sábado, 14 de agosto de 2021

Apêndice do livro “The Case for the Resurrection of Jesus” - [parte 11]

 Um esboço detalhado dos argumentos abordados no livro


[ Nota do tradutor: a tradução deste capítulo tem a intenção precípua de buscar editoras interessadas em comprar os direitos autorais e publicar a obra completa em português. Os demais objetivos são para informar os amantes de Teologia e Filosofia sobre assuntos correlatos diversos.]


Apêndice do livro

“The Case for the Resurrection of Jesus”

Um esboço detalhado dos argumentos abordados no livro


Por Gary R. Habermas e Michael R. Licona


O esboço a seguir resume as ideias e argumentos apresentados pelos autores. Estes apêndice pode ser usado como uma maneira conveniente de revisar e aprender os argumentos e como uma referência rápida. Os números das páginas após os pontos principais indicam onde encontrar a discussão completa [no livro].


M. Naturalismo (vem em várias formas) (p. 132)


1. "Somente o que a ciência prova é verdadeiro."


a. A ciência se relaciona apenas com o que pode ser observado e testado. Algumas coisas estão fora do alcance da ciência empírica. O amor, por exemplo, não pode ser medido. As limitações da ciência, entretanto, não são motivo para negar a ressurreição de Jesus.

b. O Naturalismo é Auto-refutável. Um cientista colocado em uma sala com a tecnologia mais recente seria incapaz de provar que apenas o que a ciência prova é verdade. Assim, o naturalismo falha em seu próprio teste.

c. Auto-refutável novamente. Exigir que eventos históricos sejam previsíveis ou repetíveis é auto-refutável, apenas uma reafirmação de que a ciência é a única maneira de saber algo. Ou seja, a regra que estabelece esses tipos de requisitos não é científica, portanto, ela falha em seu próprio teste.

d. Não há razão para que o historiador não possa determinar as porções não sobrenaturais das reivindicações a respeito da Ressurreição. Por exemplo, Jesus morreu? Ele foi visto vivo depois? O cientista ou historiador poderia concluir que "Jesus foi visto vivo após sua morte".


2. "A ciência prova que as pessoas não voltam à vida."


a. A ciência prova que as pessoas não voltam à vida por causas naturais. A Escritura não afirma que Jesus ressuscitou por causas naturais.

b. A ressurreição ocorreu em um contexto histórico-religioso interconectado que inclui as afirmações de Jesus quanto à divindade, seus atos que pareciam milagrosos e suas previsões a respeito de sua ressurreição. Em outras palavras, a vida e as reivindicações de Jesus fornecem um contexto adequado para sua ressurreição.


3. "A ciência pode explicar tudo. Não precisamos de um Deus."


a. As explicações do passado do "Deus das lacunas" não minam mais os argumentos atuais a favor de Deus do que teorias científicas e crenças médicas descartadas minam a ciência e a medicina de hoje.

b. Falácia genética. Esta é a suposição de que descobrir como uma crença se originou (por exemplo, deus das lacunas) é suficiente para explicar essa crença. É falacioso, entretanto, porque ataca a origem de uma visão em vez da visão em si, que ainda poderia estar correta.

c. A ressurreição de Jesus como a melhor explicação dos dados resulta não do que não sabemos da ciência, mas do que sabemos da ciência.

d. É um salto injustificado proclamar que no futuro encontraremos uma resposta científica para a ressurreição de Jesus. Isso poderia ser dito sobre quase tudo.


4. "Se Deus existe, ele não pode intervir nas leis da natureza."


a. Como o cético sabe o que Deus pode e não pode fazer?

b. Se Deus criou o universo, incluindo as leis naturais que o governam, não é logicamente impossível nem inconsistente para ele se sobrepor a essas mesmas leis quando quisesse.

c. A ressurreição de Jesus mostraria que Deus poderia e agiu em nosso mundo.


5. "A ciência deve assumir uma explicação naturalística para tudo."


a. Embora a ciência deva buscar uma explicação naturalística, não há necessidade de negar uma explicação sobrenatural, quando tanto as evidências quanto o contexto histórico-religioso estão presentes e não existem explicações naturalistas plausíveis. (Exemplo do elefante).

b. A questão não é se tudo pode ser explicado pelas leis da natureza. A questão mais crucial é se existe um Deus que pode ter suplantado a natureza por um poder superior.

c. Certos milagres demonstram características de que realmente algo interferiu nas leis da natureza.

d. Quando um naturalista insiste em presumir que todos os eventos devem ser interpretados naturalmente, ou que as leis da natureza devem ter sido expandidas para permitir eventos, essa pessoa está se envolvendo em uma argumentação circular porque assume uma postura naturalista.


6. "Mesmo que um milagre realmente acontecesse, nunca poderíamos saber que era um milagre."


a. Se Deus existe, então temos boas razões para considerar uma ligação entre um evento qualificado e uma causa divina.

b. Um contexto histórico-religioso ajuda a identificar um ato como um milagre.

c. Expandir as leis da natureza para eliminar a natureza milagrosa dos dados que cercam a ressurreição de Jesus cria mais problemas. Deve-se propor teorias naturais irracionais que são altamente improváveis ou impossíveis.


7. "Milagres em outras religiões contam contra as alegações cristãs de milagres."


a. Milagres genuínos podem ocorrer entre os incrédulos e ainda assim serem totalmente compatíveis com a fé cristã.

b. Milagres em outras religiões são, em sua maioria, mal evidenciados e dificilmente podem descartar um milagre bem evidenciado.

c. Milagres em outras religiões são geralmente sempre rejeitados por uma teoria oposta plausível, ao passo que essas teorias falham em relação à ressurreição de Jesus.


8. "Mesmo antes de investigar um alegado milagre, existe uma enorme montanha de improbabilidade contra esse ser um ato de Deus."


a. Se Deus existe, não há razão para rejeitar milagres como a explicação de eventos bem atestados para os quais não existem explicações naturais plausíveis.

b. Dizer que devemos negar a ressurreição de Jesus, não importa o quão forte seja a evidência, é inclinar-se contra a possibilidade de que esta possa ser a resposta da questão que temos procurado.

c. Aprendemos sobre a natureza deste mundo por meio de nossas experiências. Chegar à conclusão da "montanha da improbabilidade" exclui muitas alegações de experiências sobrenaturais.

d. Existem evidências de fenômenos sobrenaturais contemporâneos (por exemplo, oração respondida, Experiências de Quase Morte). Na medida em que esses fenômenos podem ser confirmados, eles desafiam significativamente uma interpretação naturalística deste mundo. Se outros milagres subsequentemente ocorrerem, claro, a Ressurreição se tornaria enormemente mais plausível.


Fonte:


HABERMAS, Gary R.; LICONA, Michael R. The Case for the Resurrection of Jesus. Grand Rapids, MI: Kregel Publications, 2004


Tradução Walson Sales

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