quarta-feira, 28 de julho de 2021

A Salvação de Lídia At 16.14

 

William W. Klein

 

E uma certa mulher, chamada Lídia, vendedora de púrpura, da cidade de Tiatira, e que servia a Deus, nos ouvia, e o Senhor lhe abriu o coração para que estivesse atenta ao que Paulo dizia.

 

Muitas pessoas receberam a salvação em Atos, mas a conversão de Lídia permite sua inclusão por causa da linguagem que Lucas emprega: “O Senhor lhe abriu [dianoigo] o coração.” Lucas também usa  dianoigo  em 17.3, onde a NVI traduz “explicando.” Paulo se ocupou desta atividade para que os judeus chegassem à verdade. Ela ocorre em Lc 24.32 a respeito de Cristo “expondo” as Escrituras aos discípulos. Mais tarde, em 24.45, Lucas diz que “[Jesus]  abriu-lhes o entendimento” para que eles pudessem compreender a importância das profecias messiânicas do Antigo Testamento.

 

Vimos em At 14.27 que Lucas aplicou a imagem de “abertura” aos gentios corporativamente – Deus abriu a porta da fé. Observamos lá que Lucas empregou a linguagem de missão: dizer “Deus abre portas” significa que ele proporciona oportunidades para pregar o evangelho, e as pessoas podem crer e receber a salvação (cf. 1Co 16.9; 2Co 2.12; Cl 4.3).

 

Dessa forma, aqui, em 16.14, a porta aberta simboliza oportunidade. Como resultado da pregação de Paulo, Deus confrontou Lídia com a verdade. Deus abriu seu entendimento para que ela pudesse compreender ou responder à verdade do evangelho. Este texto não diminui a necessidade de Lídia exercer fé. O Senhor concede a ela uma porta aberta, e ela poderia atravessá-la ou permanecer do lado de fora. Posteriormente, ainda em Filipos, Paulo deu ao seu carcereiro a mesma oportunidade. Lucas inclui o convite explícito de Paulo ao carcereiro para crer em Jesus (16.31).

 

Fonte:  The New Chosen People, p. 114

 

Tradução: Paulo Cesar Antunes

Nenhum comentário:

Postar um comentário