domingo, 25 de julho de 2021

Segunda Objeção à Expiação Ilimitada


James Morison

 

(The Extent of the Propitiation, p. 55, 56)

 

OBJEÇÃO 2. –  “Se Cristo morreu pelos não-eleitos, é justo que Deus os faça pagar a pena de seus pecados novamente?”

 

Esta objeção surge do que já mostrei, em uma obra anterior, ser uma opinião radicalmente equivocada da expiação. A expiação não tem nada análogo ao pagamento de uma dívida. A Bíblia nunca, em nenhuma ocasião, a descreve conforme esta ideia. Cristo não pagou a dívida do pecador. Ele não pagou a dívida de nenhum pecador. Ele somente fez algo baseado no qual o pecador que crer receberá o perdão de sua dívidas, e de suas dívidas ainda não pagas. Não foi em seu caráter de dívida, mas em seu caráter de crime, que o pecado foi expiado. Se este for o caso, não pode possivelmente haver qualquer injustiça se Deus exigir o pagamento completo das dívidas do pecador incrédulo. O incrédulo não permite que suas dívidas sejam perdoadas. Jesus nunca as pagou. E se não perdoadas por Deus e não pagas por Jesus, elas devem ser pagas pelo próprio pecador. Quando Cristo morreu, não houve nenhuma transferência literal dos pecados do pecador para Jesus. O pecador não deixou de ser pecador porque Cristo morreu por ele, o devedor não deixou de estar endividado. De forma alguma. Jesus apenas fez algo em consideração do qual agora é totalmente consistente com o caráter de Deus como governador moral,  contanto que o pecador creia, perdoar suas dívidas, enquanto que não é de forma alguma inconsistente com seu caráter,  contanto que o pecador não creia, exigir o pagamento “até do último centavo.”

 

Tradução: Paulo Cesar Antunes

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