Dilema Calvinista:O que admitir: Inabilidade Total ou Orgulho Denominacional?
Este artigo trata mais com os Calvinistasextremados
do que com os Calvinistas Moderados, e os Moderados e extremados tem este
debate uns com os outros frequentemente e geralmente termina com os extremados anatematizando
os Moderados. Para começar, considere o que a doutrina Calvinista da
Inabilidade Total ensina:
O Calvinista Erwin Lutzer escreve: “Assim, a doutrina da depravação totalconduz diretamente a eleição incondicional—um homem morto não pode responder aos apelos do evangelho.” (The Doctrines That Divide, p.181, ênfase minha).
Calvinoacrescentas:“Desde que toda a raça humana está cega e
obstinada, aquelas falhas permanecem fixas em nossa natureza até que elas são corrigidas pela graça do Espírito, e isso vem somente da eleição. Duas pessoas podem ouvir o mesmo
ensino juntas; e ainda uma estar disposto a aprender e o outro persiste em sua
obstinação. Eles não diferem em natureza, mas Deus ilumina um e não o outro. Nós somos, de fato, feitos filhos de
Deus pela fé—fé é para nós a porta e o começo da salvação; mas existe alguma
coisa oculta com Deus. Ele não começa a nos escolher depois que cremos, mas
pelo dom da fé Ele sela a adoção que estava oculta em nossos corações e a faz
manifesta e certa. … Vamos aprender que a eleição de Deus é confirmada pela fé
a fim de que nossas mentes possam se voltar para Cristo como o penhor da
eleição.” (Acts: Calvin, Crossway Classic Commentaries, p.229, ênfase
minha).
O Calvinista, James White, explica:“Fora do milagre da graça divina de alguém que odeia
a Deus para alguém que ama a Deus, nenhum homem jamais seria salvo.” (Debating
Calvinism, p.64, ênfase minha).
White explica:“Como o homem está em rebelião contra a fonte de toda a verdadeira vida,
o resultado é chamado de morte espiritual—umamorte que somente o milagre da regeneração, sendo ‘nascido de novo,’ pode
solucionar.” (Debating Calvinism, p.69, ênfase
minha).
Então, Segundo o Calvinismo, o homem é
tão inteiramente caído que para Deus
simplesmente capacitar
uma pessoa para recebê-lo é completamente insuficiente e portanto, Deus
deve tomar o passo radical de implantar umaGraça
Irresistível em todos os que o recebem. Sendo assim, a questão então é essa:
se uma pessoa se arrependeu verdadeiramente, dada a sua condição prévia, uma
disposição caída e depravada, o que pode indicar, que se você é um Calvinista,
concernente a que tipo de graça que eles receberam? Segundo o paradigma Calvinista,
teria que ter sido a Graça
Irresistível mencionada acima, do contrário, eles nunca teriam sido
capazes de se arrepender genuinamente em primeiro lugar. Sendo assim, se uma
pessoa se arrependeu verdadeiramente, então isso deve ser um indicativo de uma
graça irresistível e se é uma graça irresistível, isso deve ser um indicativo
de uma Eleição Especial. Então isso levanta um ponto interessante. E sobre
aqueles que verdadeiramente se arrependeram e receberam a Cristo, mas ainda não
aceitaram o Calvinismo, e de fato, tem rejeitado o Calvinismo como um ensino
completamente falso? O que você está prestes a ver é que alguns Calvinistas
negarão que estes jamais se arrependeram e ainda devem permanecer em seus
estados irregenerados, depravados:
O Calvinista Matthew McMahon escreve:“Quando eu tinha 21, eu tive uma forma de religiosidade, mas neguei seu
poder. Eu tive um sistema de doutrina que nega Jesus como o único Soberano e
Senhor. Ainda, Deus em sua misericórdia me perdoou este pecado hediondo de crença errada. Ele permitiu que as escamas caíssem de meus olhos. Ele me permitiu, se
você quiser, ser ‘nascido de novo e de novo.’ Minha mente foi renovada e minha
vida foi transformada pelas
doutrinas da graça [calvinismo]. É absolutamente verdade o que
Spurgeon disse, que o Calvinismo não é nada a mais do que um apelido para o
Cristianismo Bíblico. E até a pessoa entender estas doutrinas, seu andar com
Deus será um andar superficial.” (Why I am
a Calvinist, ênfase minha).
A Igreja da Graça Soberana pergunta:“A pessoa deve crer na ‘doutrina da eleição’ [eleição
incondicional] para ser um Cristão?A resposta é sim, tão certo como alguém
deve crer e aceitar a graça de Deus para ser um Cristão. Cortar a eleição da
graça é ter uma ‘graça’ sem graça. Cortar a eleição do evangelho é ter um
‘evangelho’ que não é o evangelho, porque um evangelho sem sema graça é um outro
evangelho da mensagem bíblica (Gálatas 1:6-10).” (http://www.sgc-gettysburg.org/writings/argument2.asp, ênfase minha).
