Por Robert Bowman Jr.
Traduzido,
adaptado e ampliado por Walson Sales
O
ensino de Genesis de que tudo o que Deus criou é bom é uma ideia radical e é
uma inovação na história das religiões. Isso significa que a salvação não
significa ser liberto da matéria e da esfera física para uma esfera etérea,
espiritual. Logo, aqui está o fundamento, não o ensino, mas o fundamento, de
que em Genesis, Deus já pretendia que a ressurreição do corpo fosse uma
realidade, pois quando Deus criou os seres humanos, ele já pretendia que os
seres humanos fossem seres com corpos. Nas outras visões de mundo o corpo ou a
matéria são vistos como uma queda ou como algo mau. Um estado incorpóreo não é
a meta final de salvação na fé cristã e não há apoio bíblico para tal ensino.
Também
vemos nos primeiros capítulos de Genesis que a vida tem um propósito e um
significado. Deus tem um plano, um propósito para a humanidade. Deus criou os
seres humanos com corpos físicos, para viverem no espaço físico, no tempo e na
história. A história é significativa, pois na cultura judaico-cristã a história
é linear, formada de início, desenvolvimento e fim, o que também é uma inovação
radical em comparação com as religiões orientais, pois estas entendem a
história como sendo um ciclo interminável de reencarnações. É na história
linear que Deus fala, se revela, opera, age, apesar de transcender a história e
governar sobre ela. Outro pensamento que domina o Hinduísmo é que a história e
a realidade são ilusões, que não existem de fato. Não existe significado para
eles porque tudo o que é submetido a mudança é ilusório.
Vemos
também em Genesis que toda a criação merece respeito e cuidado. Deus criou o
mundo de uma forma cuidadosa e metódica e ele comissiona o ser humano desde o
Éden para cuidar das coisas criadas, subjugar e dominar. A doutrina da criação
tem um fundamento sólido para que cuidemos do meio ambiente.
Continua...
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