Pergunta: O que é Graça Evanescente?
Resposta:
É a doutrina Calvinista da Graça Temporária, na qual Deus vence a Depravação
Total e Inabilidade Total de uma pessoa não eleita, dando-lhes uma Graça
Efetiva ou Graça Irresistível, mas apenas
temporariamente até que Deus depois retire essa graça. Os Calvinistas
freqüentemente denunciam a doutrina, mas falham em considerar por que Calvino precisava dela.
Aqui
está a doutrina Calvinista da Graça
Temporária, ensinada por João Calvino:
João
Calvino explica: “Ninguém pense que aqueles
[que] se desviam ... eram predestinados, chamados de acordo com o propósito
e verdadeiros filhos da promessa. Pois aqueles que parecem viver piedosamente
podem ser chamados filhos de Deus; mas visto que eles eventualmente viverão
impiedosamente e morrerão nessa impiedade, Deus não os chama de filhos em Sua
presciência. Há filhos de Deus que ainda não aparecem para nós, mas o são agora
para Deus; e há aqueles que, por alguma graça
atribuída ou temporária, são chamados por nós, mas não são assim para
Deus”. (Concerning the Eternal Predestination of God,
p.66, grifo meu).
Calvino
acrescenta: "No entanto, às vezes ele também faz com que aqueles a quem
ele ilumina apenas por um tempo
participem dessa graça; então, ele
justamente os abandona por causa da ingratidão e os atinge com uma cegueira
ainda maior." (Institutas de Religião Cristã, 3.24.8, ênfase minha) [Tradução do Latim para o português:: “Contudo,
às vezes também faz participantes dela aqueles a quem ilumina apenas por um
tempo; depois os abandona ao mérito de sua ingratidão e os fere de cegueira
mais profunda.”]
Portanto,
por "alguma graça atribuída ou
temporária", Deus "ilumina
apenas por um tempo" o alegado não eleito a fim de superar sua Inabilidade Total e, assim, fazê-lo pensar
temporariamente que ele era um "dos
predestinados". Perceba que Calvino ensinou a doutrina da Graça Temporária porque ele precisava
tapar uma lacuna em sua teologia, pois como explicar passagens como Mateus 7:
21-23, onde a condenação, isto é, aqueles que estão sendo condenados ao inferno,
realizaram coisas milagrosas que pessoas espiritualmente mortas não deveriam ser capazes de realizar, de acordo com a
doutrina Calvinista da Incapacidade Total.
A resposta de Calvino para tais casos foi uma graça temporária.
Calvino
escreve: “Quem quer que tenha pecado, vou apagá-lo do livro da vida. ... Mas o
sentido é simples: são apagados do livro
da vida aqueles que, por um tempo considerados filhos de Deus, depois partem
para o seu próprio lugar, como realmente diz Pedro de Judas (At 1:16). Mas
João testifica que estes nunca foram um de nós (1 Jo 2:19), pois se fossem, não
teriam saído do nosso meio. O que João expressa resumidamente é estabelecido em
mais detalhes por Ezequiel (13.9): “não estarão na congregação do meu povo, nem nos registros da
casa de Israel se escreverão.” A mesma solução se aplica a Moisés e
Paulo, que desejam ser apagados do livro da vida (Ex 32:32; Rm 9:3): levados
pela veemência de sua dor, eles preferem perecer, se possível, em vez de que a
Igreja de Deus, tão numerosa como era então, pereça. Quando Cristo manda Seus
discípulos se alegrarem porque seus nomes estão escritos no céu (Lc 10:20), Ele
quer dizer então que há uma bênção perpétua da qual eles nunca serão privados.
Em uma palavra, Cristo concilia clara e brevemente os dois significados, quando
diz: Toda árvore que Meu Pai não plantou será arrancada (Mt 15:13). Pois até
mesmo os réprobos criam raízes na
aparência, e ainda assim não foram
plantados pela mão de Deus.” (Concerning the Eternal Predestination of God,
pp.151-152, ênfase minha).
