Frank Turek do site Cross Examined
Traduzido, adaptado e ampliado por Walson Sales
E sobre a afirmação de que não não devemos julgar as pessoas? Esta é uma afirmação bem recorrente na sociedade contemporânea. Aqui você deve aplicar o mesmo princípio e voltar a mesma lógica contra a pessoa que disse isso, tipo “ei, isso aí não é um julgamento?” ou “Porque você está me julgando por julgar?”. Dizer que você não deve julgar é um julgamento. Se você ler com bastante cuidado o texto do evangelho que regula esse tema, você vai perceber que Jesus não proibiu o julgamento, Jesus proibiu o Julgamento temerário, ou seja, fazer um julgamento estando cometendo o mesmo erro. Leio o texto por si mesmo:
Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão. (Mateus 7:1-5)
Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis. (Mateus 7:15-20)
Compare os dois textos do mesmo capítulo. Está claro o juízo temerário no primeiro texto e o ensinamento de como julgar e a necessidade de julgar no segundo, pois você não teria como identificar um falso mestre ou falso profeta sem fazer um julgamento. Jesus não deu uma ordenança para não julgar, Jesus deu uma ordenança de como julgar. Para não julgarmos sob um manto de hipocrisia. Portanto, depois que você identifique e aponte em amor um erro de um irmão, você parte para o próximo passo que é a restauração e a cura, o perdão, a reconciliação. Diante dos fatos seria completamente ridículo dizer “não julgue”. Porque? Primeiro porque isso é um julgamento em si mesmo. Segundo, porque eu, você e todas as pessoas fazemos milhares de julgamentos todos os dias. Você analisa, avalia a hora de sair da cama, o que vai comer, o caminho que vai tomar para ir ao trabalho, a roupa que vai vestir, a forma como vai se expressar, o que vai fazer, a quem vai ajudar, em quem vai confiar, todos esses são julgamentos que fazemos diariamente. Boas escolhas contra péssimas escolhas, escolhas certas contra escolhas erradas. Todos fazem julgamentos, os ateus fazem julgamentos. Os ateus fazem o julgamento de que Deus não existe, que Jesus não ressuscitou dos mortos, que a Bíblia não é verdadeira, julgam dizendo que não existe sentido ou propósito para a vida, afirmam que quando uma pessoa morre ela é apenas alimento para os vermes, ou seja, não existe propósito, significado ou esperança para o ser humano e isso é um julgamento. Contudo, a questão em si não é se podemos fazer julgamentos ou não, o problema é se esses julgamentos são verdadeiros.
Retomando, se não existe esse negócio de verdade, porque você vai a escola, porque você vai para a faculdade? Porque ir a igreja, ou porque assistir ao noticiário, ler uma revista, ler um jornal, ler um livro se não existe verdade? Está claro que a verdade existe, logo é falso dizer que a verdade não existe porque essa é uma afirmação autocontraditória. Essa afirmação prova que o relativismo, o pós-modernismo e o pluralismo são visões de mundo falsas, porque elas afirmam que a verdade não existe e afirmam que isso é verdade. Perceba que os pluralistas, relativistas e pós-modernistas estão dizendo que suas visões de mundo são verdadeiras mesmo dizendo que a verdade não existe. Logo, aprenda a usar a lógica do relativista contra ele mesmo. Evite as coisas que são falsas e foque nas que são verdadeiras. Se uma pessoa começar a viver sob esse principio relativista na vida cotidiana, ela vai ver que esse princípio não pode ser aplicado, não é um estilo de vida vivenciável.
Continua....
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