INTRODUÇÃO
Por mais de uma década fui
entrevistador de um talk show cristão chamado “Biblicamente
Falando.” Em muitas ocasiões diferentes, o tópico Calvinismo em geral, e os
Cinco Pontos do Calvinismo em particular, era trazido por mim, por um convidado
do palco ou por alguém no telefone. Posso claramente me lembrar de uma
discussão na qual um convidado calvinista estava debatendo com um arminiano no
telefone sobre a questão de se ou não a predestinação era ensinada na Escritura.
Quando a questão diante de nós era simplesmente uma questão de afirmar ou negar
a predestinação, eu parecia estar do lado do meu convidado calvinista.
O arminiano se surpreendeu com o meu
acordo com meu convidado porque ele incorretamente pensava que eu devia ser
calvinista por causa deste acordo. Quando expliquei a ele que eu não era
calvinista, sua surpresa se transformou em confusão.
Afirmação vs. Definição
Meu convidado então admitiu que ele
também ficou surpreso, se não confuso, pois ele também equivocadamente supunha
que eu era calvinista porque concordei que a predestinação era ensinada na
Escritura. O erro que ambos, meu convidado calvinista e o ouvinte arminiano,
tinham cometido era supor que a peculiaridade do Calvinismo é a afirmação
calvinista da predestinação. Entretanto, não é a afirmação dos
calvinistas desta doutrina que os distingue de outros evangélicos. Antes, é
a definição da predestinação pelos calvinistas que os
distingue de outros crentes ortodoxos e evangélicos. O estudioso calvinista
bastante popular, R. C. Sproul, em seu livro dedicado a definir e defender a
visão calvinista da predestinação, chama a mesma atenção para este ponto. Ele
diz:
Virtualmente,
todas as igrejas cristãs têm alguma doutrina formal sobre predestinação.... Se
a Bíblia é a Palavra de Deus e não mera especulação humana, e se Deus, Ele
mesmo, declara que existe tal coisa chamada predestinação, então segue-se
inevitavelmente que devemos abraçar alguma doutrina de predestinação.[1]
As peculiaridades e as doutrinas do
Calvinismo estão (relativas à doutrina da salvação) mais evidentes nos Cinco
Pontos do Calvinismo. Para entender os Cinco Pontos como os calvinistas os
entendem, você deve vê-los como a expressão da definição calvinista
da predestinação. A definição calvinista da predestinação deve por sua vez ser
vista como a base da doutrina calvinista da salvação.
O Acróstico de Cinco Pontos
Uma maneira simples e comum de se
lembrar dos Cinco Pontos do Calvinismo é usando o acrônimo TULIP.
T = Total Depravity (Depravação Total)
U = Unconditional Election (Eleição
Incondicional)
L = Limited Atonement (Expiação
Limitada)
I = Irresistible Grace (Graça
Irresistível)
P =
Perseverance of the Saints (Perseverança dos Santos)
Embora reconhecendo um certo valor no
uso deste acrônimo, Sproul também expressa algumas sérias reservas. Ele diz:
Esta
lista tem ajudado muitas pessoas a se lembrarem das peculiaridades da teologia
reformada. Infelizmente, tem também causado grande confusão e desentendimento.[2]
5 Afirmações ou 5 Doutrinas
Quando fala sobre os Cinco Pontos, um
calvinista pode estar se referindo às breves afirmações associadas ao acrônimo
TULIP (isto é, Depravação Total, Eleição Incondicional, etc.) ou às verdadeiras
doutrinas que são identificadas por estas afirmações e pelas quais o acrônimo
serve de lembrete. Você não pode entender a(s) doutrinas(s) dos Cinco Pontos
simplesmente lendo muito breves afirmações associadas a estas doutrinas. Isto
é, há um significado calvinista específico que deve ser ligado a estas
afirmações a fim de que elas sejam entendidas calvinisticamente.
Isto não deve ser encarado como uma
crítica das cinco afirmações, pois nunca se pretendeu que elas fossem uma
explicação. Dessa forma, cada afirmação calvinista deve ser vista em relação a
uma doutrina calvinista correspondente, da mesma maneira que um título de
capítulo é visto em relação ao significado completo e a mensagem do próprio
capítulo. Por essa razão, uma simples declaração destas afirmações calvinistas,
sem uma explicação calvinista precisa, pode ser muito enganadora.