João
Calvino comenta sobre Hebreus 6: 4-6: “... Deus certamente concede Seu Espírito
de regeneração apenas aos eleitos, e
que eles se distinguem dos réprobos pelo fato de serem refeitos à Sua imagem, e
eles recebam o penhor do Espírito na esperança de uma herança futura, e pelo
mesmo Espírito o Evangelho é selado em seus corações. Mas não vejo nenhuma
razão pela qual Ele não deva tocar nos réprobos com um sabor de Sua graça, ou iluminar suas mentes com alguns lampejos de Sua luz, ou
afetá-los com algum senso de Sua bondade, ou até certo ponto gravar Sua Palavra
em seus corações. Caso contrário, onde estaria aquela fé passageira que Marcos
menciona (4.17)? Portanto, existe algum
conhecimento no réprobo, que mais tarde desaparece ou porque finca suas
raízes menos profundas do que deveria, ou porque é sufocado e murcha.” (Calvin’s New
Testament Commentaries: Hebrews and I and II Peter, p.76, ênfaseminha).
O
Calvinista, Mark Talbot, explica: “Agora, é claro, nada, que eu, nem qualquer outra pessoa, possa dizer pode garantir que alguém continuará a crer. A fé
é um dom de Deus que não podemos produzir.” (Sin and Suffering in Calvin’s World,
ênfase minha).
Em
outras palavras, o fato de você crer hoje não é garantia de que ainda crerá
amanhã, ou no dia seguinte e assim por diante. Você só pode esperar o melhor,
que seu destino ordenado seja melhor do que os dos outros, e que a graça que
você recebeu não seja uma graça temporária, real hoje e amanhã encerrada. Mark
Talbot explicitamente não oferece nenhuma ilusão para sua esperança de amanhã.
Não há nada que você possa fazer, mas torcer pelo melhor. Está completamente
fora de suas mãos e completamente nas mãos de Deus. Se amanhã você se tornar um
incrédulo, seu dom temporário se esgotou.
Um
membro da The Society of Evangelical Arminians
escreve: “A garantia do Calvinista é obliterada pelo fato de que Deus ordena a salvação ilusória das pessoas
aparentemente salvas. Isso os torna um subconjunto especial dos condenados.
No Calvinismo, Deus glorifica a si mesmo ao condenaros "eternamente
reprovados". Mas as pessoas aparentemente salvas têm o privilégio único de
"glorificar" a Deus em suas vidas terrenas, parecendo ter sido salvos
em seu caminho para o Inferno. Porque Deus pré-ordenou essa condição, não há
nada que qualquer pessoa aparentemente salva possa fazer. Deus ordenou a
ilusão! Claro, isso levanta outra questão: Por que Deus (que é a verdade)
ordenando tal ilusão?Como Deus pode ser
verdadeiro se Ele pré-ordena incondicionalmente as ilusões? E que tipo de
Deus poderia ou ordenaria tal ilusão por causa de Sua glória? ” (SEA,
grifo meu).
Um
membro da The Society of Evangelical Arminians escreve: “Para cada
pessoa que já seguiu Jesus e depois abandonou seu nome, temos que concluir que
Deus ordenou que essa pessoa fosse eternamente condenada, mas em seu caminho
para ser condenado, Deus ordena a ilusão
da redenção em Cristo, em que eles viriam
a conhecer Jesus, exibissem o fruto
do reino e então apostatariam,
tudo por causa da glória divina”. (SEA,
grifo meu).
Pergunta:
Se existe uma Graça Temporária,
então como os Calvinistas sabem se isso algum dia se aplicará a eles?
Resposta:
Se eles pararem de perseverar, então é assim que eles saberão, de acordo com o Calvinista
Erwin Lutzer.
O
Calvinista Erwin Lutzer escreve: “O Calvinismo Histórico enfatiza
a‘perseverança dos santos’, ou seja, que os verdadeiros crentes nunca caem e,
se caírem, não será por muito tempo. Se
uma pessoa falha em continuar na fé, ela está dando prova de que nunca foi
salva.” (The Doctrines That Divide,
p.231, ênfase minha).
O
Arminiano, Robert Shank, declara: “Em outras palavras, a única evidência real da eleição é a perseverança, e nossa única garantia da certeza de perseverar é -
perseverar!” (Eleitos no Filho,
p.214, ênfase minha).
Dave
Hunt escreve: “É o Calvinismo que de
fato oferece a salvação pelas obras
porque busca as obras para garantir
a salvação. Biblicamente, a garantia vem pela fé na promessa de vida eterna em
Cristo feita por ‘Deus, que não pode mentir ... antes que o mundo começasse’
(Tito 1: 2). ” (Debating Calvinism,
p.416, ênfase minha).
Pergunta:
Como os Calvinistas sabem se, de acordo com este padrão Calvinista, eles são
eleitos?
Resposta:
Eles presumem.
