sábado, 31 de julho de 2021

A Divindade de Jesus


Sem sombra de dúvidas que um dos assuntos mais estudados nas Escrituras se refere a divindade da pessoa de Jesus, que mesmo sendo homem, possuindo as limitações físicas que qualquer mortal, continuava sendo Deus em sua essência. Há muitos grupos pseudo-cristãos que tentam colocar a pessoa de Jesus numa categoria de sub divindade ou negar propriamente dito o fato se ser Ele Deus, pelo fato de estar em forma humana. 

Veremos alguns aspectos acerca da Divindade de Jesus e por meio desta análise será possível atestar a veracidade de tal realidade, fundamentada, sobretudo nas Escrituras.


O que Jesus pensava sobre si


Alguns na tentativa de negar a divindade de Jesus usam o argumento de que Jesus não reivindicou para si este rótulo, mas antes sempre buscava exaltar aquele que o enviou para sua missão. Mas de forma indireta o próprio Jesus deixa claro que Ele era Deus em diversos trechos das Escrituras, em que sua fala denota autoridade tal como Deus. Acerca deste pensamento lemos: “O que defato encontramos são declarações que seriam inadequadas se fossem feitas por alguém menor que Deus [...] Jesus disse que enviaria seus anjos (Mt 13.41); em outras passagens eles são mencionados como anjos de Deus (Lc 12.8,9;15.10)” (ERICKSON, 2015, p.659). Esta fala de Jesus mostra que Ele possuía autoridade nos céus de modo que os anjos obedeceriam as suas ordens imediatamente. Além disso, neste Texto de Mateus está registrabdo: “E mandará o filho do homem os seus anjos, e eles colherão do seu Reino” (Grifo nosso). Esta fala de Jesus demonstra que Ele possuía um Reino, de igual modo que o Pai (Mt 12.28), dessa forma embora não dissesse abertamente que era Deus, Jesus sabia que O era e seus discursos corroboravam com essa verdade.

Outros trechos demonstram nitidamente a divindade de Jesus, como em Marcos capítulo 2, no episódio em que um paralítico é descido pelo telhado diante de Jesus, o primeiro ato de Jesus diante daquele moribundo foi lhe perdoar seus pecados (v.3), imediatamente os escribas que ali estavam compreenderam que somente Deus é que teria poder para perdoar pecados, atribuindo a Jesus uma fala imprópria, ou seja, uma blasfêmia (v.7), Jesus não se retratou, como se eles estivessem entendido errado, mas confirmou que era Deus, curando aquele enfermo (v. 10,11) causando grande admiração na multidão (ERICKSON, 2015). Neste mesmo Texto é possível perceber a divindade de Jesus em ação pelo fato de que os escribas não mencionaram palavras, mas apenas arrazoaram em suas mentes (v.6), mas Jesus que sonda os corações, logo percebeu a malícia em seu interior. Somente Deus que sonda os corações (Sl 139.4), sendo Jesus capaz de realizar tal façanha, Jesus é Deus assim como o Pai.

Era do conhecimento de todo o judeu que as Escrituras atestavam que somente Deus julgaria as nações, o salmista se expressa: “Ante a face do Senhor, porque vem, porque vem a julgar a terra; julgará o mundo com justiça e os povos com sua verdade” (Sl 96.13). Ora Jesus afirmou que julgaria as nações e que estas receberiam sua sentença para a eternidade, utilizando uma parábola, onde as ovelhas seriam postas a sua direita, simbolizando seu povo que receberia a vida eterna e os bodes seriam postos a sua esquerda, representando os incrédulos, que receberiam a condenação eterna. Sendo Deus o único que poderia realizar tal ato e Jesus revela este episódio futurístico, sendo ele capaz de realizar tal julgamento, está afirmando assim ser Deus.

É certo que na Antiga Aliança Deus estabeleceu algumas normas que os judeus deveriam seguir irrestritamente, uma delas é a guarda do Sábado, considerado como o dia sagrado (Ex 20:8-11), assim o povo de Israel observava severamente esta prática, inclusive durante o ministério terreno de Jesus os fariseus da época exigiam do povo, de forma contundente este preceito. No entanto, vemos a divindade de Jesus em diversos momentos em que realizou vários atos miraculosos em dias de Sábado, o que despertava a ira dos religiosos, que o viam como alguém que desprezava o mandamento de Deus. No entanto, Jesus se declara senhor do sábado (Mc 2.27,28). Ora, se foi Deus quem instituiu o sábado e somente Ele que poderia anulá-lo e Jesus intitulou-se senhor do sábado, logo Jesus declarou ser Deus em suas palavras. 

De forma direta, numa declaração aberta aos ouvidos de todos, Mateus registra a fala de Jesus: Contudo, digo-vos que de agora em diante vereis o Filho do homem assentado à direita do Todo Poderoso, vindo sobre as nuvens do céu (Mt 26.64).


Por 

Edson Moraes

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