por amor.


FONTE.


1. ALCORÃO. Trad. Mansour Challita R. de Janeiro. Editora Record/Associação Cultural Internacional Gibran.  1ª edição. 1970. 355 pg.


2. BÍBLIA SAGRADA – O Antigo e o Novo Testamento. ARC – com referências e algumas variantes. Imprensa Bíblica Brasileira. R. de Janeiro. 86ª impressão. 1996. 1442 pg.


3. FOHRER, Georg. História da Religião de Israel. Trad. Josué Xavier. S. Paulo/S. André. Edição Academia Cristã/Paulus. 2012. 542 pg.


4. MANTRAN, Robert. Expansão Muçulmana (Séculos VII – XI).Trad. Trude Von Laschan Sosltein. S. Paulo. Livraria Editora Pioneira. 1977. 265 pg.


5. GARELLI, Paul & NIKIPROWETZKY, Valentim. O Oriente Próximo Asiático – Impérios mesopotâmicos e Israel. Trad. Emanuel O. Araújo. S.Paulo. EDUSP. 1977. 338 pg.


6. CULICAN, William. Medos e Persas. Trad. Jerônimo Ludovice. Lisboa/Portugal. Editorial Verbo. 1968. 265 pg.


7. DONNER, Herbert. História de Israel e dos povos vizinhos. Trad. Claúdio Moz & Hans  A. Trein. Vol. I. S. Leopoldo/R. g. do Sul. Editora Sinodal/ASTE. 2015. 7ª edição. 280 pg


8. VICENTINO, Claúdio. História Geral. S. Paulo. Ed. Scipione. 2002. 512 pg.


9. HUNT, Dave. O Dia do Juízo! O Islã, Israel e as Nações. Trad. Lucila Marques P. da Silva. R. G. do Sul. 2007. Editora Chamada da Meia-noite. 411 pg.


10. https://www.islamreligion.com/pt/articles/2626/quem-e-o-profeta-muhammad/acessado em 12/03/2020.


11. http://www.islambr.com.br/acessado em 12/03/2020.


12. COPAN, Paul. Deus é um monstro moral? Entendendo Deus no contexto do Antigo Testamento. Trad. Walson Sales. Alagoas/Macéio, 2016.  Editora Sal Cultural.


13. https://www.portalsaofrancisco.com.br/arte/religioes-na-antiguidade, acessado em 10/02/2020

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