terça-feira, 10 de novembro de 2020

A ILUSÃO RELIGIOSA DO ECUMENISMO.


POR LEONARDO MELO.


INTRODUÇÃO.


Após a queda do homem, e no transcorrer das primeiras civilizações a motivação religiosa passa  a ser centralizada em um sistema religioso único que atenda ao anseio de todos. Era essa a visão de Ninrode, que foi considerado o precursor da religião única, do governo único. Porém, com o avanço e desenvolvimento das civilizações, vieram os panteões religiosos. Agora o homem passa a cultuar dezenas,  até centenas de divindades e cada uma delas com uma atribuição específica. Havia deus para todas as situações e momentos. O politeísmo ganha uma força descomunal. Mesmo com “o deus” institucionalizado pelos monarcas dos diversos impérios, havia outros deuses que igualmente eram cultuados pela população e que competiam com os deuses oficiais. E essa realidade foi verificada nos impérios egípcios, mesopotâmicos, babilônico, assírio, Meso-Persa, enfim, os impérios do Oriente Próximo eram extremamente politeístas.


Porém, ao avançar dos séculos, e já pós Idade Média, o  homem influenciado pelas várias correntes filosóficas e religiões, passa do politeísmo a uma descrença total em um Deus, assim como, ganha força o monoteísmo, há uma polarização sócio-religiosa. A Teologia perde sua influência e cresce o número dos sem religiões e consequentemente o politeísmo também não mais exercer a força que exercia anteriormente, embora que ele esteja influenciando as vidas das pessoas de maneira sutil em alguns grupos religiosos e nações do mundo, principalmente as nações asiáticas. Todavia, no cenário atual a tendência é o homem tornar-se ecumênico, é  abraçar o mesmo deus, estar unido com seu irmão[de outra religião ou a religião cristã, não importando seu credo religioso]. E o interessante é que uma parte da Igreja do Senhor Jesus estar avançando para abraçar essa idéia. Fiquemos atentos, pois, ecumenismo não tem nada do “Verdadeiro Cristianismo”.


NÃO HÁ MISTURA ENTRE LUZ E TREVAS.


Jesus Cristo afirmou que nós somos o sal da terra e a luz do mundo. Então, como tal temos limites relacionais com as outras religiões. Não há a mínima possibilidade de se dividir o púlpito da verdadeira Igreja Cristã com aqueles que não professam a mesma fé e dogma. Para o Senhor Jesus não existe meio termo, ou se estar com Ele ou não. Hoje percebemos muitas alianças entre, por exemplo, lideranças  católicas romanas e alguns líderes de  Igrejas que se rotulam de protestantes. Há atualmente um movimento em curso para a unificação das Igrejas. É um dos objetivos do Vaticano, ampliar o discurso e se aproximar mais dos protestantes através do seu famigerado “diálogo entre as religiões”.


O que significa a palavra Ecumenismo? Ecumenismo é uma palavra que vem do termo grego “Oikoumene”, significando mundo habitado ou “aquilo que pertence a este mundo”. É uma palavra usada mais no meio religioso. Segundo o dicionário Aurélio, ecumenismo é um movimento que visa á unificação das igrejas cristãs[católica, ortodoxa e protestante]. Em uma definição eclesiástica mais abrangente, diz que é a aproximação, cooperação, a busca fraterna da superação das divisões entre as diferentes religiões igrejas cristãs.

De cara, percebemos que este movimento não é um movimento cristão autêntico, pois, como aliar-se com os católicos se em questões fundamentais doutrinárias há divergências e um abismo profundo entre eles e nós cristãos  protestantes ? não há como nos furtar de algumas perguntas, a grande questão é; qual o objetivo principal deste movimento? Porque eles[católicos romanos] querem se aproximar dos evangélicos? O que estar por trás de tudo isso? Qual a real motivação?


Atualmente já temos a nível nacional o Conselho Nacional de Igrejas[CONIC] e a nível mundial o Conselho Mundial de Igrejas[CMI] ambos de orientação ecumênica. É oportuno enfatizar que a Igreja Evangélica é o Corpo Místico de Cristo na terra. A unidade vai além das denominações, é muito mais profunda e ampla é uma relação estritamente espiritual. Não há perspectivas plausíveis para se fundirem em um só sistema religioso católicos e protestantes. Temos diferenças doutrinárias irreconciliáveis. Há um jargão entre os católicos que diz: “doutrina divide, espírito une”, percebemos claramente essa afirmação um cunho ecumênico. É isso que eles querem, uma justiça social que atinja todos os povos, um relacionamento harmonioso entre todas as religiões sem preconceitos e fanatismos que possam levar a uma cisão dos relacionamentos inter-religiosos. Analisando as propostas ecumênicas, entendemos esse movimento tem  uma forte influência da teologia libertatória  de Boff e Gutiérrez. O foco é estar em harmonia com a natureza e os homens. A questão é o terreno e não o espiritual. Jesus foi muito claro e objetivo quando afirmou: “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele”, I João 2.15. nós não somos daqui, aguardamos um novo céu e uma nova terra. Somos peregrinos e forasteiros neste mundo. Nada que remeta ao secular, ao homem, ao mundo, tem algum valor diante de Deus.