Dirigindo-se aos Calvinistas
Visto que são os Cinco Pontos do Calvinismo que
iremos discutir, é razoável que nos voltemos aos calvinistas para uma
interpretação e uma explicação destes cinco pontos.
Por essa razão, na discussão que
seguirá eu contarei (para uma interpretação das cinco afirmações) em grande
quantidade com bem conhecidos teólogos e estudiosos calvinistas, assim como
documentos calvinistas históricos e, é claro, João Calvino. Na discussão de
tais conceitos como a Depravação Total, conforme usados nos Cinco Pontos,
devemos nos lembrar de que eles estão sendo usados em um contexto particular
histórico e calvinista. Deixar de manter isto em mente somente levará ao
desentendimento e à confusão. De fato, esta é a razão de crer que muitos
não-calvinistas podem honestamente (ainda que não precisamente) chamar a si
mesmos de calvinistas de um, dois, três ou quatro pontos.
Suave Vs. Rígido
Como logo veremos, há o que eu chamo de
formas mais suaves e mais rígidas de Calvinismo. Entretanto, muito do que passa
por “Calvinismo moderado” não é Calvinismo coisa nenhuma. Isto é, muitos
não-calvinistas não veem nenhum problema com o que eles creem ser um ou mais
dos Cinco Pontos (isto é, uma afirmação tal como a Perseverança dos Santos),
mas eles estão interpretando estas afirmações não-calvinisticamente (ou
inconsistentemente com o “intento autoral”) e a verdadeira doutrina do
Calvinismo às quais estas afirmações correspondem.
Coração e Alma
Deve também ser observado que, ainda
que o Calvinismo seja mais do que os Cinco Pontos, não há nenhum Calvinismo sem
os Cinco Pontos. Um tanto claramente eles representam o coração e a alma do
Calvinismo. Dessa forma, verdadeiramente entender os cinco pontos é entender o
Calvinismo. Compreender mal os cinco pontos é compreender mal o Calvinismo. De
acordo com o notório estudioso calvinista Loraine Boettner:
O
sistema calvinista enfatiza especialmente cinco doutrinas distintas. Estas são
tecnicamente conhecidas como ‘Os Cinco Pontos do Calvinismo’ e são os
principais pilares sobre os quais a superestrutura se apoia.[3]
Por esta razão, deve ser óbvio que a
superestrutura do Calvinismo, de modo geral, não é mais firme do que os cinco
pilares (isto é, os Cinco Pontos) sobre os quais ela se apoia.
Tudo ou Nada
Boettner continua e explica que:
Estas
não são doutrinas isoladas e independentes, mas estão tão inter-relacionadas
que elas formam um sistema simples, harmonioso e auto-consistente, e a forma
com que elas se encaixam como partes componentes de um todo bem ordenado têm
conquistado a admiração de homens sérios de todos os credos. Prove que qualquer
uma delas é falsa e todo o sistema deve ser abandonado. Todas elas se encaixam
perfeitamente umas nas outras.[4]
Por essa razão, deve também ser enfatizado
que qualquer tentativa de selecionar um dos Cinco Pontos e tentar interpretar
esse ponto (ou adotá-lo) como se ele permanecesse sozinho, é também
interpretá-lo não-calvinisticamente. Como diz o teólogo calvinista
Gise J. van Baren:
Os
cinco pontos do Calvinismo estão intimamente relacionados. Um ponto pressupõe
os outros.[5]
Isto não significa que você não possa
honesta e precisamente (em um sentido não-calvinista) dizer que você crê na
“Depravação Total” ou “Perseverança dos Santos” e não em (vamos dizer, como
muitos fazem) “Expiação Limitada” ou “Graça Irresistível.” Antes, significa que
quando você diz que crê em todos eles, você provavelmente não tem a mesma coisa
em mente que tem o calvinista. Assim, você pode não falar sobre os Cinco Pontos
do Calvinismo per se. O bastante respeitado defensor dos cinco
pontos, J. I. Packer, alerta que:
...o
próprio fato que a soteriologia calvinista é exposta sob a forma de cinco
pontos distintos (um número devido, conforme já explicamos, meramente ao fato
de haver cinco pontos arminianos para serem respondidos pelo Sínodo de Dort)
tende por obscurecer o caráter orgânico do pensamento calvinista sobre a questão.
