William W. Klein
E uma certa mulher, chamada Lídia, vendedora de púrpura, da cidade de Tiatira, e que servia a Deus, nos ouvia, e o Senhor lhe abriu o coração para que estivesse atenta ao que Paulo dizia.
Muitas pessoas receberam a salvação em Atos, mas a conversão de Lídia permite sua inclusão por causa da linguagem que Lucas emprega: “O Senhor lhe abriu [dianoigo] o coração.” Lucas também usa dianoigo em 17.3, onde a NVI traduz “explicando.” Paulo se ocupou desta atividade para que os judeus chegassem à verdade. Ela ocorre em Lc 24.32 a respeito de Cristo “expondo” as Escrituras aos discípulos. Mais tarde, em 24.45, Lucas diz que “[Jesus] abriu-lhes o entendimento” para que eles pudessem compreender a importância das profecias messiânicas do Antigo Testamento.
Vimos em At 14.27 que Lucas aplicou a imagem de “abertura” aos gentios corporativamente – Deus abriu a porta da fé. Observamos lá que Lucas empregou a linguagem de missão: dizer “Deus abre portas” significa que ele proporciona oportunidades para pregar o evangelho, e as pessoas podem crer e receber a salvação (cf. 1Co 16.9; 2Co 2.12; Cl 4.3).
Dessa forma, aqui, em 16.14, a porta aberta simboliza oportunidade. Como resultado da pregação de Paulo, Deus confrontou Lídia com a verdade. Deus abriu seu entendimento para que ela pudesse compreender ou responder à verdade do evangelho. Este texto não diminui a necessidade de Lídia exercer fé. O Senhor concede a ela uma porta aberta, e ela poderia atravessá-la ou permanecer do lado de fora. Posteriormente, ainda em Filipos, Paulo deu ao seu carcereiro a mesma oportunidade. Lucas inclui o convite explícito de Paulo ao carcereiro para crer em Jesus (16.31).
Fonte: The New Chosen People, p. 114
Tradução: Paulo Cesar Antunes
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