Walls
e Dongell comentam: “Essa possibilidade
terrível é o que assombra os Calvinistas que lutam pela segurança e certeza
da salvação. Tempos de fracasso moral e depressão podem ser facilmente
interpretados como evidência de que
alguém não foi escolhido afinal e que Deus está endurecendo o coração por
não responder mais fielmente à sua graça.” (Por
que não sou Calvinista, p.202, grifo meu).
Assim,
o Calvinista na verdade tem menos segurança do que o Arminiano moderno
que ensina a SegurançaCondicional, já que o Arminiano estaria pelo menos
confiando em Cristo para esta segurança, ao invés de meramente presumir uma
eleição secreta. No entanto, os Calvinistas discordam fortemente. Mas eles têm
uma base válida?
Os
Arminianos são Cristãos por promessa,
pois sabem e defendem que Deus promete “vida eterna” para todo aquele que
crê em Seu Filho.
Os
Calvinistas são Cristãos por presunção, pois presumem ser “um
dos eleitos”, e esperançosamente não possuem uma mera Graça Temporária.
Claro,
os Calvinistas afirmam que o Calvinismo é a única fonte verdadeira de
confiança:
O
Calvinista John Piper twittou: “Eu adormeço silenciosamente confiante de que
serei um crente pela manhã, não por causa de minha vontade, mas pela graça livre
de Deus.”(Tweet)
Mas
com o Calvinismo, a fé repousa em uma Eleição presunçosa e incognoscível, na
qual até mesmo os Calvinistas admitem duvidar secretamente, de vez em quando, e
especialmente em tempos de fracasso moral. Por outro lado, com o Arminianismo,
a fé repousa na promessa segura de Deus de salvar qualquer um que crê em Seu
Filho, sabendo que Jesus morreu por nós, já que Ele morreu por todos. Então,
qual é o fundamento mais seguro para a confiança?
João
Calvino explica: “Se tivermos que voltar à origem da eleição para tornar óbvio
que a salvação vem somente da misericórdia de Deus, aqueles que tentam banir a
doutrina estão erroneamente obscurecendo o que deveriam enfatizar e erradicando
a verdadeira humildade. Paulo afirma claramente que é somente quando a salvação
é atribuída à eleição imerecida que
podemos saber que Deus salva quem ele quer de sua própria vontade. Ele não tem
obrigação com ninguém. Aqueles que tentam afastar as pessoas dessa doutrina são
injustos com Deus e com os homens, porque não há outra maneira de nos humilhar
ou de nos fazer perceber o que devemos a ele. Não há outro fundamento seguro
para a confiança.” (Institutes of
Christian Religion, p.214, ênfase minha).
Calvino
escreve: “... antes do início do mundo, fomos tanto ordenados à fé quanto
eleitos para a herança da vida celestial. Daí surge a segurança inexpugnável. O Pai que nos deu ao Filho como Sua
possessão peculiar é mais forte do que todos e não permitirá que sejamos
arrancados de Sua mão”. (Concerning the Eternal Predestination
of God, p.57, grifo meu).
Mas,
como você está prestes a ver, realmente não há confiança alguma com este tipo de
doutrina:
João
Calvino escreve: “Os homens perguntam
absurdamente como podem ter certeza de uma salvação que está no conselho oculto
de Deus. Eu respondi com a verdade. Visto que a certeza da salvação nos é
apresentada em Cristo, é errado e ofensivo a Cristo ignorar esta fonte de vida
oferecida, da qual estão disponíveis suprimentos, e trabalhar para extrair vida
dos recônditos ocultos de Deus.” (Concerning the Eternal Predestination
of God, p.126, grifo meu).
Calvino
explica: “Se Pighius pergunta como sei
que sou eleito, respondo que Cristo é mais do que mil testemunhos para
mim.” (Concerning the Eternal Predestination of God,
p.130, grifo meu).
Esse
é o seu "fundamento seguro para
confiança"? O foco é mudado de simplesmente confiar em Cristo, para
esperar que alguém seja um membro dos “eleitos” secretos. Esta é a principal
preocupação de um Calvinista:
Calvino
escreve: “Todos os que não sabem que são o povo especial de Deus devem ser
miseráveis e temer constantemente.” (Institutas
de Religião Cristã, Livro 3, Parte 12, Capítulo 21, Seção 1, ênfase minha)
[Tradução do Latim para o português:
“Disto concluímos que todos aqueles que não se reconhecem parte do povo de Deus
são miseráveis, pois sempre estão num contínuo tremor;”].
