quinta-feira, 19 de maio de 2022

TEORIAS HERÉTICAS SOBRE A RESSURREIÇÃO DE JESUS CRISTO.


POR LEONARDO MELO


INTRODUÇÃO.


Após a morte e ressurreição de Jesus Cristo, inúmeras teorias foram construídas afim de desconstruir a verdade acerca da ressurreição de Jesus Cristo.. Incontáveis  argumentos e artigos foram construídos ao longo dos séculos afim de desacreditar esse fato histórico  e real acontecido há aproximadamente um mil e novecentos e setenta anos atrás. Não faltam filósofos, teólogos, historiadores e pesquisadores que ao longo do tempo se levantaram contra a esse evento que é um dos  pilares da fé cristã, senão o principal.

Porém, como esse fato realmente ocorreu e corresponde a verdade, então não adianta se levantarem contra e tentarem de todas as maneiras desconstruir a verdade acontecida. Nos lembra o apóstolo Paulo ao falar sobre a verdade quando escreve a sua segunda carta á Igreja em Corinto: Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade, II Co.13.8. ainda que os céticos não creiam, Jesus é Deus, veio ao mundo em forma humana, Jo. 1.1, 13-15, viveu, exerceu seu ministério terreno, morreu e ressuscitou ao terceiro dia como está escrito nas Sagradas Escrituras: Mt.1.18; 2.1-2, 4-6, 9-11, 27.32-50, 28.1-10; Mc. 1.7-13, 15.25-37, 16.9-20; Lc. 1.31-35, 23.44-48, 24.1-12; Jo. 19.30, e cap. 20 de João; O apóstolo Paulo em sua primeira carta á Igreja em Corinto traz um verdadeiro tratado sobre a ressurreição de Cristo, I Co. 15.1-58.

Dentre os evangelhos, somente o escrito por Mateus faz menção que os principais da sinagoga e o sumo sacerdote, junto com   os que faziam parte do sinédrio negam a ressurreição de Cristo, e eles com o propósito de desacreditar o evento da ressurreição de Cristo, compram as sentinelas romanas, que montavam guarda frente a tumba de Jesus quando o colocaram na tumba, dando-lhes dinheiro,  Mt. 28.1-6, 11-15.  A despeito dessa mentira dos principais da sinagoga e Sumo Sacerdote também nos círculo acadêmicos temos várias teorias desenvolvidas com argumentos que tentam provar que Jesus não ressuscitou. Dentre as várias teorias ou hipóteses, temos:


1. Hipótese da conspiração.


Alguns oferecem a hipótese da conspiração, que diz que os discípulos roubaram o corpo de Cristo e continuaram a mentir sobre sua aparição a eles. Nesse relato, a ressurreição foi uma farsa. Essa hipótese não é apoiada normalmente entre os acadêmicos modernos por muitas razões:


1. A hipótese não leva em consideração que os discípulos acreditavam na ressurreição. É altamente improvável que numerosos discípulos estariam desejosos de dar suas vidas defendendo uma invenção.

2. É improvável que a ideia da ressurreição tivesse passado pelas mentes dos discípulos. O Dr. William L. Craig escreve: “Se seu Messias favorito tivesse sido crucificado, então, ou você iria para casa ou você conseguiria outro Messias. Mas a ideia de roubar o corpo de Jesus e dizer que Deus o ressuscitou dos mortos é dificilmente algo que teria passado pela mente dos discípulos”.

3. Essa hipótese não consegue explicar as aparições pós-ressurreição de Cristo.


2. Hipótese da Morte aparente.


Esta hipótese tenta explicar a farsa da ressurreição para eles através da morte aparente. Esse ponto de vista diz que Jesus não estava completamente morto quando foi retirado da cruz. No túmulo, Jesus foi reanimado e escapou, convencendo, assim, os discípulos de sua ressurreição. Esse posto de vista é difícil de sustentar por algumas razões:


1. É improvável que um homem semimorto tivesse sido capaz de se levantar para caminhar, quanto mais mover a pedra que selava o túmulo, sobrepujar os guardas romanos e fugir.

2. Essa teoria não consegue explicar a alegação dos discípulos quanto à ressurreição de Cristo, pois se eles o tivessem visto depois que ele foi reanimado, teriam simplesmente pensado que ele nunca morreu.

3. É tolice pensar que os romanos, que aperfeiçoaram a arte de matar, teriam deixado alguém escapar por não assegurarem que ele estivesse morto.

4. Finalmente, dada a tortura física descrita nos relatos evangélicos, é altamente improvável que Jesus pudesse ter sobrevivido.


3. Túmulo errado.


A hipótese ou teoria do túmulo errado sugere que as mulheres perderam-se em seu caminho e acidentalmente tropeçaram sobre o protetor de um túmulo vazio. Quando ele diz “Jesus não está aqui”, as mulheres estavam tão desorientadas que elas correram e, mais tarde, o relato delas foi desenvolvido em um mito da ressurreição. Como as outras hipóteses, virtualmente quase ninguém sustenta essa posição. Existem pelo menos três razões:


1. Primeiro, essa teoria não explica as aparições pós-ressurreição e é ilegítimo pensar que um erro simples teria levado um judeu do primeiro século a pensar que uma ressurreição tenha acontecido.