Pois esses cinco pontos, apesar de declarados em separado, na verdade são
indivisíveis uns dos outros. Eles dependem uns dos outros; ninguém pode
rejeitar um deles sem rejeitar todos, pelo menos no sentido tencionado pelo
Sínodo de Dort. Para o calvinismo, na realidade, há somente um único ponto a
ser enfatizado no campo da soteriorologia.[6]
Qual é o Ponto?
Packer reduz esse um ponto às palavras
“Deus salva pecadores.” Se é a isso que realmente os Cinco Pontos reduzem, eu
não teria nenhum problema com os Cinco Pontos. Entretanto, apesar do que diz
Packer, como será demonstrado, esse “um ponto” do Calvinismo pode ser comparado
a uma moeda de duas faces. Embora raramente, se é que alguma vez foi afirmado
de forma tão direta assim, esse “um ponto” pode ser resumido como segue:
Uma
pessoa será salva ou condenada por toda a eternidade porque
ela foi salva ou condenada desde toda a eternidade.
Isto é, de acordo com o Calvinismo,
Deus é tão responsável (e responsável da mesma maneira) por condenar os
pecadores que condena quanto é por salvar os pecadores que salva. Isto se
tornará particularmente claro em nossa discussão do segundo ponto do Calvinismo
(isto é, a Eleição Incondicional).
Por que Eu não Sou Calvinista
Em muitas diferentes ocasiões, tenho
ouvido calvinistas dizerem algo como o seguinte:
Se
somente cada cristão verdadeiro com um conhecimento prático da Escritura
entendesse o Calvinismo em geral e os cinco pontos em particular, ele seria um
calvinista de cinco pontos.
Entretanto, como espero que se torne
evidente, é precisamente porque eu entendo o Calvinismo em geral e os cinco
pontos em particular que eu não sou calvinista – de qualquer tipo.
Tenho gasto mais de 27 anos com estudo sério da Escritura. Não poderia sequer
começar a calcular as centenas de horas que me dediquei ao estudo da Teologia
Bíblica, Sistemática e Histórica. Com grande interesse, tenho também
cuidadosamente lido os escritos de calvinistas assim como aqueles considerados
mais moderados. Assim como os calvinistas podem e entendem os sistemas de
teologia não-calvinistas sem adotá-los, da mesma forma os não-calvinistas, tais
como eu mesmo, podem entender o Calvinismo e ainda rejeitá-lo como contrário às
Escrituras.
Se você entender o Calvinismo e ainda
rejeitá-lo (como eu faço), alguns calvinistas concluirão que você não deve
realmente crer na Bíblia como a Palavra de Deus. Nada poderia estar mais longe
da verdade para o meu caso como para o caso de centenas de milhares de outros.
Todavia, uma rejeição do Calvinismo é interpretado por alguns calvinistas como
uma rejeição da Palavra de Deus. Dessa forma, Boettner argumenta que:
A
Bíblia desdobra um esquema de redenção que é calvinista do início ao fim, e
estas doutrinas são ensinadas com tal inescapável clareza que a questão é
estabelecida para todos aqueles que aceitam a Bíblia como a Palavra de Deus.[7]
Outros calvinistas (talvez a maioria)
veem a rejeição do Calvinismo pelos cristãos evangélicos como resultado da
aceitação do Arminianismo.
Razões Não-Arminianas
Entretanto, quero deixar publicamente
claro que eu não estou em desacordo com o Calvinismo por razões “arminianas.”
Digo isto porque um mito comum perpetuado por alguns calvinistas, assim como
por alguns arminianos, é que se você é um cristão evangélico e não é
calvinista, você deve ser arminiano, pelo menos por padrão. Embora concordo com
calvinistas e arminianos que estes dois sistemas de teologia são mutuamente
exclusivos e portanto não podem ser ambos verdadeiros, eu enfaticamente
discordo que estas são as únicas opções evangélicas e ortodoxas. Entretanto,
não estou escrevendo para explicar porque eu não sou arminiano (ou um híbrido
teológico chamado calminiano). Algum dia eu gostaria de escrever tal livro.
Entretanto, esta não é a minha presente preocupação.
Calvinistas Moderados?
Devo
também chamar a atenção para o fato que há muitas pessoas que se dizem
calvinistas moderados que não se identificarão com os calvinistas que eu aqui
cito como representantes do que creio ser o autêntico Calvinismo.