Na
verdade, como lembra Spurgeon:
O
Calvinista Charles Spurgeon relembra: “Freqüentemente
encontro pobres almas, que se atormentam e se preocupam com este pensamento - 'E
se eu não fosse eleito!' 'Oh, senhor', eles dizem, 'Eu sei que coloco minha confiança em Jesus; Eu sei que creio em seu
nome e confio em seu sangue; mas e se eu não fosse eleito? 'Pobre criatura! Você
não sabe o suficiente sobre o evangelho, ou nunca falaria assim, pois aquele que crê é eleito. Aqueles que
são eleitos, são eleitos para a santificação e para a fé; e se você tem fé que você é um dos eleitos de Deus; você pode saber
e deve saber, pois é uma certeza absoluta. Se você, como um pecador, olhar para
Jesus Cristo esta manhã e disser: 'Nada em minhas mãos eu trago, simplesmente
na sua cruz eu me agarro', você é eleito. Não tenho medo de que a eleição assuste
os pobres santos ou pecadores”. (Election, ênfase minha).
Aqui
você tem pessoas que afirmam confiar em Jesus, mas ainda não sabem se são
salvas, porque podem não ser “eleitas”. Resposta de Spurgeon:
"Tenha fé que você é um dos eleitos
de Deus." Os Calvinistas ficarão furiosos, dizendo que isso é uma
descaracterização da fé dos Calvinistas, mas adivinhem? Esta é uma história
documentada. Os Calvinistas estavam, de fato, confiando mais em um processo, do
que em uma pessoa. Isso é algo exclusivo dos Calvinistas. Os Arminianos não têm
esse medo doplano eterno. Os Arminianos podem simplesmente confiar em Cristo.
Spurgeon
conclui: “Deixe sua esperança descansar na cruz de Cristo. Não pense na
eleição, mas em Cristo Jesus. Descanse em Jesus - Jesus em primeiro, no meio e
sem fim.” (Election, ênfase minha).
Exatamente.
A perspectiva Cristã deve ser a de um Arminiano: apenas confiar em Jesus.
O
calvinista D. James Kennedy escreve: “Você
sabe que é eleito de Deus, escolhido de Deus, predestinado para adoção como
filho de Deus antes do início dos tempos? Você
pode saber com certeza.” (Solving Bible Mysteries,
p.27, ênfase minha).
E
ainda assim, você acabou de ler a história que se passou na igreja de Spurgeon,
que os Calvinistas que afirmavam
confiar em Jesus, estavam na verdade apenas tentando confiar em uma eleição. Os
Arminianos, por outro lado, não acreditam em tal "projeto eterno"
(Deus consegue este, o diabo consegue aquele, Deus consegue este, o diabo
consegue aquele, etc). Os Arminianos acreditam em “todo aquele que quiser” e,
portanto, apenas confiem nas promessas de Deus para o crente em Jesus. Assim,
como um Arminiano, minha esperança repousa sobre a promessa de salvação, ao invés da presunção de eleição, e essa é a diferença fundamental entre um Calvinista
e um Arminiano.
Martinho
Lutero explica: “Se alguém teme não ser eleito ou está de alguma forma
preocupado com sua eleição, ele deve ser grato por ter esse medo; pois então
ele certamente saberia que Deus não pode mentir quando no Salmo 51:17 Ele diz:
'Os sacrifícios para Deus
são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não
desprezarás, ó Deus.' Assim, ele deve lançar-se com alegria na
fidelidade de Deus, que dá essa promessa, e afastar-se da presciência do Deus
ameaçador. Então ele será salvo como aquele que é eleito. Não é característico dos réprobos tremer ao conselho secreto de Deus;
mas essa é a característica dos eleitos.” (Commentary on Romans, p.132, ênfase minha).
Mas
nem todos os calvinistas obtêm segurança dessa presunção:
Um
ex-calvinista que se tornou ateu comenta com franqueza:
“Não tenho certeza se me lembro do que veio primeiro. Acho que provavelmente
começou com uma séria insatisfação espiritual com Deus e minha vida sob Seu
cuidado providencial (assim eu acreditava então). Comecei a ir cada vez menos para
a igreja, então me perguntei o que estava fazendo de errado. Tentei justificar
meus sentimentos dizendo, Deus simplesmente não me moveu hoje. Mas outros
ocasionalmente parecem realmente ser tocados pelo Espírito, então eu supus.
