Nós não odiamos o pecado – Por isso não
conseguimos entender o que aconteceu com os Cananeus
Um Adendo aos Argumentos do “Genocídio
Divino” no Antigo Testamento
[PARTE
V]
Por Clay Jones
Christian Apologetics Program
Biola
University
La
Mirada, California
A Prática da Homossexualidade entre os
Cananeus
Embora
tenhamos pouco de Ugarit sobre a prática homossexual, o AT nos diz que os Cananeus
a praticaram e nenhum texto do AOP condena a prática. Além disso, alguns textos
mostram que havia pessoas nos templos para uso por pessoas do mesmo sexo.[41]
Mesmo
Uruk, a morada de Anu e Ishtar,
Cidade
de prostitutas, cortesãs e garotas de programa,
A
quem Ishtar privou de maridos e manteve em
seu
(literalmente: seu) poder:
Homens
e mulheres Suteanos lançam seus abusos;
Eles
despertam Eanna, os garotos festeiros e pessoas festeiras
Que
mudaram sua masculinidade em feminilidade para
fazer
com que o povo de Ishtar a reverencie.[42]
Depois,
há o estranho provérbio: "Quando o sacerdote kalûm limpou seu ânus, (ele disse) 'Não devo excitar aquilo que
pertence a minha senhora Inanna.'" Edmund Gordon, pesquisador associado da
seção do Oriente Próximo, do Museu da Universidade da Pensilvânia, comenta que
isso era “provavelmente uma alusão zombeteira ao papel do sacerdote kalûm como catamita sagrado [garoto que
servia como sacerdote com propósitos sexuais]. . . a serviço da deusa do amor e
da fertilidade, Inanna.”[43]
Do
texto mágico Babilônico (pré-século VII a.C.), lemos os seguintes presságios:
Se
um homem tiver relações sexuais com os quartos traseiros de seu igual [homem],
esse homem será o primeiro entre seus irmãos e colegas.
Se
um homem anseia por expressar sua masculinidade enquanto está na prisão e
assim, como um prostituto cultual, acasalar-se com homens torna-se seu desejo,
ele experimentará o mal.
Se
um homem tiver relações sexuais com uma prostituta cultual, as preocupações
[problemas] o abandonarão.[44]
E,
novamente, vamos lembrar que com a cidade Cananéia de Sodoma, o problema não
era apenas sexo consentidos entre adultos: os homens de Sodoma, jovens e
velhos, se uniram para tentar estuprar os visitantes.[45]
____________________
Fonte:
PhilosoPhia
Christi Vol. 11, No. 1 © 2009,
pp. 52 – 72
Tradução
Walson Sales
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Notas:
[41]
Davidson: “O papel dos funcionários do culto masculino . . . tem sido debatido:
a literatura acadêmica anterior refere-se a eles como 'prostitutas cultuais',
mas pesquisas mais recentes sugerem que esses funcionários serviam como
músicos, dançarinos e atores teatrais que atuavam como parte dos festivais
cultuais, mas não eram prostitutas cultuais. Eles se vestiam como mulheres e
usavam maquiagem feminina, geralmente carregavam consigo o símbolo feminino de
um carretel e participavam de danças extáticas e autotortura. Independentemente
de suas outras responsabilidades, conforme destacado em pesquisas recentes, e
se eles regularmente se envolveram em 'sexo de aluguel' ou prostituição, a
evidência parece inescapável de que esses indivíduos participaram de relações
homossexuais ritualísticas" (Davidson, Flame
of Yahweh, 137 ). Wold: “Na verdade, desconheço qualquer referência
específica à homossexualidade na lei da Mesopotâmia antes do final do segundo
milênio a.C.” (Donald J. Wold, Out of Order: Homosexuality in the Bible and
the Ancient Near East [Grand Rapids, MI: Baker, 1998], 44).
[42] Stephanie Dalley, “Erra and Ishum IV,” em Myths from Mesopotamia (Oxford: Oxford
University Press, 1989), 305. Dalley comenta que este texto é
provavelmente do século VIII a.C. Também, “Transformar um homem em uma mulher e
uma mulher em um homem é a tua porção, Inanna” (A. W. Sjöberg, “in-nin
šà-gur-a: a Hymn to the Goddess Inanna,” Zeitschrift
für Assyriologie 65 [1976]: 161–253, citado em Rivkah Harris,
“Inanna-Ishtar as Paradox and a Coincidence of Opposites,” History of Religions 30 (1991): 265.
[43] Edmund L. Gordon, Sumerian Proverbs: Glimpses of Everyday Life in Ancient Mesopotamia
(Philadelphia: The University Museum, University of Pennsylvania, 1959), 248. Gordon
comenta: “Provavelmente uma alusão zombeteira ao papel do sacerdote kalûm como um sacerdote sagrado catamita
. . . a serviço da deusa do amor e da fertilidade, Inanna” (248-9). sobre a
palavra “excitar” Gordon comenta: “Literalmente, ‘agitar’. . .” (249). ver também Nissinen, Homoeroticism in the Biblical World, 33, e Gordon, Sumerian Proverbs, 248-9.
[44] A. Kirk Grayson e Donald Redford, Papyrus and Tablet (Englewood Cliffs,
NJ: Prentice-Hall, 1973), 152.149.
[45]
Gn 19:5.
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