segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Transcrição do Podcast Quatro questões que mostram que o Cristianismo Bíblico é verdadeiro - [Parte VI]

 

A Questão da Moralidade


Frank Turek do site Cross Examined

Traduzido, adaptado e ampliado por Walson Sales


Então, já falamos sobre o Argumento Cosmológico para o início do universo, depois falamos sobre o Argumento da Sintonia Fina do universo e o terceiro argumento para a existência de Deus é o Argumento Moral. O Argumento Moral advoga a ideia de que se existir apenas uma coisa moralmente errada no mundo, apenas uma, como por exemplo, a ideia de que é moralmente errado torturar crianças por diversão ou matar seis milhões de Judeus no Holocausto. Mas se é errado matar seis milhões de Judeus no Holocausto ou se é errado torturar bebês por diversão, Deus tem que existir, porque? Porque se não existir um padrão de moralidade transcendente além do ser humano, além da humanidade, se todas as coisas são apenas questões de opinião humana, então ninguém pode dizer que é errado matar seis milhões de Judeus no Holocausto ou torturar crianças por diversão pois seria apenas uma questão de opinião. Nós sabemos que torturar crianças por diversão é errado e sabemos que matar seis milhões de Judeus por diversão é errado. Este sentimento universal de que é errado é um padrão transcendente que está além do ser humano. Nós sabemos que é errado de fato. Está claro que existe um padrão de justiça, de certo e errado, de amor, que está além de nós e que somos compelidos a obedecer. Logo, se Deus não existe você não pode justificar os valores morais objetivos, tudo seria apenas questão de opinião. Você pode saber que torturar uma criança por diversão é errado, você pode saber que matar seis milhões de Judeus no Holocausto é errado, mas como você vai justificar que isso é objetivamente errado se você não recorrer a esse padrão objetivo transcendente de moralidade? Pois tudo ficaria apenas no campo da opinião, pois seria apenas a sua opinião de que torturar uma criança por diversão é errado contra a opinião do pedófilo que sente prazer em abusar sexualmente de uma criança. 

Como sabemos que as questões que envolvem moralidade não são apenas questões de opiniões humanas, logo Deus existe. Deus é o padrão transcendente de moralidade. Se Deus não existe, os nazistas não estavam errados, os pedófilos não estão errados, os assassinos não estão errados, os ladrões não estão errados. Como você pode afirmar que os nazistas estavam errados? Eles estavam seguindo a ordem do governo ao matar Judeus. Então, no momento em que dizemos que eles estavam errados, estamos apontando para ou evocando uma medida transcendente de moralidade, algo que está além de nós, está além da opinião humana. Isso é chamado de Lei Internacional, Thomas Jefferson chamou de Lei Natural na Declaração de Independência dos Estados Unidos e C. S. Lewis chamou de Lei Moral. Na realidade eles estão falando da mesma coisa, estão falando do padrão transcendente de moralidade que flui da Natureza de Deus. Logo, se não existe esse padrão de moralidade, você não pode dizer que o amor é melhor do que estupro, porque sem Deus você não pode justificar porque o amor é melhor. Nem mesmo a questão dos Direitos Humanos poderia existir sem a existência de Deus. Perceba que as pessoas ficam correndo de um lado para o outro dizendo que tem direito a isso ou aquilo, mas não existe direito nenhum se Deus não existe! 

A Declaração de Independência dos Estados Unidos diz que “Consideramos estas verdades como auto evidentes, que todos os homens são criados iguais, que são dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes são vida, liberdade e busca da felicidade.” Segundo a declaração, nós não fomos dotados de direitos inalienáveis pelo governo ou pela opinião humana, fomos dotados por Deus e isso é auto evidente. Porque o governo pode estar errado. O governo nazista estava errado quando mandou perseguir e matar os Judeus e o governo americano está errado agora quando legisla a favor do aborto. O governo do Brasil colônia estava errado quando permitia a escravatura. O que está explícito aqui? Ninguém pode fazer progresso moral se não existir um padrão de moralidade que vá além da opinião dos homens. Você não pode dizer que o racismo é errado e que a escravidão é errada, que o assassinato é errado, que o estupro é errado a menos que Deus exista. Você não pode nem reclamar acerca do Problema do Mal porque o mal também aponta para a existência de Deus. 

Bem, destes três argumentos, o Cosmológico, Teleológico e Moral só podemos concluir que Deus existe. Então, repetindo, esse Deus é todo poderoso, porque trouxe todas as coisas a existência pelo poder da sua palavra, é espírito, porque criou a matéria, está fora do espaço porque criou o espaço, ou seja, é transcendente, ele é eterno porque criou o tempo, ele é extremamente inteligente porque criou o universo planejado milimetricamente, ele é pessoal porque criou seres a sua imagem e semelhança, ele é amoroso e é o padrão de toda a moralidade objetiva. Não apenas isso, ele sustenta todo o universo milimetricamente balanceado até o presente, caso contrário, por meio de um desequilíbrio mínimo no universo, o universo entraria em colapso, implodiria e deixaria de existir. 

Perceba que nem abrimos a Bíblia e já temos a descrição de um ser que pode ser o Deus da Bíblia, pois todas estas características são do Deus da Bíblia apenas olhando para a criação. Como sabemos que este é o Deus da Bíblia por meio de todas essas características? Só precisamos seguir agora para o terceiro ponto, a questão dos milagres. 


Continua...

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