Então comecei a me perguntar se estava orando o suficiente. Eu orei mais. Então
comecei a me perguntar: existe pecado não confessado em minha vida? Nenhum que
eu pudesse lembrar. Eu tinha (e isso é profundamente pessoal, mas provavelmente
não é surpreendente para você) problemas de luxúria e cobiça (não de dinheiro,
mas de sucesso social e amizades e relacionamentos e outros), mas essas foram
confissões contínuas em minha vida de oração, com altos e baixos associados,
mas nenhuma libertação real. Eu estava desesperadamente sozinho e não conseguia
entender a providência de Deus em minha vida para permitir não apenas a solidão
esmagadora, orações não respondidas (esqueci de mencionar, uma omissão bastante
grande) em vários e inúmeros pedidos a Deus, mas também a apostasia de queridos
amigos próximos que defendiam devotamente a mesma religião do Cristianismo que
eu defendia, e a ausência de fé salvadora em tantos membros da família (mais
uma vez, mais orações não respondidas) que eram Católicos variados, ou
nominalmente religiosos na melhor das hipóteses, alguns não hostis, mas
completamente apáticos à religião (algo que eu só pela minha vida não conseguia
entender, especialmente com todas as experiências maravilhosas na fé Cristã que
tive, relacionamentos maravilhosos dentro da igreja pelo menos, e uma vez uma
vida espiritual muito crescente e saudável, e coisas do tipo, e como alguém
poderia não querer mais do que a rotina diária de uma corrida de ratos sem fim
oferecida pelo mundo?). Eu até comecei a
duvidar da minha eleição na graça soberana de Cristo, não tendo nenhuma prova
realdela com a qual eu pudesse me satisfazer (e eu havia recebido várias
vezes os testes espirituais dados por Pedro para ver como o crescimento
espiritual pessoal de alguém se alinhava com a expectativa e garantia das
Escrituras, e provavelmente outras passagens que não consigo lembrar agora).” (Why I Doubt Christianity,
ênfase minha).
Claro,
as Escrituras demonstram que Deus coloca a bola de volta em nosso campo: “Aproxime-se de Deus e Ele se aproximará de
você”. (Tiago 4: 8) Mas se você é um Calvinista, que confia em um projeto
secreto, não pode ter certeza se isso se aplica a você, pois tudo se baseia em
um fundamento precário de presunções.
Isenção de responsabilidade:
Os
calvinistas acreditam que o Calvinismo
é a teologia bíblica. Por mais espantoso que possa parecer (que os Calvinistas
podem realmente pensar que o Calvinismo é de alguma forma o pensamento representativo
de Deus), o fato é que eles pensam
desta forma, e há documentação de vários Calvinistas que duvidam se eles são [Calvinisticamente]
“Eleitos” os perturba, e artigos como este podem enfraquecer sua fé e podem ser
usados pelo diabo. Portanto, é importante lembrar aos Calvinistas que há segurança, segurança real, em
conhecer a Cristo e confiar na promessa de Deus de salvar todo aquele que crê
em Seu Filho, e que esta é a única fonte verdadeira de confiança.
O
ex-Calvinista Steven Hitchcock relembra: “Eu era Cristão há apenas um ano
quando fui apresentado ao Calvinismo pela primeira vez. Meu primeiro ano como Cristão
foi abençoado com muitas oportunidades de trabalhar com outras pessoas na
evangelização, pois o Senhor me deu zelo em compartilhar o evangelho. Eu tinha
acabado de voltar para a Califórnia de uma viagem à Europa onde tive o
privilégio de conhecer Cristãos de todo o mundo, quando um querido irmão Cristão lançou uma bomba em minha vida - o Calvinismo.
Eu nunca tinha ouvido falar disso antes. Minha primeira reação foi um profundo
sentimento de temor e admiração por essa visão de Deus que enfatizava Sua majestade
acima de tudo. Fiquei devidamente humilhado diante de tal visão de Deus na qual
fui informado de que Ele primeiro me escolheu e me fezcrer. Imediatamente após deixar meu irmão, comecei a
experimentar um períodosombrio que
freqüentemente ocorre entre aqueles que não têm argumentos contra esse
pensamento. Alguns respondem com raiva, alguns com depressão, mas quase todos
experimentam algum tipo de sentimento negativo quando confrontados pela
primeira vez com os argumentos bíblicos aparentemente irrefutáveis. Uma
característica comum deste período sombrio entre os primeiros convertidos ao Calvinismo
é o questionamento pessoal da própria
salvação. Isso ocorre porque a ênfase
muda da fé pessoal em Jesus para uma visão de Deus segurando as chaves para
nossa salvação pessoal em Seus conselhos secretos da eternidade. A implicação
óbvia do Calvinismo para o indivíduo é se ele é ou não um dos eleitos. Deus me
escolheu na eternidade passada para ser um
dos Seus eleitos. Deus me
escolheu na eternidade passada como Seu eleito. Toda a experiência é como
cruzar um rio no qual você não pode sentir o fundo até chegar do outro lado.