Pergunta:então, qual é a contradição?
resposta: Se um Cristão não Calvinista não é salvo e regenerado (evidenciado
alegadamente por negar o Calvinismo), então, como eles foram livres e capazes de se
arrependerem dos seus pecados, professar a Cristo publicamente como Senhor e
crer de todo o coração que Deus ressuscitou a Jesus da morte (Romanos
10:9), enquanto todos ainda estavam totalmente depravados? Os Calvinistas extremados
desejam sacrificar a doutrina Calvinista da Inabilidade Total ou eles querem
confessar que os Cristãos não Calvinistas foram regenerados a fim de tornar
exclusivamente essas coisas espirituais? (João Calvino tem uma explicação).
O Calvinista James White escreve:“Isto não significa que não há irregenerados, homens não salvos que
entendem as esboços da teologia cristã, por exemplo, ou as afirmações da fé Cristã. O que significa é que não
existe nenhum homem irregenerado que aceita espiritualmente, entende e
conhece as coisas de Deus” (Debating Calvinism, p.69, ênfase minha).
Deixando de lado um mero entendimento
da teologia, existe qualquer pessoa não regenerada que até mesmo se
arrependeu, professou a Cristo e creu de todo o coração que Jesus Cristo é o Senhor?
A resposta Calvinista tem que ser não. Por quê? Porque é suposto que eles são
tão escravizados na depravação do pecado que eles não podem se arrepender. Ponha
de lado a habilidade para viver uma vida perfeitamente santa, o Calvinismo
ensina que os não regenerados são tão escravizados que eles não podem nem mesmo
realizar um verdadeiro ato de arrependimento, a menos que eles sejam nascidos
de novo antecipadamente, e portanto, os Calvinistas linha dura devem concluir
em última análise que os Arminianos odeiam a Deus, enquanto em contraste, os Calvinistas
amam a Deus, e que os Arminianos nunca se arrependeram enquanto os Calvinistas
se arrependeram.
Pergunta: então, como o Arminianismo explica como o homem caído supera sua
escravidão ao pecado e se arrepende?
Resposta: apesar de sair um pouco da rota, uma explicação é necessária. O Arminianismo
afirma que o homem caído e irregenerado só pode se arrepender e crer em Cristo
pela intervenção divina de Deus, embora como Deus intervém exatamente é a natureza
do debate entre o Calvinismo e o Arminianismo. Deus dá antecipadamente ao homem
um novo coração a fim de o escolher irresistívelmente, enquanto passa por
outros ou Deus intervém em direção a todos, através do “vivo e ativo” Evangelho (Romanos 10:17), que é espíritoe vida (João 6:63),limpa (João
15:3) e lava (Efésios 5:26), pelo que nós somos nascidos de novo (I
Pedro 1:23), pelo qual o Senhor busca o perdido (Lucas 19:10),atrai o
perdido (João 12:32),bate na porta do coração do perdido (Apocalipse
3:20), em conjunto com o Santo Espírito que convence o coração do
perdido (João 16:8),alfineta o coração do perdido (Atos 26:14), penetra o coração do perdido (Atos 2:37)
e abre o coração do perdido para
responder ao evangelho (Atos 16:14). Este é o contraste.
Contudo a questão permanece: o que o
Calvinista extremado desistirá: a Inabilidade Total ou confessar que os
Cristãos não Calvinistas professos estão em Cristo? A resposta de João Calvino
foi algo chamado de Graça Temporal [evanescente]:
João Calvino explica:“Não deixe ninguém pensar que aqueles [que] caíram...foram
predestinados, chamados Segundo o propósito e verdadeiros filhos da promessa. Por
que aqueles que parecem viver piedosamente podem ser chamados filhos de Deus; mas
desde que eles viverão impiedosamente e morrerão nessa impiedade, Deus os chama
filhos em seu pré conhecimento. Existem filhos de Deus que ainda não aparecem
pra nós, mas agora são para Deus; e existem aqueles que por conta dagraça apropriada ou graça temporal, são chamados assim
por nós, mas não são por Deus” (Concerning the Eternal Predestination of God,
p.66, ênfase minha).
Contudo, isso cria outro dilema para o
Calvinista, é que essa Graça Temporal roubaria até mesmo o Calvinista
de qualquer segurança real.
Em última análise, o Calvinismo então se tornaria uma religião baseada nas
obras a fim de provar que eles não possuem uma simples Graça Temporal, e
nunca sabem quando tal graça temporal seria retirada. No momento que qualquer
Calvinista deslizar, eles devem realmente ponderar, “Me
deram apenas uma Graça Temporal, e agora eu estou somente escorregando de volta
para a lama da Depravação Total e vou perecer segundo a vontade predestinada de
Deus?”.
Calvinistas, bebam seu próprio veneno.
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Fonte:
http://www.examiningcalvinism.com/files/Articles/Contradiction.html
Tradução
Walson Sales
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