quinta-feira, 23 de março de 2023

Cosmogonias: Teorias da Criação - O que os três primeiros capítulos de Gênesis realmente ensinam? PARTE 3

 

Por Robert Bowman Jr.

Traduzido, adaptado e ampliado por Walson Sales

 

O ensino de Genesis de que tudo o que Deus criou é bom é uma ideia radical e é uma inovação na história das religiões. Isso significa que a salvação não significa ser liberto da matéria e da esfera física para uma esfera etérea, espiritual. Logo, aqui está o fundamento, não o ensino, mas o fundamento, de que em Genesis, Deus já pretendia que a ressurreição do corpo fosse uma realidade, pois quando Deus criou os seres humanos, ele já pretendia que os seres humanos fossem seres com corpos. Nas outras visões de mundo o corpo ou a matéria são vistos como uma queda ou como algo mau. Um estado incorpóreo não é a meta final de salvação na fé cristã e não há apoio bíblico para tal ensino.

Também vemos nos primeiros capítulos de Genesis que a vida tem um propósito e um significado. Deus tem um plano, um propósito para a humanidade. Deus criou os seres humanos com corpos físicos, para viverem no espaço físico, no tempo e na história. A história é significativa, pois na cultura judaico-cristã a história é linear, formada de início, desenvolvimento e fim, o que também é uma inovação radical em comparação com as religiões orientais, pois estas entendem a história como sendo um ciclo interminável de reencarnações. É na história linear que Deus fala, se revela, opera, age, apesar de transcender a história e governar sobre ela. Outro pensamento que domina o Hinduísmo é que a história e a realidade são ilusões, que não existem de fato. Não existe significado para eles porque tudo o que é submetido a mudança é ilusório.

Vemos também em Genesis que toda a criação merece respeito e cuidado. Deus criou o mundo de uma forma cuidadosa e metódica e ele comissiona o ser humano desde o Éden para cuidar das coisas criadas, subjugar e dominar. A doutrina da criação tem um fundamento sólido para que cuidemos do meio ambiente.

 

Continua...

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