Depois de um período difícil, tudo parecia mudar. De repente, me tornei um
debatedor em defesa do Calvinismo. Mudei de direção em minha vida Cristã e
nunca questionei a mudança sutil em meu coração em relação aos perdidos.
Percebi que houve uma mudança nessa área da minha vida. Fiquei envergonhado com
meu antigo ‘trabalho’ de evangelismo, pois não era o ‘caminho certo’. Na época,
eu estava aprendendo que estava pregando um evangelho centrado no homem, em vez
de um evangelho centrado em Deus. Fui inculcado em uma comunhão Calvinista.
Fiquei impressionado com o sentido das doutrinas pesadas, a piedade sincera ao
meu redor, o profundo senso de comunhão e os sermões que transmitiam tal
autoridade da Palavra de Deus sobre minha vida. Foi tão poderoso e as pessoas
ao meu redor foram tão amorosas e sinceras. O que estava faltando estranhamente
era que havia muito pouca ênfase em testemunhar e muito poucas, se alguma alma,
sendo salvas. Cristãos me cercaram, que como eu, vieram de outras igrejas, ao
invés do mundo. Testemunhar tornou-se estranho porque agora eu tinha que
explicar o que era um Batista Reformado e parecia que havia um entendimento
específico que os pecadores precisavam saber, junto com o evangelho. A pergunta que tenho é por que as pessoas
querem afetar você assim? Era realmente importante saber sobre o Calvinismo?
Por que meu irmão no Senhor sentiu que era tão importante me esclarecer sobre
essas coisas? Por que também comecei a espalhar a palavra sobre o Calvinismo?
Por que era tão importante ao ponto de agora ofuscar o evangelho?” (Recanting Calvinism, pp.xxv-xxvi, ênfase minha).
Hitchcock
acrescenta: “Por quase vinte anos de minha vida Cristã, fui um Calvinista. ...
Eu estava absolutamente certo das 'doutrinas da graça', sendo verdadeiramente
dessa mentalidade, e ainda o motivo de preocupação não é que eu agora tenha me retratado
do Calvinismo, mas que eu havia mudado de minha posição original centrada na fé
dos evangelhos quando me tornei um Calvinista. ... Eu troquei a alegria do
evangelho pela glória do Calvinismo quando a base de pertencer não era mais a
fé em Jesus, mas uma fraternidade complexa que se identificava como o povo
escolhido de Deus. Ser o Eleito, como um Calvinista entende, é ser aquele a
quem Deus selecionou de forma única dentre a massa da humanidade pecadora. Deus
concedeu aos eleitos uma posição gloriosa diante Dele, porque misteriosamente
começou na eternidade com relação a um pecador insignificante e finito.
Absorver o Calvinismo é absorver esse novo senso de glória, ironicamente visto
como profunda humildade. É tudo ser um dos Eleitos, pois significa que você
está 'dentro' e destinado à glória. Pense nisso. Ele escolheu você e não outro!” (Recanting Calvinism, p.xxvii).
Quando
os Calvinistas desertam, outros Calvinistas dirão que tal pessoa nunca nasceu
de novo de verdade, nem recebeu uma graça
salvadora. Então, como essa pessoa superou a Incapacidade Total? Para o Calvinista,
a doutrina da Incapacidade Total está
em jogo. A doutrina da Graça
Evanescente resolve esse dilema. No entanto, neste testemunho, a deserção
foi apenas do Calvinismo, e não de Cristo.
Hitchcock
conclui: “Estou muito grato a Deus por ter voltado à alegria de um evangelho
centrado na fé. Como é maravilhosamente revigorante saber que Deus deseja que
todos sejam salvos, que Jesus morreu por todos e que a fé é possível entre
aqueles que são totalmente depravados. Eu convido os Calvinistas a se juntarem
a mim no Recanting Calvinism for a Dynamic Gospel.”
(Recanting Calvinism, p.xxviii).
_________________________
Fonte:
http://www.examiningcalvinism.com/files/Articles/Evanescent_Grace.html
Tradução
Walson Sales
Bom Estudo
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