Em alguns casos, será devido ao fato que muitas pessoas equivocadamente chamam
a si mesmas de calvinistas porque elas aceitaram a ideia que se você não é
arminiano, você deve ser calvinista. Outros simplesmente interpretam os Cinco
Pontos de uma forma não-calvinista. Frequentemente, é uma combinação de ambos.
Propósito Principal
Meu principal propósito ao escrever
este livro é encorajar o leitor que pode estar inclinado a seriamente
considerar adotar o Calvinismo a primeiro submeter os Cinco Pontos ao que creio
ser (para o Calvinismo) a luz “severa” da Escritura. Como vejo, um estudo
cuidadoso da Escritura não favorece nem um pouco os Cinco Pontos. Se você já é
calvinista, ou pensa que poderia ser, eu somente peço que esteja certo de que
você está julgando os Cinco Pontos à luz da Escritura e não simplesmente
interpretando a Escritura em conformidade com os Cinco Pontos.
Um Pouco de História
Para os interessados em um pouco de
história dos Cinco Pontos, deve ser entendido que eles não são apenas um
reflexo das opiniões do reformador João Calvino, mas também de Santo Agostinho.
Assim como o Sínodo de Dort (o sínodo que primeiro apresentou formalmente estes
pontos como os Cinco Pontos do Calvinismo), foi um Sínodo calvinista, da mesma
forma João Calvino era um agostiniano. Isto é especialmente verdadeiro em
relação à visão agostiniana da predestinação e sua ligação com a salvação dos
eleitos e a condenação dos não-eleitos. Co-autor de um dos vários livros
chamados Os Cinco Pontos do Calvinismo e escrito para explicar
e defender o Calvinismo, o professor Herman Hanko diz que:
De
fato, nossos pais em Dordrecht sabiam bem que estas verdades apresentadas nos
cânones não poderiam apenas ser traçadas à Reforma de Calvino; elas poderiam
ser traçadas à teologia de Santo Agostinho, que viveu quase um milênio antes
que Calvino fez sua obra em Genebra. Pois foi Agostinho quem originalmente
definiu estas verdades. O próprio Calvino, muitas vezes, presta homenagem à
obra de Agostinho e aponta que o que ele está dizendo tinha sido dito antes
dele pelo bispo de Hipona. O Sínodo de Dordrecht estava consciente disto.[8]
Boettner concorda. Ele diz:
Foi
Calvino quem desenvolveu este sistema de pensamento teológico com tal ênfase e
clareza lógica que ele desde então tem carregado seu nome. Ele obviamente não
originou o sistema, mas somente demonstrou o que lhe parecia resplandecer tão
claramente das páginas da Santa Escritura. Agostinho gerou os princípios
básicos do sistema mil anos antes de Calvino ter nascido, e todo o grupo de
líderes do movimento da Reforma ensinou o mesmo. Mas foi conferido a Calvino,
com seu profundo conhecimento da Escritura, seu aguçado intelecto e gênio
sistematizador, demonstrar e defender estas verdades mais clara e habilmente do
que tinha sido feito anteriormente.[9]
O teólogo calvinista R. Laird Harris
afirma que:
Embora
Calvino deu à doutrina reformada sua mais completa formulação, a teologia tinha
há muito sido sustentada. Calvino teria sido o primeiro a negar sua inovação...
De fato, o Calvinismo é geralmente chamado Agostinianismo.[10]
Ele é Bíblico?
É óbvio que isto, em e de si mesmo, não
diz nada de bom nem de mal sobre os Cinco Pontos. Como os escritores
calvinistas Steele e Thomas afirmam:
A
questão de suprema importância não é como o sistema sob consideração veio a ser
formulado em cinco pontos, ou porque ele foi chamado Calvinismo, mas, antes,
ele é apoiado pela Escritura? A corte final de apelação para determinar a
validade de qualquer sistema teológico é a inspirada e autorizada Palavra de
Deus. Se o Calvinismo pode ser verificado por declaração clara e explícita da
Escritura, então ele deve ser reconhecido pelos cristãos; se não, ele deve ser
rejeitado.[11]
Boettner concorda:
“As
Escrituras são a autoridade final pela qual os sistemas são julgados” e que “em
todas as questões de controvérsia entre os cristãos, as Escrituras são aceitas
como o supremo tribunal de apelação.”[12]
O respeitado teólogo calvinista,
Charles Hodge, disse que:
É
dever de todo teólogo subordinar suas teorias à Bíblia, e ensinar não o que lhe
parece ser verdadeiro ou razoável, mas simplesmente o que a Bíblia ensina.[13]
Com isto entusiasticamente concordamos.