2. À luz da evidência primitiva disponível a respeito da localização do túmulo de Jesus, é quase impossível que as mulheres pudessem ter confundido sua localização.

3. Essa hipótese enfatiza que o protetor do túmulo disse que Cristo não estava ali, mas ignora a frase seguinte: “Ele ressuscitou!”.


4. Hipótese ou Teoria do Corpo removido.


Alguns propõem a hipótese do corpo removido para explicar a ressurreição de Jesus. Essa teoria diz que José de Arimateia pôs Jesus em seu próprio túmulo, porém, mais tarde, o moveu para o cemitério dos criminosos. Os discípulos não estavam cientes de que o corpo de Jesus foi movido e, portanto, inferiram erroneamente que ele tinha ressuscitado dos mortos. Devido à natureza espúria dessa teoria, virtualmente nenhum acadêmico moderno a sustenta:


1. Essa teoria não pode explicar as aparições pós-ressurreição de Cristo ou a origem da fé cristã.

2. É duvidoso que José não tenha corrigido o erro dos discípulos ao simplesmente mostrar onde ele pôs o corpo de Jesus.

3. O cemitério dos criminosos, muito provavelmente, era bem próximo ao local da crucificação, portanto faria pouco sentido que José não tivesse simplesmente enterrado Jesus ali, em primeiro lugar. De fato, era contra a lei judaica permitir que um corpo fosse movido depois que já tivesse sido enterrado.

5. Iluminismo [Movimento intelectual e filosófico] – A Ressurreição como algo que não aconteceu.


No século XVIII, a ênfase característica do iluminismo sobre a questão da onicompetência da razão, bem como sobre a importância de experiências contemporâneas semelhantes à eventos ocorridos no passado, levaram  ao surgimento de uma postura altamente cética em relação à ressurreição. Lessing otthold Ephraim Lessing foi um poeta, dramaturgo, filósofo e crítico de arte alemão, considerado um dos maiores representantes do Iluminismo] representa esse grupo de pensadores e ele  que afirma que  não teve qualquer experiência pessoal imediata  da ressurreição de Cristo. Assim pergunta ele,  porque deveriam pedir a ele que acreditasse em algo que jamais viu ou testemunhou? De acordo com Lessing, o problema do distanciamento cronológico torna-se ainda mais grave pelo fato das dúvidas [ que  ele assume ser também compartilhadas pelos demais] que ele tinha em relação à confiabilidade dos testemunhos registrados. Em última análise, conforme esta ótica, nossa fé tomaria  como ponto de partida, a autoridade de outros, em vez de nossa própria experiência  pessoal e reflexão racional sobre a ressurreição. [...] enfim, para Lessing ser forçado a aceitar o testemunho alheio equivaleria  a comprometer a autonomia intelectual do ser humano, ou seja a capacidade de cada um pensar e conhecer o mundo por sí mesmo, [...].

O ceticismo, e a incredulidade é o grande obstáculo que o homem contemporâneo tem em crer nas Escrituras Sagradas e consequentemente em todos os eventos históricos ali registrados. Para os filósofos iluministas, racionalistas, humanistas, secularistas, pós-modernos, Neo-ateístas, enfim, o grande dilema deste grupo e de outros é que a Bíblia Sagrada é um livro de fé. Ou se crer nas Escrituras como inerrante Palavra de Deus ou não. É um ato de fé.


Conclusão.


A ressurreição é a forma que Deus vindicou, avocou a veracidade das afirmações de Cristo: ‘’Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos’’, Atos dos Apóstolos 17.31. Em várias perícopes, o próprio Jesus relata sobre a sua morte e ressurreição ao terceiro dia. É o próprio Jesus que discorre sobre o assunto e não testemunhas oculares ou seus discípulos. Observe os textos por exemplo no evangelho de  João: ‘’Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai’’, João 10.18; ‘’Mas agora vou para ti, e digo isto no mundo, para que tenham a minha alegria completa em si mesmos’’, Jo. 17.13;

Temos como referência acerca da ressurreição de Cristo: Marcos 16.9; Lucas 9.22,  24.7, 46; João 21.14;   Atos dos Apóstolos 10.40; I Co.15.4; além das fontes primárias que evidenciam e provam que Jesus ressuscitou ao terceiro dia, temos também as fontes secundárias que igualmente atestam sobre a ressurreição de Jesus, além do que não devemos desprezar os argumentos a favor da historicidade tanto da vida de Cristo quanto da sua ressurreição contidas nessas fontes que servem de referencial para atestar não só a vida de Cristo, mas também sua ressurreição. Enfim, a vida e ressurreição de Jesus Cristo é central e  fundamental ao Cristianismo. É através da nossa fé na inerrância dos escritos sagrados  que proclamamos que Cristo morreu e ressuscitou ao terceiro dia. Cristo, sim, Jesus vive.


FONTE.


1. THIESSEN, Henry Clarense. Palestras em Teologia Sistemática. Editora IBR. 1989. 375 pg.

2. MCGRATH, Alister E. Teologia Sistemática,  Histórica e Filosófica. Ed. Shedd. 2005. 664 pg.

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