Como um verdadeiro mosaico religioso, o movimento ecumênico conclama todos de várias religiões a uma aproximação fraternal onde os preconceitos e ódios precisam ser esquecidos e extintos. Hoje, também fazem parte do CONIC, igrejas de todas as matizes e credos, além de líderes religiosos de outros segmentos e orientação religiosa, assim como a Igreja da Comunidade Metropolitana[ICM], declaradamente de orientação gay. Segundo um dos líderes da Igreja, a bispa Darlene Gardner, responsável pela ICM para a América Latina: “Deus não discrimina ninguém, o preconceito estar baseado na interpretação equivocada a da Bíblia”. Realmente, Deus não discrimina ninguém, porém pecado, Deus abomina e quem vive nele[pecado] estar reprovado espiritualmente diante do Eterno até se arrepender. Os adeptos do ecumenismo precisam entender que a medida do amor de Deus equivale proporcionalmente ao tamanho da sua justiça. O homem tem o livre arbítrio para viver sua vida, porém, ele precisa entender que um dia ele prestará conta aquele que o criou.


Nós somos responsáveis por nossas decisões. Ainda que líderes tentem nos convencer sobre determinados conceitos religiosos e dogmas, ainda assim, quem decide se aceita aquele tipo de visão somos nós! As respostas para as nossas dúvidas se encontrma na Santa e Eterna Palavra de Deus: “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça”, II Timóteo 3.16. Quando usada com outra finalidade diferente daquilo que estar estabelecido nela[Palavra de Deus] as tragédias acontecem. As grandes heresias surgiram de uma interpretação equivocada das Sagradas Escrituras. Não é muito diferente em se tratando do movimento ecumênico. O grande objetivo do mov. Ecumênico é promover a paz , primeiro, entre as religiões e depois alcançar o mundo. Segundo Urban [2006. pg. 62] “O teólogo católico Dr. Hans Kung afirmou: ‘não há paz mundial sem paz religiosa’. Como o alvo é político-religioso, os líderes da política e da religião precisam se associar a uma causa comum”. Um dos vieis afim de alcançarem a paz, é primeiro, a tentativa da  unificação das religiões através do ecumenismo e depois a questão política mundial.


CONCLUSÃO.


O Ecumenismo é um movimento político-religioso, pois, o objetivo não é só a unificação das religiões, mas  a preparação do mundo para a implantação de um governo global. O movimento não estar preocupado com as almas que estão descendo para o Sheol ou Hades. A preocupação é pela estrutura de poder religioso e político. Jamais esse movimento esteve ou estar preocupado com o reino de Cristo aqui na terra. Com seu proselitismo eles tentam ganhar a confiança de líderes religiosos, passando uma mensagem pacifista, de amor e cuidado com o próximo, com  a natureza, mas nunca estão preocupados em libertar o homem dos seus pecados. Diferentes em seus objetivos quando confrontado com o Evangelho de Cristo, o ecumenismo choca-se de frente com o verdadeiro objetivo da verdadeira Igreja do Senhor Jesus Cristo, que é a salvação das almas. Estar claro o mandamento e determinação de Cristo: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura”, Marcos 16.15, ainda Jesus nos convida: “E, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus”, Mateus 10.7. Qualquer movimento religioso, que se diz cristão que não tenha essas perspectivas em seu cerne doutrinário de anunciar as Boas Novas como prioridade, é um movimento falacioso e que usa de engodo. E justamente os católicos romanos estão capitaneando esse movimento junto com outras denominações que se dizem evangélicas, para dar um ar de legitimidade ao movimento.


Segundo aqueles que defendem o ecumenismo, só o fato das grandes religiões do mundo estarem em contato entre seus líderes e desses diálogos construir um caminho que lhes levem a um entendimento recíproco do que é a verdadeira religião e religiosidade, e como conviver harmonicamente, de maneira compreensiva, isto já é ecumenismo. Demonstra seu caráter universalista. É factual, que no entendimento daqueles que defendem o ecumenismo, é que todas as religiões são verdadeiras, que cada uma delas tem um objetivo único, buscar a Deus e que elas são ou expressam a verdade absoluta. Incontáveis vezes, Deus condenou a prostituição cultual. O próprio Cristo afirmou: Eu Sou O Caminho e a Verdade e a Vida. Diante dessa assertiva de Cristo, não há como nivelar o verdadeiro Cristianismo por exemplo com os costumes paganizados do catolicismo romano, da idolatria hinduísta, da alienação islamita, ou da falsa revelação espiritualista dos seguidores de Allan Kardec, dentre outros credos religiosos.


O Cristianismo é ímpar e sem igual quanto ao seu quadro litúrgico de adoração ao seu Deus. Um Deus que não suporta e não aceita misturas, que avoca para sí toda a adoração, exaltação e louvor! Desde o A.T. até hoje na nova aliança, o sacrifício de Jesus foi suficiente para que o homem pudesse adorar só o Pai em espírito e verdade. E o apóstolo João testifica dessa realidade latente: “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem”.

“Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade”, João 4.23-24. Esses dois versículos estabelecem  o verdadeiro sentido da adoração á Deus; e quando o cristão entende este chamado, não há lugar na sua mente que o leve  formular outros tipos de serviços na casa de Deus, pois a tudo o Espírito Santo discerne e jamais o cristão irá se envolver em pseudos movimentos cristãos, como o 

ecumenismo.


FONTE.  


1. URBAN, Michael. Ecumenismo – O Retorno a Babel. Trad. Traudi Federolf. R. G. do Sul. 2006. Actual editora.100 pg.


2. www.jesussite.com.br//acervo. Ecumenismo – quais os fundamentos da  proposta? Acessado em 03/02/2009.

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