Portanto, na metade final deste livro iremos cuidadosamente considerar o que a
Escritura tem a dizer sobre as questões que os Cinco Pontos abordam.
O que os Cinco Pontos Não Estão Dizendo
Uma palavra final antes de partirmos
para uma explicação do que os calvinistas têm em mente quando falam dos Cinco
Pontos do Calvinismo. Como observado anteriormente, muitos evangélicos
equivocadamente pensam que aceitam um ou mais de três dos Cinco Pontos e assim
verdadeiramente creem que são calvinistas moderados (ou de um, dois ou três
pontos). Um exemplo do que quero dizer é encontrado em um artigo intitulado “Os
batistas podem se dividir a respeito do Calvinismo.” O autor deste artigo
corretamente observa que:
As
cinco doutrinas fundamentais do Calvinismo preciso são: A Depravação Total do
homem, a eleição incondicional, a expiação limitada, a graça irresistível e a
Perseverança dos Santos.[14]
Entretanto, ele imediatamente continua
para dizer que:
Muitos
batistas do sul não disputariam três destes pontos: a Depravação Total (todos
pecaram), a eleição incondicional (os salvos são escolhidos por Deus sem consideração
pelo seu próprio mérito) e a Perseverança dos Santos (uma vez salvo sempre
salvo).[15]
Visto que os cristãos pensam que a
doutrina calvinista da Depravação Total é simplesmente que todos pecaram, ou
que a peculiaridade calvinista da eleição incondicional é que a salvação é
imerecida ou mesmo que a visão calvinista da perseverança pode ser equiparada à
doutrina do “uma vez salvo sempre salvo,” eles continuarão a incorretamente
julgar-se calvinistas.
Enquanto os calvinistas, juntamente com
os não-calvinistas, creem que todos pecaram, que a salvação é sem mérito e que
uma vez salvo sempre salvo, estas não são exclusivas ao Calvinismo ou até mesmo
são peculiaridades suas ou de seus Cinco Pontos.
Explicação antes de uma Avaliação
Dessa forma, deve ser óbvio que sem uma
clara e precisa explicação dos Cinco Pontos, uma avaliação justa e bíblica não
é possível. Portanto, nesta próxima seção do livro (a primeira de duas
principais seções), tentei permitir (tanto quanto possível) que os calvinistas
de cinco pontos explicassem o que eles têm em mente quando falam sobre
doutrinas como a Depravação Total e a Eleição Incondicional.
[1] R. C. Sproul, Eleitos de
Deus, pp. 6, 7.
[2] Ibid., p.
75.
[3] Lorraine
Boettner, The Reformed Doctrine of Predestination (Phillipsburg,
NJ: Presbyterian and Reformed Publishing Co., 1932), 59.
[4] Ibid.
[5] Gise J.
van Baren, The Five Points of Calvinism (Grand Rapids, MI:
Reformed Free Publishing Assoc., 1976), 91.
[6] J. I.
Packer, citado em The Five Points of Calvinism, David N. Steele e
Curtis C. Thomas, (Phillipsburg, NJ: Presbyterian and Reformed Publishing Co.,
1963), 22-23.
[7] Lorraine
Boettner, The Reformed Doctrine of Predestination, 52.
[8] H. Hanko,
H. C. Hoeksema e J. van Baren, The Five Points of Calvinism (Grand
Rapids, MI: Reformed Free Publishing Association, 1976), 10.
[9] Lorraine
Boettner, The Reformed Doctrine of Predestination, 3-4.
[10] R. Laird
Harris, “Calvinism,” The Wycliffe Bible Encyclopedia, vol. 1
(Chicago, IL: Moody Press, 1975), 293.
[11] David N.
Steele e Curtis C. Thomas, The Five Points of Calvinism, 24.
[12] Lorraine
Boettner, The Reformed Doctrine of Predestination, 51.
[13] Charles
Hodge, citado em Lorraine Boettner, The Reformed Doctrine of
Predestination, 50.
[14] Mark
Wingfield, “Resurgent Calvinism Renews Debate Over Chance for Heaven,” Baptists
Today, Feb. 16, 1995 (Vol. 13, No 4).
[15] Ibid.
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